Independente das vantagens e desvantagens, das verdades e mentiras, do jogo do real e do irreal, das especulações de todo e qualquer tipo que possam estar havendo, com relação aos investimentos do grupo MMX na área do Açu, é bom que todos conheçam mais sobre o que já está definido e o que ainda está aberto em termos de investimentos.
A informação mais nova é que a unidade de pelotização não mais haverá porque os compradores do minério estariam hoje mais interessado no minério sobre a forma de pellets (minério granulado) do que sobre a forma de pelotas com diâmetro entre 1 e 2 centímetros.
A termoelétrica está praticamente fechada para funcionar junto a retroárea do porto que no mapa abaixo pode ser localizado na área amarela indicada como "Zona Industrial" que fica exatamente a meio caminho entre a lagoa de Iquipari e o balneário do Açu. Esta área foi aprovada como sendo reservada a um "Distrito Industrial".
A siderúrgica ainda é uma possibilidade que tem grandes chances de se viabilizar, não só pela demanda nacional e internacional de placas de aço, de maior espessura para a construção naval, mas também, pela existência de energia elétrica no local que será produzida pela termoelétrica a carvão citada acima, cuja potência será duas vezes maior, na sua etapa de expansão final, do que o somatório das duas térmoelétricas a gás, hoje instaladas no vizinho município de Macaé. Com energia, carvão e minério de ferro, a vantagem comparativa para agregar valor com a produção de aço demandada pelo mercado é só um pulo, por isso, o interesse do grupo inglês Anglo American.
A área desta possível siderúrgica, não seria a mesma do porto e da termoelétrica e sim ao lado, na área que no mapa abaixo é chamada de "Zona de Expansão Industrial" que fica situado mais próximo à BR-356 entre a lagoa de Iquipari e a lagoa de Grussaí. O mapa abaixo foi concebido por uma euipe de técnicos do Cefet Campos e da Tecnorte que trabalharam na elaboração do novo Plano Diretor de São João da Barra e que teve entre seus corrdenadores, o professor doutor, Vicente de Oliveira, hoje diretor, da Unidade de Pesquisa Ambiental (UPEA) do Cefet que funciona próximo a Barcelos à margem da BR-356. Vicente pretende realizar um monitoramento e um controle rígido e amplo sobre as repercussões que estes investimentos produzirão na região do Açu e da Baixada Campista.
PS.: Para ver o mapa em tamanho maior clique sobre ele.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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