65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, dezembro 01, 2007
Qual será que o caminho do PT?
Amanhã os filiados do partido, no Brasil inteiro, escolherão seus novos dirigentes para os diretórios nos três níveis: municipal, estadual e nacional. A eleição direta por si só, não oferece nenhuma garantia da existência de democracia, embora o PT seja até hoje, o único partido no Brasil que faz esta escolha de forma direta. Infelizmente para o país tem sido, cada vez mais comum, nem a eleição indireta por delegados, mas, a pura e simples indicação de donatários para tomar conta dos partidos em municípios e estados, por acordos de caciques, e neste aspecto, nem o poliglota PSDB está fora.
Pois bem, este blogueiro como um filiado ao partido, em Campos, amanhã estará participando desta escolha nos três níveis. Na linha de que é preciso mudar a forma de fazer política no partido, garantindo a ética e ampliando o debate democrático internamente fiz opção pela corrente nacional que cumpre este papel. É a liderada por Tarso Genro e tem como candidato, José Eduardo Cardoso, deputado federal por São Paulo. Em nosso estado, o Rio de Janeiro, esta mesma concepção tem à frente, a deputada federal Cida Diogo que no plano municipal é representada pelo sindicalista Felix Manhães.
No diretório municipal que é onde a gente faz, ou deveria mais exercer a política, porque é onde as coisas efetivamente acontecem, o partido precisa encontrar o seu rumo, sem dependências. O PT nacional hoje não depende de Campos. Ele se relaciona com as massas pelas políticas públicas nacionais e pelos resultados do governo que ocupa. Aqui, em nossa cidade, a necessidade de mudança é acentuada contra aqueles que venderam o partido, ao atual prefeito, em troca de migalhas de cargos. O partido precisa ser indutor da forma como a cidade deve ser gerida.
Não há nenhum motivo, aparente pelo menos, para que este pessoal, em troca de um cargo no governo municipal, sem nenhuma condição efetiva de mudar, ou pelo menos, melhorar, a forma de gerir o município, oferecer apoio a este governo crivado de denúncias de malversação de recursos e de ineficiência administrativa. Não se questiona a necessidade de alianças. Elas são necessárias. Ninguém governa sozinho, mas há que se saber construir acordos baseados em objetivos, programas, projetos e metas e não junções. Este apoio despropositado e inesperado feito pela direção com o apoio apertado da maioria do partido já está marcando profunda e amplamente, a imagem do partido em Campos.
Interessante, que uma boa parte destas pessoas, insistiu numa candidatura própria para prefeito em 2004, que levou ao pior desempenho em termos de votos para vereador da história do partido, rejeitando caminhar junto de uma candidatura que pudesse ser alternativa, tanto a criador quanto criatura e que ainda, no segundo turno, daquela mesma eleição, se abstiveram em escolher uma opção. Agora eles se agarram ao poder, mesmo que as acusações sejam tenebrosas e sem perspectivas de mudanças, em termos de gestão eficiente para o nosso município. Não satisfeitos foram mais longe, escancarando o partido, para a filiação do atual secretário de Saúde e vir como candidato da máquina municipal para a eleição de vereador nas próximas eleições.
É preciso virar esta página. Espero que nossos filiados, sem compromissos com cargos e interesses individuais, que têm comprado tantas consciências e opiniões, em diferentes setores de nossa sociedade, possam oferecer à nossa comunidade, o que ela deseja e talvez até sonhe: o de ver o PT oferecer à cidade, uma alternativa, um rumo diferente que aponte para a esperança de se ter uma cidade bem administrada, menos desigual e mais voltada para o cidadão. Com todo o respeito à diversidade de opiniões que a democracia preconiza, não há como escapar da avaliação que se aliar ao que aí está, é chafurdar no mesmo meio.
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2 comentários:
Oxalá o Partido dos Trabalhadores possa assumir uma direção em acordo com as necessidades históricas de Campos que exige um projeto moderno de gestão da coisa pública local. Embora não veja o PT com um nome forte próprio para o executivo aposto no crescimento do partido em âmbito legislativo e, espero, vejamos nos próximos anos a construção de uma proposta sustentável para Campos.
Seja como for já é hora de sair da gestão decrépita de Mocaiber.
Camarada Roberto,
Em política há uma linha tênue entre política de alianças e formação de quadrilha. Em nossa cidade, bem...deixa prá lá. Quanto ao caminho do PT, creio que estamos perdidos pois roubaram as placas de orientação.
Um Abraço,
Camarada Kbrunco,
Direto comitê central da ALA-10, pavilhão 08.
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