65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
domingo, setembro 30, 2007
A disputa pela prefeitura do Rio promete
Botafrouxo x Bota-raça
A afirmação é um pouco verdade e um pouco mentira. Assim, no caso dos não botafoguenses, o lógico poderia ser azucrinar os torcedores alvi-negros, diante de mais uma derrota na reta final de uma competição, como a que aconteceu contra o River Plate, em Buenos Aires, na última quinta-feira.
Tudo isso seria admissível, menos, ver os próprios torcedores colocarem uma faixa na arquibancada chamando aquele time e não o clube de Botafrouxo. Acho que seria a hora da torcida exigir Bota-raça. No esporte, a vitória ou a derrota faz parte do jogo, mas a dedicação é uma obrigação e a torcida pode ter papel importante nesta cobrança.
O hino de Campos e o uso irresponsável de suas riquezas pela geração atual
Até quando?
Cachaça de Bom Jesus de Itabapoana vence 4º Concurso Mundial Bruxelas-Brasil
"A cachaça 3 Praias Brasilian Spirit Ouro, de Bom Jesus de Itabapoana, conquistou a Gran Medalha de Ouro no 4º Concurso Mundial de Bruxelas, Edição Brasil, realizado no mês de agosto, em Campos do Jordão – SP. O concurso, promovido em parceria com a revista Vinho Magazine, destaca as melhores cachaças e vinhos dos países e na Edição Brasil 2007 contou com 38 marcas concorrentes avaliadas por degustadores nacionais e internacionais".
"A 3 Praias, que tem como um dos diretores João Luís Bousquet, foi uma das duas vencedoras na sua categoria no Brasil, e com a vitória as marcas ganhadoras terão direito a utilização do Selo de Qualidade do concurso, além de serem introduzidas no catering dos vôos internacionais da TAP – Portugal. Este concurso acontece desde 1994 pelos cincos continentes, em 43 países e mais de 5500 rótulos de vinhos e bebidas espirituosas".
Vinte anos de desenvolvimento – o alambique de João Bousquet foi criado em 1987 e produz atualmente quatro tipos de cachaças: a Bousquet Prata, que fica armazenada seis meses em tonéis de jequitibá; e a Bousquet Ouro, envelhecida três anos em barris de carvalho. A 3 Praias Prata, multidestilada em tonéis de aço inox; e a 3 Praias Brasilian Spirit Ouro, um blend de envelhecimento direto de carvalho, composto por cachaças de 2, 4 e 6 anos, “além de um segredo familiar centenário”, disse Bousquet. O empresário disse ainda que a vencedora do concurso foi criada em 1998, no mesmo período da Apacerj – Associação dos produtores e amigos da cachaça do Estado do Rio de Janeiro da qual faz parte, e que o produto já havia conquistado outros concursos anteriormente.
“São quase 10 anos de desenvolvimento do produto e da marca, incluindo quatro anos de separação específica para entrada no mercado internacional, juntamente com os outros diretores da marca, Gilberto Bomery e Antônio Serralha. Neste período investimos em qualificação e busca de experiência através da participação em eventos".
sábado, setembro 29, 2007
Goyta consegue um pontinho na Ilha do Governador
O Goytacaz está com 12 pontos e disputará a classificação com o Estácio de Sá que tem 10 pontos e jogará contra a Portuguesa. O Goyta só não se classifica se perder e o Estácio de Sá ganhar. Um pequeno detalhe: quem garantiu o empate para a Portuguesa, quando o Goyta pressionava muito foi o goleiro Glaucinho revelado na rua do Gás e que ano passado, se sobressaiu quando assumiu o lugar do goleiro Macula que havia aprontado com o clube.
Dá-lhe Goyta!
Nosso blog recebeu do leitor e parceiro Márcio Rocha, o vídeo motivacional produzido pelos alvi-anis Gustavo Rangel e David Azevedo visando estimular, jogadores e a torcida para o jogo dentro de instantes, contra a Portuguesa na ilha do Governador no Rio de Janeiro. Parabéns à dupla e sucesso para o nosso Goytacaz. Dá-lhe Goyta!
Acervo Pateskiano
O aeroporto de Cabo Frio e nosso terminal alfandegado
sexta-feira, setembro 28, 2007
O caso do secretário de Saúde no PT, não seria aluguel, e sim, venda!
