domingo, janeiro 20, 2008

Deviam estar amarelos de vergonha

No site “Vi o Mundo” do jornalista Luiz Carlos Azenha há um questionamento violento, com auscultação de um especialista médico, sobre o apavaroamento que a grande mídia está fazendo sobre os riscos de contaminação da febre amarela. O professor Renato Gonçalves mandou para o blog, o link da matéria. Abaixo um pequeno trecho. Se desejar ler na íntegra clique aqui. Absurdo! Estão usando a Saúde Pública para politicagem barata! Alguns esclarecimentos: Colunistas falam de epidemia com uma facilidade incrível para quem não entende o que quer dizer o termo. Epidemia não é o aparecimento de casos de uma doença no jornal. Uma epidemia só se caracteriza quando ocorre um aumento maior que 2x o desvio padrão sobre a incidência média de uma doença nos últimos anos. Ou seja: Incidência média + 2x desvio padrão. Não vi até agora nenhum jornal mostrar a incidência da febre amarela nos últimos 10 anos para uma comparação. Repare na média de casos do período FHC e Lula, será por isso que ninguém mostra os números? 1996 - 15 casos 1997 - 3 casos 1998- 34 casos 1999 - 76 casos 2000- 85 casos e 42 mortes 2001 - 41 casos e 22 mortes 2002 - 15 casos e 6 mortes 2003 - 64 casos e 22 mortes - obs: 58 dos casos diagnosticados na região sudeste, principalmente MG 2004 - 5 casos e 3 mortes 2005 - 3 casos e 3 mortes 2006 - 2 casos e 2 mortes 2007 - 6 casos e 5 mortes (fonte : Min.Saúde) Todos esses casos são da forma de transmissão em área silvestre da febre amarela. Desde a década de 1940 que não há relatos da transmissão urbana da febre amarela. Veja bem, transmissão em zona urbana é diferente de diagnóstico em zona urbana. A forma silvestre é endêmica principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste e se comporta de forma cíclica, com surtos a cada 5-7 anos”.

4 comentários:

Bruno Lindolfo disse...

A tentativa canalha da imprensa desse país, que tenta a todo custo criar e inculcar uma espécie de inteligência artificial, que imputa a culpa ao governo sobre todo e qualquer assunto sem um prévio raciocínio lógico, está, a cada dia que passa, mais irresponsável.
Após cada boa noite o Bonner mata um.
A histeria televisionada do que parece ser a reedição da peste negra agora é caso de saúde pública.

Anônimo disse...

Dom Roberto de Moralles,

Como já dissemos na TrolhA, chegou a hora de perguntar: a liberdade de imprensa deve estar acima da liberdade de todos?
Não se trata de censura ou cça as bruxas...Mas é urgente definir o papel da mídia, e dos interessse de seus patrões, na construção da nossa democracia...
Campos dos G. pode ser um bom começo para esse debate, até porque o PIG regional não deve nada aos seus "correlatos" nacionais...

Um abraço,

Xacal.

Bruno Lindolfo disse...

Aproveitando o ensejo do assunto imprensa, trago vídeos de duas interessantes entrevistas de Lula e FHC, no programa Hard Talk, da americana BBC.
A dinâmica do programa é interessante, segue à risca o nome da atração.
O resultado final é meio tosco, a insistência do apresentador em confrontar o entrevistado acaba sendo caricatural e teatral demais, bem ao gosto americano, que adora um pastelão.
Com certeza o entrevistado tem acesso às perguntas previamente, mas é curioso por dois motivos: um é ver o Lula respondendo questões que a imprensa brasileira bombardeia todos os dias, o outro, é ver FHC respondendo questões as quais nunca ninguém perguntou, afinal, entrevista com FHC no Brasil é sempre um espécie de tarôlogia e consultoria de diretrizes políticas. É o eterno presidente do país.
Consegui treinar meu listening com a entrevista do FHC, o inglês dele é sofrível e gaguejado, creio que tenha ficado nervoso, não é possível que após anos e anos como palestrante onipresente mundo afora o inglês dele seja daquele jeito.

Lula

Parte 1 http://youtube.com/watch?v=Xncbl6lAigw

Parte 2 http://youtube.com/watch?v=kyuVVP-wDH8

Parte 3 http://youtube.com/watch?v=gE2HcT62hGE

FHC

Parte 1 http://youtube.com/watch?v=o0t2i5mv1cs

Parte 2 http://youtube.com/watch?v=30O47FolIbI

Bruno Lindolfo disse...

Retificando: "da inglesa BBC"