Gente bem informada do setor garante, que por trás desta desistência da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) em transportar cerca de 30 milhões de toneladas, principalmente de combustíveis, entre o Rio e Campos de trem, estaria o dedo da Cia. Vale do Rio Doce, que assim estaria agindo contra a MMX, que embora pequena, é sua concorrente do ramo minero-siderúrgico.
Explica-se: a Vale é acionista da FCA. O grupo MMX que está instalando o porto no Açu tem relações com a Mitral que é um grande grupo siderúrgico que no Brasil controla também a CST em Vitória. Assim, você pode entender que atrapalhando a MMX que desta forma deixaria de dispor na região de um eixo modal unindo dois tipos de transportes (ferroviário e marítimo) a Vale ganharia pontos, na acirrada disputa, que o setor vive nos bastidores, que hoje envolve interesses econômicos globais, muito para além do Brasil.
PS.: Bom ainda lembrar, que o abandono do uso desta concessão por parte da FCA fere, em pontos cruciais, o contrato de concessão feito junto ao Ministério dos Transportes no governo FHC.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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