Quem ainda tem dúvidas, de como poderia alguém da direção do partido em Campos ser favorável ao tal fato, que na prática alijaria de vez, a possibilidade de alguém com tradições no PT ser eleito ano que vem, pode ficar sabendo, que a questão não seria de falta de capacidade com a aritmética das contas, mas, simplesmente o caso de se acreditar num conto da carochinha, como costumava falar minha avó.
A “brilhante idéia” que os “iluminados” teriam tido é o de que poderiam acreditar num acordo em que o secretário, em sendo eleito, teria do prefeito (reeleito), a garantia de continuar no cargo, o que daria, no entendimento daqueles que sonham com “o ovo no...” o sonho, de mesmo suplente, se transformar em vereador, só que nas mãos de um possível prefeito.
É crível esta história? Se levada em frente, não há como não lembrar do futebol quando dizem que há coisas que só acontecem ao Botafogo, ao meu Goytacaz, e se assim for, não sei se poderei ainda dizer, ao meu PT em Campos.
Bebel teria mais catiguria!
Este blog retificaria aqueles que estão chamando este caso de barriga de aluguel. A situação em questão teria mais relação, com um outro tipo de prestação de serviço que talvez, só a Bebel de Paraíso Tropical pudesse explicar. Particularmente, desejo que o PT de Campos tenha mais catiguria!
Vale pelas questões e pela disposição para o debate!
Esta rede é realmente muito vasta
Transparência - IV
Por falar em PSF, coincidência que o novo contrato determinado pela Justiça Federal com a Fundação Cruz Vermelha, com prazo máximo de vigência de um ano com obrigação de realização de concurso público neste intervalo, seja feito exatamente um ano antes das eleições municipais do ano que vem. Os contratos com os 1.159 agentes comunitários estão previstos para serem assinados na próxima segunda-feira.
Serra acaba de dizer na estréia da Record News, que deseja ser lembrado como o governador das Escolas Técnicas
quinta-feira, setembro 27, 2007
"Entre a colheitadeira e o facão"
Veja dois trechos:
"O ritmo de trabalho alucinado aumenta a incidência de lesões e doenças laborais. Uma incômoda realidade que os empresários do setor preferem encarar como um resquício de um modelo baseado na mão-de-obra humana, agora em substituição".
10.000 acessos em um mês
Simbólica a garantia do presente contra o planejamento para o futuro
Transparência III
Um dos parceiros deste blog, com olhar mais atento do que o deste blogueiro, viu na publicação do Díário Oficial do município, do dia 15 de setembro, quando a prestação de contas do primeiro quadrimestre deste ano foi divulgada, um percentual exagerado em despesas de pessoal de algumas secretarias.
Na imagem abaixo, que você pode ver, em tamanho ainda maior clicando sobre ela, que além das despesas assumidamente ditas como de pessoal, outra que sendo de serviços, mas chamada de "apoio administrativo" aumenta o bolo de despesas da máquina da prefeitura de Campos nos quatro primeiros meses do ano para 45% de todo o orçamento. Este blog repete, 45%, quase a metade, de todo o recurso orçamentário do município de R$ 1,165 bilhão estão sendo gastas com despesas da máquina administrativa.
PS.: Se desejar ver a imagem da tabela em tamanho maior clique sobre ela.
Futebol feminino despacha os EUA
PS.: 1 - Foto de O Globo OnLine;
2 - As maiores TVs perderam a chance de transmitir o jogo mostrado pela Bandeirantes.
Transparência - I
A prefeitura que tem uma folha de pagamento que é um pouco maior do que a nossa definiu como valor mínimo a quantia de R$ 16 milhões. No Rio de Janeiro, o Santander-Banespa se dispôs a pagar à prefetura carioca a "discreta soma" de R$ 365 milhões por uma folha de R$ 2,3 bilhões. Por estes valores, não há como imaginar um valor inferior a R$ 30 milhões para uma folha de pagamento anual entre ativos e inativos da ordem de R$ 400 milhões.
