66 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, janeiro 04, 2008
“Os filhos nos amam por nossos defeitos”
Boa e interessante a entrevista feita pela jornalista, Kátia Mello, ao psiquiatra infantil, Marcel Rufo, à revista Época desta semana. Nesta difícil e complexa tarefa que é educar os filhos nos dias atuais, cada um de nós tem muito mais dúvidas que certezas. Até por isso vale à pena ouvir mais uma opinião, como a deste francês, de 63 anos. Não pensem numa receita de bolo, a entrevista, na melhor das hipóteses, te dará pistas na execução daquilo que cada faz apenas o que é possível. Veja alguns trechos que o blog destacou:
“Hoje, os pais, mais que educar, tentam entender seus filhos. E compreender é mais democrático que educar”.
“O psicanalista inglês Donald W. Winnicott criou um conceito muito interessante, o “good enough mothers”, “mães boas o suficiente”. Esse termo mostra bem o que é preciso fazer. Ser um pai mediano, e não excelente, ajuda as crianças. No fundo, os filhos nos amam por nossos defeitos, mais que por nossas qualidades”.
“Separar-se de uma criança é respeitar seu gosto pela aventura e pela descoberta. É preciso, de vez em quando, deixar segredos para que os filhos façam suas próprias descobertas, o que não ocorre quando os pais estão sempre presentes. Cabe às crianças, sozinhas, “redescobrir” as coisas que nós mesmos descobrimos quando tínhamos a idade delas”.
“Crianças precisam de um único lar, mais que de pais que se revezem. Na guarda compartilhada, a criança não veste o luto da família perdida: ela sempre vai acreditar que tudo pode recomeçar”.
“Sou fã da mentira. Adoro crianças que mentem... É um desafio que a criança impõe, uma bela forma de resistência. Às vezes, a mentira é uma forma de enfrentar uma realidade que é difícil”.
“ÉPOCA – Por que os pais, em sua opinião, interferem excessivamente na vida sexual dos filhos?” ”Rufo – Porque são idiotas (risos). Assim como nós só adquirimos nossa própria sexualidade porque ignoramos a de nossos pais, é preciso que os pais “ignorem” a dos filhos”.
Se desejar ler a entrevista na íntegra clique aqui.
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