65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
Acidente na BR-101 mata mais três
Um novo acidente ocorrido na tarde desta sexta-feira, entre um Santana e um Celta, na BR-101, na altura da localidade de Caixeta, no município de Campos, provocou a morte de três pessoas, sendo dois irmãos ocupantes do Santana. Os veículos identificados com placas de fora do estado colidiram fortemente de frente. Infelizmente, cada vez mais, a BR-101 continua sendo a rodovia da morte.
Quando a vítima é o piloto
É muito comum, especialmente em acidentes aeronáuticos se culpar o piloto. É como se quisessem dizer, com uma máquina sofisticada como esta, cheia de comandos automáticos, etc., só tem problemas se fizerem besteiras. Como também na maioria dos casos o piloto acaba morto, também como vítima do acidente, a conseqüência acaba até sendo vista pelas partes envolvidas, como a conclusão de um mal menor.
Lembrei-me hoje disso, ao ver a fatídica coincidência de, no mesmo dia vir à tona, que o único corpo ainda desaparecido, do acidente com o helicóptero da BHS, na terça-feira, na Bacia de Campos é o do piloto Paulo Roberto Calmon e, neste mesmo dia, praticamente se confirmar que umas das principais causas do acidente ter sido, um defeito no rotor de cauda e não um erro de manobra que teria jogado o helicóptero dentro do mar. Além disso, a coincidência se amplia quando os primeiros depoimentos dos sobreviventes identificam o piloto como herói, por ter pago com a própria vida, o esforço de tentar retirar dois passageiros que ainda se encontravam dentro do aparelho, antes dele afundar.
Os pilotos são humanos e também são trabalhadores. Ao arriscar algo que por ventura compromete a vida de alguém, também o faz em relação à sua própria e ninguém faz isto por vontade própria a não ser sob muita pressão.
Pois bem, é exatamente esta a principal reclamação deles, as pressões que norteiam sua atividade profissional. Assim precisam ser frios para seguir um check-list de emergência, ao mesmo tempo em que precisa decidir se voa ou não. Se segue, ou se volta no meio do itinerário de uma viagem, cujas condições climáticas tornaram o vôo, um perigo e não mais um risco calculado.
Não refiro exclusivamente às pressões das chefias por produtividade que naturalmente cobra resultados e atendimentos dos planejamentos, mas também cito os passageiros que desejam embarcar ou desembarcar para cumprir suas funções, ou ver suas famílias depois de duas semanas de trabalho e que, voluntária ou involuntariamente, também exercem pressões verbalizadas e registradas em relatórios ou não. Nestes casos, quando os pilotos prosseguem ou suspendem vôos têm sempre que enfrentar relatórios e gente a favor e contra suas atitudes.
O duro é saber que um acúmulo temporal destas micros e outras macros pressões, aliadas à necessidade de diagnósticos precisos, sobre as condições técnicas do aparelho, para execução de um vôo com segurança contribuem para o aumento de um risco que aos olhos do leigo, só ocorre devido às condições climáticas ou por defeitos técnicos.
Difícil que estas causas sejam levadas em conta na apuração de todo e qualquer acidente. Neste caso, não é necessário que os incidentes sejam aeronáuticos. Quando é este o caso, mesmo com evidências fortes em contrário, não é difícil também culpar o piloto e dar um ponto final ao “pouso forçado” que na verdade pode ter sido um tombo que levou as vidas que nem mais ocupam as manchetes dos principais dos jornais.
Com mais ou menos evidências sobre as causas deste acidente é preciso registrar e enaltecer, que mesmo numa época em que valores éticos têm tido muito pouco valor, o piloto Paulo Roberto Calmon cumpriu corajosa e solidariamente, a tarefa de tentar socorrer a todos, tendo como custo, a sua própria vida e desta forma levar à termo, outro ponto em desuso, o de ser o comandante, o último a abandonar a embarcação. Homenagem à memória do comandante extensivo aos seus familiares e aos companheiros de profissão.
