65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, julho 28, 2007
O Pan, o gosto pelo esporte e o prazer filial
Gosto de esportes, mas já gostei mais. Pratiquei diversos esportes na infância, adolescência e juventude. De todos o que me destaquei e gostava de jogar foi o handebol. Desde quando era estudante na Escola Técnica Federal, depois em equipe de empresa em Minas Geris onde este esporte tinha destaque no final da década de setenta, até em equipes universitárias no Rio de Janeiro, quando cheguei a ser chamado para jogar em clubes cariocas.
Minha militância no movimento estudantil me afastou da prática do esporte e paulatinamente da condição de espectador aficionado em esportes.
Falei disso para dizer que conheci poucas pessoas com tanto gosto pelos esportes como minha mãe. Jogou vôlei na escola e na juventude. Casou-se cedo, mas passou a vibrar com a crescente transmissão dos esportes desde antes da chegada da tv à cabo.
Depois dos filhos criados passou usar uma parte do seu tempo para assistir na SportTV e na Espn diversos jogos e modalidades, em campeonatos os mais diferenciados que você possa imaginar. Mesmo quando os jogos são no continente asiático trocar noite pelo dia, acordar mais cedo ou dormir menos ou mais tarde, não a faz perder a chance, de assistir, torcer e vibrar com o desempenho das equipes brasileiras.
Os seus setenta anos, não atrapalha nestas empreitadas para o qual diz que é o seu maior prazer em termos de divertimento e lazer. Neste Pan não está sendo diferente. Uma forte gripe que custou a ser curada, a tirou da assistência que pretendia, especialmente, em uma partida de vôlei no Maracanãzinho.
Conversando e assistindo algumas competições ontem junto com ela me disse: “eu quero assistir e ver no ano que vem a China derrubar esta hegemonia dos americanos. Derrubar Cuba não me estimula muito não. Eles são lutadores. Mas eu ouvi que os chineses estão treinando muito e podem derrubar os americanos, você já pensou? No vôlei masculino quero que o Brasil ganhe dos americanos”.
O esporte tem em seus praticantes, treinadores e dirigentes pessoas com defeitos e virtudes presentes em outras pessoas. Parte do desestímulo que passei a ter em relação a alguns esportes foi decorrente da visão individualizada que alguns colocam em prática. Outra parte foi conseqüência dos esquemas que passei, a saber, dos cartolas do esporte.
Porém, os esportes coletivos corrigem uma parte deste problema e acima de tudo, mobiliza setores da sociedade que através dele pode ter oportunidade de inclusão, como quase que em nenhuma outra atividade. Enfim, nada disso me faz defender e apreciar tanto o esporte no presente, como a satisfação de ver a alegria de minha mãe com a disputa esportiva.
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