segunda-feira, janeiro 21, 2008

Dia do Abandono XXI

Abandono de gente é mais grave do que o de coisas. Em plena praça São Salvador:


O poema do meu abandono
As palavras sufocam-me.
Apertam-me a garganta para que não as grite.
Calo e não grito…

Mataram a criança que havia em mim,
Roubando-me os sonhos e a vontade de sonhar.
Não sorrio mais…

Uma dor dilacera o meu peito,
Gracejam do meu desespero.
Mas ainda assim não choro…

Não os consigo perceber,
Deixei de fazer parte do mundo deles.
Sou um ser mutante,
Marginalizada numa prateleira da vida.
Entregue ao meu infinito,
Em total abandono…

Autora: Lia em Luso Poemas (aqui)

2 comentários:

Fabiano Seixas disse...

Oportuno o momento para também avaliar os blogs que abandonaram o projeto! :)

Minha tecla f5 já não aguenta mais ser utilizada em alguns blogs e nada relacionado ao Dia do Abandono!
:)
Um salve para aqueles que batalham e constroem seus ideais!

Anônimo disse...

Don Roberto,

Já que para "poetar" a TRolHA manda o seu:



Cabeça de Burro.

Dizem que por aqui,
Tem cabeça de burro enterrada,
Que nos condenou pra sempre,
A ser um pedaço de nada.
Ledo engano,
O problema não é a cabeça enterrada,
E sim aquelas que andam por aí,
Todas orgulhosas de si.


Xacal...