Em seu blog Garotinho diz que haverá mudanças na Segurança Pública do estado
O ex-governador conta detalhes de reunião, indicações e possíveis trocas no comando da segurança pública do estado. Veja o que ele escreveu com as correções dos erros de pontuação gerados naquele blog desde que ele teria sido invadido por hackers:
“O coronel do Exército Cláudio Barroso Magno Filho, admitiu que esteve reunido com o governador Sérgio Cabral e que foi sondado para assumir um cargo de comando na segurança pública do Rio. O coronel Barroso Magno, durante 6 meses comandou a missão brasileira que está no Haiti ajudando as Forças de Paz das Nações Unidas a pacificar o país. O nome do militar foi uma indicação do presidente Lula. O coronel revelou que seu nome foi sugerido ao presidente, pelo chefe da segurança pessoal de Lula, general Gonçalves Dias. Embora afirme que o convite não é para ocupar a secretaria de Segurança Pública, nos corredores já se fala que José Mariano Beltrame estaria com os dias contados. Com a volta à Câmara dos Deputados, do atual secretário-nacional de Segurança, Antônio Carlos Biscaia, o seu lugar poderia ser ocupado por Beltrame”.
O novo ponto das vans
O matutino local viu hoje, mas o blog já havia postado na nota abaixo “O Abandono é todo dia” na segunda-feira, 25 de fevereiro, o novo ponto das vans em Campos, embaixo da ponte Rosinha. Leia aqui e veja a imagem na foto ao lado.
Petroleiros continuam manifestação por mais segurança do trabalho na Bacia de Campos
Mais de doze plataformas da Bacia de Campos estão com parte de suas atividades paralisadas, com a decisão de seguir a orientação da direção do Sindipetro NF que propôs a suspensão de emissões de PTs (Permissões de Trabalho) nas plataformas.
Dez petroleiros recusaram hoje pela manhã embarcar em helicóptero da BHS
Além disso, o site do Sindipetro NF diz que os “petroleiros de P-08 exercem Direito de Recusa”, (previsto na legislação trabalhista e também no Acordo Coletivo de Trabalho - ACT) “e não embarcaram hoje pela manhã no helicópteros da BHS”, a empresa proprietária dos helicópteros envolvidos nos três últimos acidentes com vítimas nas aeronaves na Bacia de Campos.
“Dez petroleiros, cinco de empresas privadas do setor petróleo e cinco da Petrobrás, não atenderam ao chamado para entrar no vôo das 9h30. Eles aguardam a indicação de uma aeronave de outra empresa para voar.
"O Sindipetro-NF presta total solidariedade aos petroleiros da P-08 neste movimento pioneiro. O Departamento Jurídico e toda a diretoria da entidade estão a postos para prestar assistência e combater eventuais pressões da empresa sobre os trabalhadores".
"O Direito de Recusa é uma conquista dos trabalhadores e deve ser exercido. Dado o histórico de acidentes envolvendo a BHS, a aplicação da cláusula 107 é completamente legítima neste caso”.
A diretoria do Sindipetro NF ainda está colhendo posição das assembléias dos trabalhadores das plataformas, quanto à proposta de uma greve de três dias, nos próximos dias 7, 8 e 9 de março, também a favor do aperfeiçoamento da segurança do trabalho no transporte e nas atividades off shore.
Acompanhe detalhes sobre toda esta movimentação aqui no site do Sindipetro NF.
Mais do Diário Oficial
Até o bom sujeito Alberto entrou na cooptação. Como foi informado ontem pelo blog do Ricardo André em primeira mão, o Alberto Ferreira Freitas foi indicado por setores do PT de Campos, para a Fundação Zumbi dos Palmares. Pelo jeito, o apoio ao prefeito ainda vai ter o seu preço aumentado, no estilo da política do é dando que se recebe.
"Glossário da violência e da criminalidade"
O blog A TroLha não para. Postou hoje, o início do que será um pequeno dicionário dos termos usados na violência e da criminalidade. Até agora apenas a letra "A" que ainda está aberta a susgestões, que este blog manda daqui. "A" de Abandono. Com ou sem violência e é certamente um crime de improbidade administrativa. Leia o início do glossário aqui.
