De vez em quando aplico aos meus alunos, uma dinâmica de grupo como parte do desenvolvimento da formação na disciplina que estou lecionando. Normalmente, os alunos gostam muito deste tipo de exercício, mesmo os mais tímidos e reflexivos que preferem ouvir a falar ou se expor.
A análise sobre a validade do exercício, que sempre solicito que façam após a prática evidencia, o desenvolvimento que ocorre com esta simples coleta de experiências que não são acumuláveis com estudo stricto-senso.
Entre estas dinâmicas, a que traz mais empolgação é o do júri simulado. Funciona assim: divido a turma em três partes, duas iguais, normalmente composta de seis a oito pessoas no máximo e uma terceira com os demais alunos, em torno de 14 a 20 para turmas compostas de 30 a 35 alunos como costumamos ter no Cefet.
Para as duas partes iguais de seis a oito pessoas apresento um tema em que dois pontos de vista diferentes serão abordados por cada uma delas. No caso do curso de Segurança do Trabalho costumo sugerir o tema do exercício do profissional da área que quer investir na melhoria do ambiente de trabalho e o outro grupo é formado pelos patrões que vão decidir pelos investimentos propostos. O terceiro grupo serão compostos de observadores que farão anotações, observações, críticas e propostas após o debate.
Depois de um tempo de 15 a 20 minutos para que os dois grupos contendores se organizem, levantem itens, dividam argumentos, etc. o debate é iniciado e desenvolvido, num tempo que pode variar de 15 a até 30 minutos, conforme a disponibilidade de tempo e do desenvolvimento das discussões.
Quase sempre repito a dinâmica com assunto paralelo, por exemplo, um grupo como profissional de segurança do trabalho e o outro o trabalhador se recusando a cuidar da sua saúde e de se proteger no trabalho. Desta vez, o debate será feito pelos observadores que se dividem no debate e os debatedores da dinâmica anterior vão para o papel de observadores.
A cada vez que aplico este exercício fico impressionado com seus resultados e com o que se pode extrair deles. Alunos médios transformam-se em expoentes. Expoentes em avaliações escritas muitas vezes somem e se escondem nos debates.
Alguns se revelam excelentes tribunos com agilidade de idéias, criatividade elevada diante de inusitadas situações. E há também as surpresas, nos aspectos emocionais, para além dos conteúdos e dos conceitos que se está debatendo. Não é raro, se observar alunos tranqüilos se transformarem, assim como o inverso.
Analisando com eles o exercício é comum tirarmos conclusões que, a cada vez me deixa mais surpreso e espantado sobre o papel do professor. Normalmente, nós professores tendemos a trabalhar mais conteúdos do que comportamentos. Seja por falta de tradição, pelo desconhecimento ou mesmo, pela prática disseminada de que aula que vale é o professor falando e o aluno escutando. Aliás, os alunos, embora vibrem com estas práticas, costumam ser os que mais valorizam o professor de estilo catedrático que fala bonito.
Nunca tive a presunção de imaginar que o desenvolvimento de uma ou duas dinâmicas de grupo consigam desenvolver competências e habilidades complementares e necessárias a um exercício profissional mais eficiente e responsável. Porém, passei a ter a certeza de que alguns “toques” são visualizados pelos alunos, futuros profissionais-cidadãos de forma a lembrarem que o estudo de conceitos e técnicas pode e deve ser complementada com o desenvolvimento de algo para além da formação cognitiva.
Para fechar este já longo post, relembro a observação de um aluno extremamente, ansioso e agitado que, no papel de debatedor ficou confuso com o papel que lhe cabia no debate e que depois de ir para a função de observador falou: "professor depois disto tudo eu vi que é muito mais fácil criticar e observar do que fazer".
Impressionado com esta análise, que me pareceu extremamente perspicaz enxerguei outra validade da dinâmica de grupo: a de desenvolver esta capacidade de análise, que embora, normalmente, seja mais fácil de ser exercida é muito mais bem feita por quem já passou pela experiência de fazer. Há muita coisa a ser aprendida por quem acha que apenas ensina.
A análise sobre a validade do exercício, que sempre solicito que façam após a prática evidencia, o desenvolvimento que ocorre com esta simples coleta de experiências que não são acumuláveis com estudo stricto-senso.
