PSDB e PT de Campos: bicos afinados ou papos crescidos?

Largaram Santo Amaro para rezar na cartilha do Zito de Caxias, o presidente estadual do partido. Dizem que o imbróglio foi grande e a conta não fecha. O leitor vai perguntar: que conta? Antes de pensarem maldade, o blog diz que são de votos. Pelo menos, primeiramente. Fácil de entender. Mesmo com uma nominata forte, só cristão novo poderia acreditar que uma coligação que não seja, a de quem tem a caneta na mão conseguriria eleger quatro vereadores. Daí que consideram que como o partido já tem três vereadores com mandato e com a decisão de Feijó entrar nesta briga, eles consideram que alguém vai ser jogado do trem durante a viagem que tem chegada prevista para outubro. Se o mais provável é conseguir, com empolgação acreditar que só é viável, a eleição de três vereadores, a disputa eleitoral estaria muito mais dentro do próprio partido do que fora. Daí que a disputa interna se aflora. Como resolver? Só iludindo alguém que é possível se chegar a quatro eleitos usando a máquina municipal. A versão ganha força e credibilidade se conseguirem que Mocaiber concorde em aumentar o número de uma, para duas secretarias ou gerências, ocupadas pelo partido. Entenderam porque adiaram a decisão para o dia 28 e com a presença do Mocaiber? Sabe qual será a pressão que usarão sobre ele? A de bandear para o outro lado. O mais incrível neste processo é que a ocupação das pastas (secretarias ou gerências) não guarda nenhum interesse ligado a execução de boas políticas públicas e sim, o de arrumar um jeito para viabilizar econômica e eleitoralmente os que estão na frente da fila, ou seja Feijó e os três vereadores com mandato. Os demais? Coitados dos demais. Aliás, o artifício foi exatamente o mesmo usado pelo PT de Campos. Ambos filiaram gente a pedido do prefeito Mocaiber, ganharam uma secretaria para "viabilizar econômicamente" a campanha e... só esqueceram, como dizia Garrincha, de combinar com os adversários que no caso em questão é o povo que votará na eleição de outubro. Os dois partidos que em 2004 rechaçaram a hipótese de virem juntos para tentar fazer algo diferente no município agora repetem a música do Chico fazendo tudo sempre igual. O que restou, a alternativa de aumentar o papo ou a boquinha para num atalho chegar lá. Pobre política. Bom que lembrem que tucano sem pena não voa e estrela sem luz, nem Santo Amaro enxerga!