A TroLha mandou bem quando lembrou o absurdo que era considerado a reivindicação de que o salário mínimo deveria ser de US$ 100. Pois bem, com o anúncio desta semana que o novo mínimo foi para R$ 412,00 e o dólar está a R$ 1,67, isto significa que o nosso novo mínimo atingiu o patamar de US$ 225,00. Leia mais aqui.
População e planejamento na aula inaugural do mestrado em Gestão de Cidades da Ucam-Campos
A professora Denise Terra manda convidar a todos os interessados para a Aula Inaugural do Mestrado em Planejamento Regional e Gestão de Cidades que acontecerá no auditório da universidade em Campos, no dia 6 de março, próxima quinta-feira, às 13h30min. O palestrante será o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Eduardo Rios Neto, doutor em Demografia pela Universidade da Califórnia e presidente do Conselho Nacional de População e Desenvolvimento (CNPD).
O tema da aula será "Demografia no planejamento e avaliação de políticas públicas". O professor Eduardo Rios tem trabalhado atualmente como consultor, na avaliação de programas sociais do governo federal, dentre os quais se destacam a avaliação do impacto do programa Bolsa Família do Ministério do Desenvolvimento Social, e também de programas de educação do MEC, além de outros estudos sobre o mercado de trabalho.
Uma boa pedida, para todos que atuam com projetos de políticas públicas, seja na condição de proponentes, executores, gestores, avaliadores ou pesquisadores. Vale também, especialmente, para aqueles que equivocadamente ainda vivem torcendo para que seus municípios tenham mais população nos Censos do IBGE, como se isso tivesse relação direta para a conclusão de que atração de população significa desenvolvimento e qualidade de vida.
Homenagem justa, momento impróprio
Ninguém questiona o mérito, muito pelo contrário, da professora Marlene Henrique Alves, mãe do Juiz da Vara da Infância e Juventude, Pedro Henrique Alves, que morreu num acidente de trânsito há cerca de um ano, ter o seu nome homenageado, na escola municipal inaugurada ontem, no Jardim Aeroporto, pelo prefeito Alexandre Mocaiber.
O momento certamente é inoportuno, porque o Juiz Pedro Henrique Alves é o atual responsável por coordenar as eleições municipais deste ano em Campos. Aliás, ainda hoje, daqui a pouco, às 11 horas, na sede da OAB- Campos, ele se reúne com representantes dos partidos políticos, da imprensa local e setores da sociedade para tratar de questões relacionadas às eleições municipais de outubro próximo.
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
"Fazendeiro Eraldo Barreto desaparece no mar de Guarapari"
Do blog do Paulo Noel de São Francisco do Itabapoana:
"O Corpo de Bombeiros da praia de Guarapari-ES continua os trabalhos de busca do corpo do fazendeiro Eraldo Barreto, 56, que desapareceu ontem,27-02, por volta das 17h30 minutos, nas águas do mar da praia de Areia Preta em Guarapari. Segundo o Blog apurou, agora, através do primo o advogado Dr.Enaldo Barreto, Eraldo Barreto, que mora em Campos, estava pescando em um morro de pedra, quando fora surpreendido por altas ondas do mar que o arrastaram para o fundo. A esposa, Suely, por volta das 22 horas com a demora do regresso do marido, foi até o local em busca de informações. Uma testemunha disse que viu o fazendeiro pescando e o momento que foi levado pelas ondas do mar que estava revolto na tarde de ontem, 27-02. Familiares estão vivendo um drama. Ontem, o irmão de Eraldo, Francisco Márcio foi para Guarapari ao encontro de Suely. Ainda, hoje, o comandante do Corpo de Bombeiros de Guarapari, Major Bruno informou a família que o corpo, depois de 24 horas, geralmente aparece boiando nas águas, isso se o fazendeiro morreu afogado. Eraldo Barreto é pessoa muito querida e conhecida na região. É um dos maiores fornecedores de leite da Cavil em Bom Jesus do Itabapoana. Seu irmão, Francisco Márcio que está em Guarapai também é muito conhecido em Campos do Goytacazes já que atua no ramo de venda de automóveis. Eraldo Barreto é proprietário de terras entre as localidades de Pingo D’Água e Santa Luzia em São Francisco de Itabapoana".