A pergunta que resta é: quem pagará o prejuízo de quase dois anos, em que os bancos "mamaram" sem ter que dar nada em troca, pelo menos que se saiba. Veja ao lado a publicação do edital do pregão 172/2007 da PMCG.
quarta-feira, setembro 26, 2007
Capitanias hereditárias?
Falta de energia elétrica provoca tumultos na hora do rush em toda a área urbana de Campos
Durante todo este tempo, a rede de telefonia e de celulares também apresentou problemas. A concessionária de energia elétrica da região, a Ampla, acaba de informar que o problema ocorreu devido a interrupção nas redes de transmissão de energia elétrica de Furnas Centrais Elétricas de quem recebe a energia que distribui para toda a região.
“Tropa da Elite é “F” de Farsa"
Filho de Barbosa Lemos pode ser candidato em SFI
“Em 4 anos, miséria pode cair a níveis residuais”
É natural que Mocaiber queira mudar de conversa
Na verdade, a pergunta da consulta abaixo seria outra
terça-feira, setembro 25, 2007
Aonde chegamos...
Gato na cabeça!
Denúncia grave
Parecer jurídico contra novo mandato para Mocaiber fica mais evidente
Com a palavra leitores e parceiros do blog
Presidente da FME responde ao artigo sobre o "Elefante branco da Lapa"
Sei não, mas...
segunda-feira, setembro 24, 2007
Senador Aloizio Mercadante responde a e-mail de um campista
Ventos fortes derrubam árvores, destelham casas e interrmpem energia elétrica em diversos pontos de Campos
“Entre 400 e 600 carros fazem transporte clandestino em Campos”
Na ocasião, o Sr. Sérgio respondeu através de um documento com interessantes observações, que por questões operacionais, só recentemente este blogueiro veio a ter acesso e que está disponibilizando-o aqui para seu conhecimento. Um texto suscitou o outro e assim um saudável debate. Por conta disso, este blog propôs ao Sr. Sérgio Belmor e ele topou, a entrevista abaixo que ajudará ao nosso leitor conhecer um outro lado da questão deste grave problema que atravessa atualmente como transporte público no município de Campos dos Goytacazes .
Sérgio Belém de Morais, tem 32 anos é mineiro do município de Divinópolis e mora em Campos desde maio de 2003. Sérgio é casado, pai de dois filhos campistas, tem formação superior em Administração de Empresas pela Faculdades de Ciências Econômicas de Divinópolis e possui ainda dez anos de experiência em gestão de serviços terceirizados e transporte público. É diretor da Viação Tamandaré desde o mês de maio de 2003.
A entrevista:
Blog do Roberto Moraes: O caos atual no trânsito de Campos tem diversas origens, o aumento do número de carros, o inadequado planejamento viário, mas também um transporte público que se apresenta deficiente que na opinião do blog leva o usuário, a descartá-lo em prol do transporte individual de carro, bicicleta, motos, etc. O que o senhor pode falar sobre isso?
Sérgio Belém: O declínio do transporte público teve início a partir de 1996, quando começou a gratuidade sem subsídio, de todos os estudantes da rede pública, deficientes (temporários e permanentes) e idosos a partir de 60 anos (e não 65 anos como manda a Constituição). Hoje as gratuidades representam 55 % do total de passageiros transportados, sem nenhum reembolso para as empresas. Este fato contribui para a dificuldade em renovação de frota, que em 1996 era de 4,5 anos e hoje tem média 11,5 anos. Junte-se a isto, as “facilidades” que a estabilidade econômica trouxe para aquisição de veículos, basta observar que em cada esquina tem uma agência de veículos, que oferece parcelamentos “a perder de vista” e ainda o baixo custo de se rodar com GNV. Mais ainda, Campos apesar de possuir a maior extensão territorial do estado não possui depósito público de veículos, o que incentiva a existência de veículos circulando sem pagamento de impostos e multas, condutores sem habilitação e ainda, o crescente número de veículos emplacados no Espírito Santo, onde o IPVA é a metade do preço e as multas não chegam lá. Portanto, o excesso de veículos causa estrangulamento do trânsito, dificultando a mobilidade e atraso nos horários dos coletivos.
Blog do Roberto Moraes: O setor de transportes públicos em Campos é muito mal visto pela população que se sente iludida e mal servida. Há ainda desconfianças de promiscuidade na relação com os gestores governamentais. Este sentimento é real ou não?
