segunda-feira, outubro 01, 2007

“O petróleo fácil que existe no mundo está no fim”

Assim se referiu o cientista político Michael Klare, professor de Segurança Internacional de um College, no estado de Massachusetts, nos EUA, que foi entrevistado ontem, pelo jornal O Globo tratando do que chamaram “o fim da era dourada do petróleo”.

Klare, depois de afiançar, para satisfação dos prefeitos da nossa região produtora de petróleo, que a tendência é do preço do barril do produto, se manter entre US$ 70 a US$ 80, disse que “o “petróleo fácil” que existe no mundo, que é o localizado próximo à superfície e em países amigáveis, já foi consumido. O “petróleo difícil” que é o que fica em reservatórios ultra-profundos e em países instáveis será mais caro”.

Nas suas previsões Michael Klare foi mais longe: “a produção mundial de petróleo vai atingir seu máximo por volta de 2010 e, depois vai começar a cair. Eu projetaria um volume de 90 milhões de barris por dia na virada do século, ante os cerca de 85 milhões atuais”.

Klare vê grandes chances para o Brasil, seja com a oferta de etanol, para quando a produção do petróleo começar a cair, depois de 2010, seja com o etanol, que a seu ver é um bom substituto para o petróleo, especialmente para o setor de transportes. Klare também vê boas chances para o Brasil, que é líder em extração de petróleo em águas profundas em cooperações tecnológicas com os países africanos que possuem, como nós, petróleo off shore.

Extraindo um pouco mais, do que não foi escrito na entrevista, para o que interessa, na nossa realidade, pode-se intuir que a Petrobras, cada vez mais será grande e importante para o país e para nosso continente crescendo sua inserção mundial, tanto com a tecnologia de águas profundas, quanto com a negociação através do etanol. Segundo, o nosso “petróleo difícil” e os royalties conseqüentemente gerados com a sua extração, não deveriam ser gastos assim de forma tão fácil como estão sendo. Está na hora de acabar com a saída fácil do dinheiro gerado pelo petróleo difícil.

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