Representantes comunitários da região dos Lagos vão à Anatel para pleitear o fim da cobrança intermunicipal com o DDD 22
Ontem, quarta-feira, representantes de diversas associações comunitárias junto com membros do PT de vários municípios da Região dos Lagos, RJ, se reuniram em Brasília, com o Superintendente de Relações Municipais da Anatel, Geraldo Alves, para pleitear a extinção da cobrança da tarifa de DDD intermunicipal, atendendo aos novos critérios da Agência para o Serviço Telefônico Fixo Comutado.
O superintendente Geraldo Alves, garantiu que, em aproximadamente seis meses, nos municípios do código de área 22, Araruama, Arraial do Cabo, Búzios, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim, que têm continuidade urbana, as chamadas deverão ser tarifadas como locais.
O blog não sabe se está enganado, porém imagina que atendimento semelhante foi conseguido, a cerca de um ano em Campos, mas com relação ao uso telefônico de alguns distritos, como na Baixada Campista e Travessão, em relação à sede do município, mas não em relação aos municípios vizinhos, como São João da Barra e São Francisco do Itabapoana.
Fonte: Revista Cidade
Diário Oficial
E tome cooptação e boquinhas:
Outro DAS-3: Prefeitinho do centro:
Parque Ecológico no Fundão? Viva?
Ué?! Os serviços de coleta de Entulhos não eram responsabilidade da Vital Engenharia Ambiental (Queiroz Galvão)? Aumentaram o preço e diminuíram os serviços? Só para coleta em Guandu e Travessão R$ 68 mil para retiradas de alguns poucos caminhões?
PS.: Para ver a imagem em tamanho maior clique sobre ela.
Há quase 40 anos atrás - Mofo na TV
Doces Bárbaros (Gil, Caetano, Gal e Bethânia) no Fantástico na década de 70. Como dizem os amigos do blog: "isto é Calomeni"!
Pode até ser bom, mas ta atrasado
O SiteBom que foi comentado aqui como um novo portal de notícias que abrangerá a cobertura em três estados da região sudeste com previsão de correspondentes em algumas cidades do interior, inclusive Campos, que tinha data marcada de lançamento definida pelos próprios organizadores para o dia 26, terça-feira (veja aqui), hoje já quinta, ainda não deu o ar da graça.
Água no chopp
A Petrobras tinha previsto para amanhã, dia 29 de fevereiro a divulgação de mais um bom resultado da empresa, o do último trimestre de 2007 e do balanço consolidado do ano passado. Devido ao acidente de terça-feira, com o helicóptero da contratada, BHS, a empresa acabou de informou o adiamento da divulgação para a próxima segunda-feira, dia 3 de março.
Isepam deverá ser devolvido à Educação
O tradicional estabelecimento de ensino de Campos, Instituto de Educação Professor Aldo Muyaert no primeiro governo Garotinho foi transferido para a Fundação Faetec passando a fazer parte da estrutura da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, junto com a Escola Técnica Barcelos Martins, e ao Cetep Guarus, reponsável também por manter a Escolta Técnica Agrícola Antônio Sarlo no Parque Cidade Luz.
Na época, diversas educadoras tentaram impedir este processo. Questionavam os desdobramentos que a mudança poderia trazer no futuro para uma escola que tinha a função básica de formar professores, embora tivesse na sua estrutura, matrículas na educação infantil e fundamental. Estas, além de atender à comunidade circunvizinha, também servia como campo de estágio da escola normal de nível médio e de nível superior. Esta última introduzida quando da transformação do Iepam, num instituto superior, quando passou a ser chamado de Isepam.