Sérgio Belém: Creio que a resposta anterior mostra que é uma desconfiança infundada, fruto da falta de conhecimento. Quanto a ser mal visto pela população, trabalhamos com seriedade para que isto não aconteça, mas só a competência e boa vontade da empresa não resolve, se tantos fatores externos têm influência direta.
Blog do Roberto Moraes: Os empresários do setor reclamam muito da baixa rentabilidade e até de prejuízos que o empreendimento traria aos seus gestores. Como então explicar a manutenção dos seus negócios?
Sérgio Belém: A frota envelhecida, dificuldades em se pagar a altíssima carga tributária em dia e recorrendo a parcelamentos intermináveis, atraso no pagamento de funcionários e fornecedores, ou seja, administramos um dia depois do outro, sem poder planejar estrategicamente. Exemplificando, se você tem uma casa, abriria mão dela porque tem vazamentos no encanamento? Como todo empresário brasileiro, esperamos sempre dias melhores.
Blog do Roberto Moraes: Sobre isso, corre à boca pequena, que o setor poderia fazer a lavagem de dinheiro. Certamente o senhor contesta esta acusação. O blog então perguntaria: de onde sairia tal acusação?
Sérgio Belém: Mais um fruto da falta de conhecimento da realidade, pois as empresas de Campos são tradicionais, em sua maioria empresas familiares, que já estão na segunda ou terceira geração e o fato de manter a duras penas o seu negócio, não faz do empresário, um criminoso. Para conhecedores do assunto, manter empresa de qualquer ramo, no Brasil, é um desafio diário, mas para leigos resta imaginar e acusar sem fundamento.
Blog do Roberto Moraes: Na sua opinião porque o chamado transporte alternativo ganhou tanta força em Campos?
Sérgio Belém: Campos é vista como “uma cidade rica do povo pobre”, isto pode ser comprovado pela própria estrutura de moradia da cidade, juntamente com o assistencialismo que a meu ver é extremamente nocivo para qualquer cidade que almeja crescimento. Portanto, a falta de empregabilidade, aliada a falta de qualificação profissional, leva pessoas a buscarem meios individuais de sobrevivência, da forma que for mais facilitada, como abordado na primeira resposta. Para refletir:
- as rádios ilegais existem por ineficiência das rádios legalizadas?
- os camelôs, as barraquinhas no meio das calçadas e o comércio nos sinais de trânsito, comprovam a falta de qualidade do comércio que paga impostos e é regularizado e fiscalizado?
“Hoje existem casas que abrigam verdadeiras repúblicas de topiqueiros de outras cidades e estado”
Blog do Roberto Moraes: O senhor tem elementos para estimar o número de veículos clandestinos e de transporte alternativo operando em Campos?
Sérgio Belém: Realizamos pesquisas rotineiramente e constatamos, entre carros de passeio, kombis e vans, uma variação entre 400 e 600 veículos dependendo da época do ano. Campos se tornou a opção para este tipo de transporte, principalmente pelas facilidades comentadas na primeira resposta. Hoje existem casas que abrigam verdadeiras repúblicas de topiqueiros de outras cidades e estados, por exemplo, Av. Carmem Carneiro esquina com Murilo Peixoto (estrada da Codim).
“Um indivíduo observa quando os ônibus vão sair e despacha a van na frente, ou seja, não viaja nos intervalos e sim aparecendo na frente”
Blog do Roberto Moraes: O senhor vê possibilidades de convivência harmoniosa com o transporte alternativo na prestação deste serviço de transporte público, em Campos?
