65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, dezembro 01, 2007
Pressão sobre Chiquinho
Este blog não vai defender o prefeito de Araruama, o comerciante Chiquinho que trocou, o identificador do nome da sua origem comerciaria, de Atacadão para Educação, pelo contrário, porém o blog quer mostrar como o jornal O Globo, escolhe quem questionar. Para se inteirar desta nota leia a anterior “O interessante critério de edição”.
Na edição de hoje, o jornal bate na mesma tecla e mostra que as contas de 2006 de Araruama foram rejeitadas pelo TCE-RJ. As de Campos são rejeitadas pelo mesmo tribunal desde 2001. O jornal também mostra como sua opinião: “com a economia regada pelos royalties do petróleo, Araruama inaugura na próxima semana uma praça com padrões faraônicos de investimento e urbanismo... em vez de abastecer delírios supérfluos, pelo menos mantivesse o duto da receita do petróleo provendo o sistema municipal de ensino, de que se gaba de ser paladino”.
A bronca deve ser grande contra o prefeito ou existem outros interesses que não se conhece. Certamente haverá em Araruama prioridades maiores de que o Complexo de Lazer de 82 mil metros quadrados gastos com a reforma, ampliação e transformação de um praça em complexo de lazer. Agora, daí a se questionar, o uso do dinheiro dos royalties de um município que nem é produtor de petróleo é demais. Araruama recebe royalties como município limítrofe como a maioria dos municípios fluminenses. Há no estado, 43 municípios dos 92 existentes no estado, recebendo mais royalties que Araruama, que este ano recebeu apenas, R$ 4,3 milhões como município limítrofe da área de produção de petróleo.
O desconhecimento da realidade do estado que a matéria mostra, não elimina a necessidade da população, daquele bonito município tem, de questionar, as prioridades e o bom uso das verbas públicas. O que o blog deseja é apenas realçar a estranheza, do espaço editorial para este questionamento em relação a um município, enquanto outro, que só este ano, já recebeu cerca de R$ 730 milhões, apenas de royalties, continua a ter uso de verbas capaz de corar até criança de berço sem o mesmo espaço. Enfim, olho vivo também sobre a imprensa.
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Um comentário:
Miopia seletiva.
Vale uma cartinha pra redação?
Acho que nem precisa tanta nostalgia para apontar a "falta de visão" de O Globo.
A praça é um exemplo antigo, a reforma da rodoviária Roberto Silveira, uma área (no chutômetro) de 3500m² custou quase 7 milhões.
Salvo engano, nada ouvi do Globo.
Afora o quesito utilidade e prioridade, acho que a obra de Araruama ficou uma pechincha.
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