1) Os municípios que não recebem royalties como produtores, apenas como municípios limítrofes, de valores muito menores, estão praticamente estagnados em termos de população, com ligeiro crescimento ou declínio;
2) Entre os municípios produtores de petróleo de nossa região, o que teve o menor crescimento populacional, foi São João da Barra. Aproveito para lembrar que em Campos, por ter população maior que 170 mil habitantes no Censo de 2000, junto com outros 150 municípios brasileiros, os números divulgados são de estimativas feitas a partir do Censo de 2000.
3) Bom também destacar que não há nada de positivo a ser comemorado pelos municípios que apresentam maior número de habitantes. Na verdade, o atendimento de algumas demandas tenderão neste caso a ser maior porque como este blog já comentou, quanto mais gente, mais necessidade de leitos hospitalares, escolas, casas, saneamento, etc;
4) A contagem populacional não pode ser vista, como às vezes aparece na mídia, como um campeonato. Apesar, disto, também é natural diagnosticar que o crescimento da população tem relação direta como desenvolvimento econômico, porque onde há emprego há fluxos de pessoas. Sendo assim, é possível diagnosticar que a cadeia produtiva do petróleo continua a ser a mola mestra do desenvolvimento econômico regional. Isto reforça a idéia repetida, e, talvez ainda não praticada, da necessidade de planejar o desenvolvimento da era pós-petróleo;
5) Dos municípios listados abaixo, aqueles que talvez estejam em melhores condições são Cabo Frio e Búzios por terem suas vocações econômicas, naturalmente formatas para a área do turismo. Talvez, Rio das Ostras possa também se safar por aí, embora tenha ainda grande dependência de Macaé, onde está hoje, a base das atividades do petróleo. Os municípios com maiores populações tenderão a sofrer mais, se não conseguirem trilhar alternativas econômicas ao petróleo. Este é o caso de Macaé e Campos.
Enfim, nada a comemorar e muito a se preocupar!
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