Sérgio Belém: Principalmente da forma que está sendo conduzida a questão, envolvendo pessoas idôneas que buscam sustentar a família e a maioria composta de oportunistas, é praticamente inviável. Seria o mesmo que pedir ao dono da loja de discos para conviver em harmonia com o camelô que vende cd pirata na porta da loja dele. O que o setor de transporte enfrenta hoje é uma concorrência ruinosa por parte do transporte clandestino, que não trabalha suprindo necessidades e sim “marcando” os ônibus para passar na frente deles, levando os pagantes e deixando as gratuidades. Quando acaba o horário de maior movimento, mudam de linha ou recolhem os veículos para não terem prejuízo de andarem vazios, enquanto as empresas regulares têm obrigação de manter a frota na rua. Um exemplo claro desta prática pode ser vista no ponto final da Penha, onde as empresas Tamandaré e Brasil saem para cumprir itinerário para Pecuária e Centro. Um indivíduo observa quando os ônibus vão sair e despacha a van na frente, ou seja, não viaja nos intervalos e sim aparecendo na frente. Além desta prática, temos observado a utilização de “batedores” que retêm o ônibus na fila do ponto, enquanto outros topiqueiros avançam para os pontos seguintes. Por exemplo, ponto na beira-valão logo após a Tenente Coronel Cardoso.
“Na realidade, hoje trabalham neste órgão pessoas sem conhecimento técnico, sem treinamento e sem estrutura nenhuma”
Blog do Roberto Moraes: Qual a sua opinião sobre o papel desempenhado pela Emut que é o órgão regulador da prestação do serviço público que sua empresa opera?
Sérgio Belém: Com a recente troca de Diretoria, a EMUT passou a fiscalizar o transporte de maneira imparcial, o que antes não acontecia, porém, o que se vê é um “jogo de empurra” de responsabilidades entre a EMUT e Guarda Civil Municipal, ou seja, ninguém quer a “batata quente”. Ações têm sido realizadas em alguns pontos da cidade, porém sem apreensão de veículos irregulares e com aplicação de multas que não serão pagas ou nem sequer chegarão a ser registradas no sistema, como me disse recentemente o Major Sandro, Diretor Técnico da EMUT. Na realidade, hoje trabalham neste órgão pessoas sem conhecimento técnico, sem treinamento e sem estrutura nenhuma para exercerem a função que ocupam, são simplesmente cargos políticos.
Blog do Roberto Moraes: A informação que circula em Campos é que o grupo empresarial que o senhor está à frente que hoje comanda a Viação Tamandaré seriam originários de Minas Gerais. O blog então pergunta, se comparado com aquele estado, o negócio de transporte público em Campos é atraente? Se não, como explicar o estabelecimento de vocês por aqui?
Sérgio Belém: O grupo ao qual faço part, teve ou tem negócios em São Paulo, na cidade do Rio de Janeiro, em Minas e na Bahia. Na ocasião, a Tamandaré estava à venda e nós queríamos expandir nossos negócios e após pesquisa de mercado, descobrimos que Campos tem potencial, cientes que o trabalho seria árduo, porém esperávamos mais receptividade do poder concedente, para otimizarmos o negócio. Apostamos tanto nesta cidade que compramos a Viação São João da Barra e Rangel nos anos seguintes, dobrando o tamanho do nosso investimento por aqui.O ramo de transporte é um desafio em qualquer região do mundo que esteja em desenvolvimento.
Blog do Roberto Moraes: Os últimos dados que o blog dispõe aponta para a existência de 14 empresas operando este serviço em Campos, com 191 ônibus em 87 linhas urbanas e 76 veículos em 45 linhas distritais. Fala-se no número de 22 milhões de passageiros transportados por ano, nas linhas urbanas e 3,2 milhões de passageiros nas linhas distritais que gerariam uma receita anual em torno de R$ 32 milhões. Estes números conferem?
Sérgio Belém: Os números podem ser confirmados diretamente na EMUT, pois todas as empresas enviam relatório mensal e não tenho acesso a números de outras empresas.
Blog do Roberto Moraes: A oferta de linhas e seus itinerários oferecidos no município na sua opinião são adequados?
Sérgio Belém: Merece ser reestruturado, porque em várias linhas há sobreposição de empresas e há deficiência em outras, mas isto ocorre desde o início e tem que ser estudado por quem entende do assunto e não como ocorre ocasionalmente, por pessoas leigas. Nenhum empresário quer ficar sem sua linha mais rentável e pegar uma linha que só dá prejuízo.
Blog do Roberto Moraes: Observando logicamente pelo lado empresarial que você representa, o blog solicita que elenque cinco prioridades a serem implantadas para uma efetiva melhoria do transporte público em nosso município.
