O aumento do valor e do peso da redação, nos processos seletivos de acesso, aos cursos superiores de graduação, também conhecidos como vestibulares, assim como no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e nos concursos públicos, entre outros, estão produzindo, um excelente mercado para os professores de português, mais especializados em redação.
O fato já fez proliferar nas capitais empresas (cursos) especializadas no assunto que ampliam a oferta do ensino de redação, não só para estudantes interessados nos vestibulares, mas também para funcionários de empresas que têm, na palavra escrita, deficiências de diversas ordens. Campos, mesmo não sendo uma capital tem cada vez mais profissionais atuando no ramo não só na condição de professores autônomos e particulares, mas também sob a forma de curso legalizado e especializado no assunto.
Bom que a exigência da escrita da nossa língua materna cresça junto do aperfeiçoamento e intensificação do seu ensino. Porém, melhor seria, se junto também se ampliasse, o estimo à leitura por parte dos jovens, sem a qual, dificilmente, o ensino de técnicas e métodos vão produzir bons resultados. Além disso, talvez seja pedir demais, mas seria também desejável, a ampliação do acesso à literatura e autores que marcaram e ainda marcam a organização das palavras na nossa, complicada, mas valorosa língua portuguesa.
PS.: O blogueiro espera, pelo menos nesta nota - por razões óbvias - não ter agredido, demasiadamente, a nossa língua materna.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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Um comentário:
O que não deveria ser. Redação, leitura, ou vice-versa, deveriam ser dever das escolas. Deveriam ser rigorosos. Mas o que vemos é alunos de 8ª série do Ensino Fundamentel, semi-analfabetos, decorrentes deste processo de aprovação automática.
Esse processo culmina com a facilidade na entrada nas Universidades e em Cursos de Graduação e reflete, como consequencia, nos piores profissionais nas diversas áreas profissionais que existem, ou sejam, médicos, dentistas, engenheiros, fonaudiológos, professores, advogados, etc.. mal formados e cometendo verdadeiras calamidades profissionais. Ao meu ver o ensino necessita de uma profunda reformulação e um maciço investimento para mudar esse quadro. Os professores, desculpem ser parcial, são uns abnegados, mas não possuem incentivo, apoio, recursos e infra-estrutura para desenvolverem seus ideais de educação plena.
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