quarta-feira, setembro 12, 2007

Golpe ou blefe de mestre?

O blogEu penso que...” do jornalista Ricardo André trouxe para a rede, a notícia de que o governador Sérgio Cabral, hoje, em Campos, na solenidade de inauguração da pista B da ponte da Rosinha, afirmou que, se a aliança entre Garotinho e César Maia se firmarem, ele renuncia ao governo do estado e disputa a prefeitura do Rio de Janeiro. Agora a pouco, o também jornalista de Campos, Aloysio Balbi, no Globo Online repercutiu a mesma fala do governador, que foi logo colocada com destaque, no portal do jornal O Globo.

Golpe ou blefe ninguém ainda poderá dizer, mas a jogada é de mestre. É possível apostar, que nem o metido a “sabe-tudo” que é o atual alcaide carioca esperaria por essa. Cabral apenas com este anúncio sinaliza para o presidente Lula, que em nome da boa relação e da lealdade com ele, está disposto a qualquer sacrifício como este, de largar o certo pelo duvidoso, com pouco mais de um ano de governo que teria em abril do ano que vem, quando terá que renunciar, se pretender levar à cabo a idéia de tentar transformar o blefe em golpe.

O melhor da história é que, na verdade, ele não teria nenhum concorrente forte nesta disputa, o que tornaria o duvidoso, menos duvidoso, embora eleição, seja sempre eleição. A outra boa coisa é que para muitos analistas é sempre muito melhor e mais fácil, ser prefeito da cidade maravilhosa, sem a incumbência de responsabilidades com “trem-bala”, bala perdida, caveirão do que amargar um estado com orçamento inadequado para suas demandas.

O que ainda há de analisar é se o governador conseguiria ter maioria no do diretório municipal do PMDB no Rio de Janeiro, ou se por lá também repetiria a maioria demonstrada na votação de segunda-feira, quando o diretório estadual, sob o comando de Garotinho, Picciani e companhia, imprimiu a decisão do acordo com César Maia. Neste caso, o diretório estadual se quisesse intervir no municipal, poderia receber o troco do diretório nacional, que parece disposto a manter a aliança com o PT e sonhar em indicar o candidato da aliança nacional com o PT à presidente da República.

E o alcaide e o ex-governador nisso? O pior cenário para um político, para o qual ele sempre deve evitar é quando o controle da situação não depende dele e sim do adversário. Este, numa primeira análise parece ser o quadro. A bola foi roubada no meio de campo por Cabral, enquanto Maia e Garotinho correm para a defesa. Há risco de gol? Só o tempo e o desenrolar da jogada poderão responder. A partida ainda está no primeiro tempo, mas há gente comemorando na arquibancada.

Um comentário:

Anônimo disse...

...CLARO QUE ESSAS E OUTRAS PERGUNTAS PRECISARIAM SER RESPONDIDAS. QUEM O SENHOR GOVERNADOR SERGIO CABRAL PENSA QUE É PARA FAZER AFIRMAÇÕES TÃO PREPOTENTES QUE O COLOCA ACIMA DO BEM E DO MAL???...ELE PENSA QUE PODE DECIDIR SER CANDIDATO A PREFEITO DO RIO PELO PMDB E ASSIM SERÁ FEITO A SUA VONTADE???... COM CERTEZA APENAS PENSA. A NÃO SER QUE PRETENDESSE IR PARA O PT, PARTIDO QUE ELE TANTO ACOLHE. ELE PENSA QUE GANHARIA UMA ELEIÇÃO COM FACILIDADE HOJE???...OU ELE JÁ SE ESQUECEU QUE GANHOU COM CERTA FACILIDADE O GOVERNO DO ESTADO POR QUE TINHA AO SEU LADO UM GRUPO POLÍTICO FORTE QUE ESTAVA NO GOVERNO E O PROJETOU POR TODO O ESTADO. ELE NÃO TERÁ MAIS GAROTINHO E ROSINHA AO SEU LADO. NÃO SERÁ TÃO FÁCIL ASSIM. ELE ESTÁ COM A MEMÓRIA CURTA E A ARROGANCIA ULTRAPASSANDO AS BARREIRAS QUE IMPEDEM SUA POPULARIDADE DE ENTRAR NAS COMUNIDADES DO RIO DE JANEIRO. ELE ACABOU COM TODOS OS PROGRAMAS SOCIAS QUE EXISTIAM NO GOVERNO DO ESTADO E DEIXOU A MINGUA MUITAS ESPERANÇAS DA CLASSE MENOS FAVORECIDA. ELE DEVIA ESTAR EM CIMA DA PONTE QUE ESTAVA INAUGURANDO QUANDO FEZ ESSAS AFIRMAÇÕES E COM CERTEZA JÁ DESCEU DELA. E SE NÃO DESCEU, EM BREVE DESCERÁ POR QUE O POVO NÃO ESQUECERÁ JAMAIS.