Entre estas dinâmicas, a que traz mais empolgação é o do júri simulado. Funciona assim: divido a turma em três partes, duas iguais, normalmente composta de seis a oito pessoas no máximo e uma terceira com os demais alunos, em torno de 14 a 20 para turmas compostas de 30 a 35 alunos como costumamos ter no Cefet.
Para as duas partes iguais de seis a oito pessoas apresento um tema em que dois pontos de vista diferentes serão abordados por cada uma delas. No caso do curso de Segurança do Trabalho costumo sugerir o tema do exercício do profissional da área que quer investir na melhoria do ambiente de trabalho e o outro grupo é formado pelos patrões que vão decidir pelos investimentos propostos. O terceiro grupo serão compostos de observadores que farão anotações, observações, críticas e propostas após o debate.
Depois de um tempo de 15 a 20 minutos para que os dois grupos contendores se organizem, levantem itens, dividam argumentos, etc. o debate é iniciado e desenvolvido, num tempo que pode variar de 15 a até 30 minutos, conforme a disponibilidade de tempo e do desenvolvimento das discussões.
Quase sempre repito a dinâmica com assunto paralelo, por exemplo, um grupo como profissional de segurança do trabalho e o outro o trabalhador se recusando a cuidar da sua saúde e de se proteger no trabalho. Desta vez, o debate será feito pelos observadores que se dividem no debate e os debatedores da dinâmica anterior vão para o papel de observadores.
A cada vez que aplico este exercício fico impressionado com seus resultados e com o que se pode extrair deles. Alunos médios transformam-se em expoentes. Expoentes em avaliações escritas muitas vezes somem e se escondem nos debates.
Alguns se revelam excelentes tribunos com agilidade de idéias, criatividade elevada diante de inusitadas situações. E há também as surpresas, nos aspectos emocionais, para além dos conteúdos e dos conceitos que se está debatendo. Não é raro, se observar alunos tranqüilos se transformarem, assim como o inverso.
Analisando com eles o exercício é comum tirarmos conclusões que, a cada vez me deixa mais surpreso e espantado sobre o papel do professor. Normalmente, nós professores tendemos a trabalhar mais conteúdos do que comportamentos. Seja por falta de tradição, pelo desconhecimento ou mesmo, pela prática disseminada de que aula que vale é o professor falando e o aluno escutando. Aliás, os alunos, embora vibrem com estas práticas, costumam ser os que mais valorizam o professor de estilo catedrático que fala bonito.
Nunca tive a presunção de imaginar que o desenvolvimento de uma ou duas dinâmicas de grupo consigam desenvolver competências e habilidades complementares e necessárias a um exercício profissional mais eficiente e responsável. Porém, passei a ter a certeza de que alguns “toques” são visualizados pelos alunos, futuros profissionais-cidadãos de forma a lembrarem que o estudo de conceitos e técnicas pode e deve ser complementada com o desenvolvimento de algo para além da formação cognitiva.
Para fechar este já longo post, relembro a observação de um aluno extremamente, ansioso e agitado que, no papel de debatedor ficou confuso com o papel que lhe cabia no debate e que depois de ir para a função de observador falou: "professor depois disto tudo eu vi que é muito mais fácil criticar e observar do que fazer".
Impressionado com esta análise, que me pareceu extremamente perspicaz enxerguei outra validade da dinâmica de grupo: a de desenvolver esta capacidade de análise, que embora, normalmente, seja mais fácil de ser exercida é muito mais bem feita por quem já passou pela experiência de fazer. Há muita coisa a ser aprendida por quem acha que apenas ensina.
2 comentários:
Pois eh Profº!
Uma dinâmica mto boa, sugiro q tenha mais!!
Rapaz a turma quase c rasgou na faca!!! huahuahuahahuauahu
no final vi as pessoas pedindo desculpas, outras com a cara amarrada!! Mecheu com os nervos dos "técnicos"!!
Culpa dos "trabalhadores" q naum queriam aceitar nada q os "técnicos" falavam...
tá doido!!!!
huahuahuahuauhahauhaha
Abraçaum!
anderson_assis@censanet.com.br
oi roberto!
andei sumida, pois estou passando por uns probleminhas...rsrsrs a propósito vc sabe o futuro da cooperdouro? (Matadouro)?era uma iniciativa tão boa...para o meu bairro claro! vc pode me informar se alguém que vc conheça tem roupas de crianças de (0 a 10) anos para me doar? e sapatos? preciso para o projeto das crianças (eu vou buscar)!
mande mail : raquelsbarreto@yahoo.com.br
abraços
Raquel
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