65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, agosto 14, 2007
A vinda de Lula e as reivindicações
A maior é sobre a BR-101. Natural que se reivindique e se busquem alternativas. Este problema vem, pelo menos, desde 2000 quando um conjunto de entidades da sociedade civil conseguiu brecar na justiça, a concessão da rodovia à iniciativa privada em moldes muito piores, do que o que está sendo proposto agora.
Se a concessão fosse feita naquela época, hoje os quatro pedágios daqui ao Rio de Janeiro estariam acima de R$ 7,00 cada um. Hoje se fala em um valor próximo a R$ 3,00 cada. Porém, ainda questiona-se que a maioria das melhorias será feita a perder de vista, enquanto as praças de pedágio serão quase imediatas.
A saída pra isso seria um consórcio que tivesse a participação do governo estadual e dos municípios e aí, com esta contrapartida, o governo federal teria, quase por obrigação, por tratar-se de uma rodovia federal, que colocar uma parte maior, sem que se tivesse necessidade dos pedágios ou a redução do número e de valores destes.
É insustentável a estrada do jeito que está. Depois de quarenta anos o volume de tráfego saiu de 3 mil para mais de 20 mil por dia na saída de Campos e mais de 100 mil na chegada ao Rio. Infelizmente os governos estaduais passados negaram encontrar uma saída num diálogo de alto nível com o governo federal. Cabral anunciou a disposição em interceder, mas também se calou, mais interessado numa pauta voltada para a região metropolitana.
Os prefeitos, por outro lado, parecem preocupados, quase que exclusivamente, com as próximas eleições. Dentro deste quadro e sabendo que é natural que governos ajam sobre pressão, quem sabe uma conversa de bom nível e com apresentação de alternativas não gere resultados?
Ir para o confronto com o presidente, não parece um momento adequado. Quem tem interesse nisso é só o casal de ex-governadores. Sem ter inaugurado uma sala de aula sequer, em oito anos à frente do governo estadual, ver Guarus receber uma Escola Técnica Federal pode ser demais para eles.
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