Para faciltar o processo, o governo estadual da época criou uma gratificação que visava aproximar o salário do professor lotado na Secretaria de Educação, ao que ganhava o professor, de mesma qualificação e titulação, da rede Faetec. Pois bem, depois de idas e vindas, com alguns problemas solucionados e outros que permaneceram, agora com a nova mudança de governo, novos projetos são colocados em prática.
Assim, o Instituto de Educação do Rio de Janeiro, também tradicional e que funciona na Tijuca, já passou para a responsabilidade da Secretaria de Educação, a mesma destinação que a cúpula de governo pensa em dar ao Isepam de Campos. Professores, servidores e a direção legitimamente eleita pela comunidade rejeitam esta possibilidade e o joguete de um lado para outro, com mudanças institucionais sem maiores debates e discussões, seja com a comunidade interna ou mesmo com a clientela do tradicional estabelecimento de ensino.
Talvez seja demais esperar bom senso e espírito público na tomada de decisão que ficam à mercê de interesses políticos e eleitorais que tentam usar as escolas como campo de controle político e fisiológico.
Bom dizer que com exceção da direção do Isepam, todas as demais instituições citadas acabaram entregues ao controle político do prefeito Mocaiber, através do seu primo, o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso.
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Cadê a ética?
Pode-se não gostar do ex-governador. Pode-se ter rompido com ele ou coisa que o valha. Porém, nada justifica que um radialista, que até o meio do ano passado era unha e carne com ele, usar informações passadas em “on” ou “off” não sabe, mas erradamente, por um político, ex-médico e também ex-aliado do ex-governador, para o primeiro usar no programa radiofônico “oficial”.
Hoje pela manhã, o radialista relatou detalhes íntimos da relação médico-paciente deste médico-político com o ex-governador, comentando suas reações diante de crises de saúde semelhantes à vivida na segunda-feira no Rio, pelo ex-governador Garotinho. Tudo diretamente no ar para todos os ouvintes.
O radialista só não externou o nome do profissional e nem mais precisava, porque ninguém mais tem dúvidas depois que este ainda informou “que era aquele que aparecia nas fotos dos jornais ao lado do ex-governador” quando este tinha problemas de saúde.
Numa cidade com tantos médicos-políticos imagine você, os riscos que os clientes não podem estar correndo, ao expor suas mazelas físicas e mentais a esses doutores, acreditando que o juramento de Hipocrates e código de ética só serão cumpridos, se não existir outros interesses. Sinal dos tempos. Talvez seja mais uma conseqüência e uma evidência dos limites elásticos da ética que tem vigido em nosso município. Valha-nos Deus!
PS.: Só para lembrar leia abaixo um dos itens do juramento de Hipócrates:
“O que vir e ouvir, durante o tratamento, sobre a vida dos homens, sem relação com o tratamento, e que não for necessário divulgar, calarei, considerando tais coisas segredo”. Se desejarem ler o juramento na íntegra clique aqui.
"O helicóptero começou a dar piruetas, caiu na água e se destroçou todo. Por Deus não explodiu!
Esta declaração foi divulgada agora no site do O Dia Online e foi dada por Valéria Cristina Taveiros, funcionária da Elfe Solução em Serviços Ltda:
"No relato que fez após dar entrada no Hospital da Unimed, em Macaé, Valéria Cristina Taveiros, funcionária da Elfe Solução em Serviços Ltda, descreveu os momentos de terror que viveu durante a queda do helicóptero Super Puma L2, ontem, na Bacia de Campos. "Ficamos abraçados e de mãos dadas no mar, boiando entre ondas imensas", descreve em depoimento obtido com exclusividade pelo O Dia Online.
"Logo após decolar, o helicóptero começou a dar piruetas, caiu na água e se destroçou todo. Por Deus não explodiu porque tinha querosene para todo lado. Eu caí em cima do Marcelo (uma das vítimas fatais), mas acho que ele já estava morto. Me soltei e saí do helicóptero.