Sérgio Belém:
- Subsídio das gratuidades;
- Eliminação do transporte clandestino;
- Reestruturação completa do sistema viário, que tem vários pontos de estrangulamento e é o principal culpado pelos atrasos de horários;
- Diminuição da quantidade de empresas que operam no município;
- Ação efetiva no sentido de eliminar veículos que não têm condição de estar circulando e inibir a prática de motoristas que dirigem sem habilitação.
domingo, setembro 23, 2007
Notícias do Propinoduto
Ta difícil, mas, dá-lhe Goyta!
Para alguns amigos dizer isso, é pior do que dizer que é ruim. É como se uma pessoa fosse muito feia e alguém, por pura dó, a pessoa diz que é muito feiinha, ou então, diz que é até simpática. No caso em questão, o time não é nem simpático, mas como manifestou, a economista Maria da Conceição Tavares, sobre o governo do PT quando no auge da crise, um tanto depressiva e decepcionada, no meio do primeiro mandato do Lula, ela disse: “Pode ser um governo de merda, mas é o meu governo”.
Pois então, este blogueiro reproduz este discurso para o caso do nosso Goytacaz, depois da vexatória derrota de ontem, para o penúltimo colocado no seu grupo, o Estácio de Sá. O blog reproduz também, lembrança que o torcedor Mario Rocha faz na comunidade do clube no orkut, lembrando o hino do alvi-anil: "Na vitória, na derrota, na alegria, no amargor, Sou Goytacaz sim senhor! Sou Goytacaz por Amor!!! ". Dá-lhe Goyta!
sábado, setembro 22, 2007
Citação infeliz em conversa de vendedor
Não dá para justificar uma coisa com outra. É inaceitável que condições de trabalho, quase escravocratas de séculos atrás, sejam reproduzidas hoje, em qualquer situação. Ano passado pelo menos quinze trabalhadores morreram, apenas em São Paulo, por causas não determinadas.
Pesquisadores-médicos do Hospital das Clínicas estão investigando a suspeita de que a causa principal tenha sido, a exaustão causada pelo exagerado esforço físico no corte de cana.
Fora isso, ainda há inúmeros casos de canavieiros trabalhando de forma clandestina, sem carteira assinada, sem segurança, sem o uso de EPIs, etc. Correto e bom que queiramos vender nosso etanol lá fora. Que briguemos para reduzir as taxas de importação hoje cobradas pelos países desenvolvidos, mas não podemos deixar de exigir, a melhoria das condições de trabalho do canavieiro, que ainda são precaríssimas, na maioria das regiões produtoras do nosso país.
É inaceitável que a remuneração seja também tão baixa, em torno de 1/3 de R$ 0,01 por golpe de facão. Até uma década atrás, o bóia-fria cortava entre 4 a 6 toneladas de cana por dia. Hoje, este número, considerado mínimo, oscila em torno de doze toneladas cortadas diariamente.
O presidente é bem intencionado quando quer vender nosso país lá fora. É também compreensível, que ele queira fugir das artimanhas que o mercado global arruma, para impor barreiras alfandegárias, sanitárias e até de uma falsa preocupação com o meio ambiente e com a saúde do nosso trabalhador.
Porém, em troca de ganhos de capital para nossos produtores e industriais, não se pode deixar que condições de trabalho e de ganho dos trabalhadores sejam equivalentes àquelas vivenciadas há mais de um século por mineiros. Isto não pode ser considerado natural.
Avancemos sim, no plantio controlado ambientalmente da cana, no comércio internacional do etanol e dos bio-combustíveis, mas, não deixemos, os trabalhadores sofrerem as conseqüências de uma produção barata e exploradora como faz a China. Tenho certeza que com a origem de vida do nosso presidente, sua fala não deve ter sido, nada além, de uma conversa de vendedor.
sexta-feira, setembro 21, 2007
Assim cresce a torcida do Goyta - II
"Elefante branco"
"Esse é o retrato mais fiel do abandono e desperdício do eráriopúblico. Infeliz cidade. Tenho preocupação com o futuro de meus filhose dos meus alunos, além de pena das crianças que poderiam estar usando esse espaço pago com o nosso dinheiro. Ouvi comentários pelo calçadão de Campos, que o custo deste elefante branco teria sido de R$ 140.000,00. Será que é verdade? Como não ficar pasmo com toda essa "sacanagem"?"