Ninguém tem dúvidas que Garotinho e Rosinha foram condenados pelo TRE-RJ por irregularidades efetivamente cometidas durante a última eleição. Porém, muitos sabem e podem ou não afirmar isto de público, que estas irregularidades, ficaram na melhor das hipóteses, no mesmo patamar daquelas, que no poder, eles usaram e abusaram quando da última eleição de prefeitos em 2004.
A diferença fundamental que parece, que em meio a sua auto-suficiência, ele não se deu conta de evitar, foi a de que fora do poder, a pressão sobre ambos seria diferente daquela que haviam enfrentado com a caneta na mão. Para ajudar no desdobramento que culminou em primeira instância, ontem no Tribunal - júri sobre qual parecia ter domínio e onde não costumava perder uma sequer – o fato de ter cometido um dos erros mais primários da política e sobre o qual Maquiavel (que tanto lhe inspirou até aqui) ensinou: a de que não se deve brigar com muitos de uma única vez.
O apoio total, irrestrito e único a Pudim contra muitos foi talvez, a parte mais visível deste erro. O mais cruel disso tudo é que, com a cassação do mandato de Pudim, o casal perde duplamente. O interessante da política é que nem sempre a experiência faz dos mais experimentados, alguém que no mundo da disputa do poder esteja imune dos seus próprios venenos.
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