Os caminhos do PT de Campos

Resultado de eleição se respeita. Até o Chaves (corrigindo Chávez) faz isto. Não sendo eu, felizmente, o Chaves, não tenho nenhuma dificuldade para reconhecer o resultado, muito embora isto não me obrigue a ter que concordar com seus desdobramentos. Hugo Diniz teve 272 votos e Felix Manhães 132. O Hugo Diniz é um bom sujeito, mas acaba se submetendo demais a alguns, até então, líderes do seu grupo. Se tiver a oportunidade de esboçar suas idéias pode melhorar, um pouco que seja, a situação do partido no município. O resultado era esperado, sem surpresas. O Felix, com o perfil parecido com o do Hugo, porém mais independente cumpriu um interessante papel de puxar a orelha dos seus partidários. A falta de debates, de oxigenação tem levado ao afastamento da militância do partido. O fato foi comprovado com o reduzido comparecimento na votação de ontem, de cerca de 400 filiados, quase a metade daquela verificada há dois anos atrás. As primeiras declarações do novo presidente reafirmando que a aliança com Mocaiber está mantida e de que sua continuidade será definida em março de 2008, na convenção municipal do partido, mostra, que mesmo entre aqueles, que optaram pela continuidade do grupo que atualmente dirige o partido, há muita gente descontente com este acordo que, na prática garantiu aos líderes de dois grupos, a nomeações de aliados e parentes e a um terceiro líder de grupo, o acordo para tentar se manter no cargo de direção de um hospital local. Muitos não conseguem enxergar a mancha que este acordo fez e continuará fazendo na imagem do partido e de forma especial, naquele que foi o candidato do partido nas eleições passadas. Jogou pela janela, em troca de vantagem pessoal, um cacife pessoal conquistado, mesmo que naquela época, nenhum resultado tenha trazido para o partido, pois a votação em 2004 para o legislativo foi a pior em toda a história do partido no município. Agora se ficar o bicho come e se correr o bicho pega. Se permanecerem com o acordo vão, na prática ratificar por puros interesses individuais, uma negociação que não conseguiu implementar ou sequer cogitar, a apresentação de algumas das tradicionais bandeiras do partido, e, ainda por cima, vão ajudar a eleger parceiros do prefeito a vereador, sem a mínima chance de eleição, de um petista original. Se desistirem da aliança vão também passar para a sociedade que, enquanto comeram no cocho (mesmo que migalhas) o acordo valia, depois, abandonaram a aliança. Neste caso como pensam em convencer o eleitor de que o acordo foi por ideologia e programas e não por vantagens? Enfim, quem pariu Mateus que o embale!