Algumas pessoas ficaram dentro. Procurei quem estava ao meu lado e fizemos a roda (procedimento em que os passageiros formam uma roda no mar, cada um colocando os braços sobre os ombros do vizinho), boiando entre as ondas altas. Vimos o helicóptero começar a afundar. Nenhum bote que fica embaixo da aeronave inflou."
Atualizado às 19:36: Na entrevista coletiva concedida pelo diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrela, nesta tarde em Macaé, ele afirmou que “o helicóptero caiu alguns segundos após decolagem. Ele não caiu, fez um pouso forçado, mas já com os botes inflados. Decolou normalmente e depois de um minuto teve problemas".
Outra informação importante diz respeito a experiência dos pilotos, Estrela disse que: "eram dois dos mais experientes pilotos que nos oferecem serviço. O piloto tinha 30 anos de experiência. O co-piloto 15 anos de experiência e oito na Bacia de Campos".
Confirmando esta informação sobre a experiência do piloto, este blog teve a informação de que ele possui mais 25.000 horas de vôo, que é considerada por quem atua em aviação, como a principal forma de se apurar a experiência de um piloto.
A hipótese de problemas de mau tempo está sendo cada vez mais afastada, por exemplo, após declaração citada acima da passageira Valéria Taveiros, e por outro lado, ganha mais força a versão de uma pane no helicóptero. Bom lembrar, que segundo informações, nenhum representante da empresa BHS, proprietária do helicóptero participou da entrevista coletiva em Macaé.
Atualizado às 22:48: Do site do Sindipetro NF: "O Sindipetro-NF acompanha fiscalização da DRT na sede da BHS" - "Auditores fiscais do trabalho, acompanhados do diretor do Sindipetro-NF, Armando Freitas, estiveram na sede da empresa BHS, localizada em Macaé, para iniciar processo de fiscalização de documentos e equipamentos".
"O RH da empresa por orientação da gerência se negou a apresentar informações técnicas aeronáuticas. Apesar disso, foram fiscalizados todos os equipamentos do setor de manutenção e emitidos autos de infração.
Novamente, o RH se negou a assinar os autos, alegando orientação dos advogados da empresa BHS. Segundo o diretor do sindicato, a DRT encaminhará os autos pelo correio".
Diretoria do Sindipetro NF está propondo à categoria novas manifestações para cobrar melhores condições de trabalho na Bacia de Campos
Petroleiros podem parar três dias por mais segurança no trabalho
Em nota divulgada a poucos instantes no site do sindicato sua diretoria divulga a proposta que está apresentando à categoria de duas mobilizações:
1) Paralisação de emissão de PT (Permissões de Trabalho) durante 24 horas. na próxima sexta, 29 de fevereiro;
2) Greve com parada de produção por 72 horas, nos dias 7, 8 e 9 de março.
As PT´s são instrumentos conhecidos dos gestores de segurança do tabalho. É um instrumento que exige que qualquer trabalho, a frio, a quente, ou em ambiente confinado seja precedido de uma ampla e profunda avaliação dos seus riscos, para só aí ser autorizado a sua execução com a assunção de responsabilidade do supervisor ou gerente da área, ou do profissional de Segurança do Trabalho.
Para deliberar sobre estas propostas, o Sindipetro-NF está convocando os petroleiros da Bacia de Campos para imediata realização de Assembléias para avaliação destas propostas.
O Sindipetro quer “tolerância zero para a com a ocorrência de acidentes com vítimas fatais”.
O Sindipetro-NF, diz na nota que “a Petrobrás precisa sentir os efeitos da sua irresponsabilidade em relação à segurança dos trabalhadores. Os petroleiros não podem aceitar com normalidade a perda de vidas no ambiente de trabalho”. Mais detalhes aqui.
Petroleiros consideram, por maioria apertada de 51%, seguros os vôos de helicóptero na Bacia de Campos
O assunto ainda é motivo de uma enquête que está no ar no site do Sindipetro-NF. Na enquête aberta aos petroleiros usuários da internet é pedida e ainda está aberta, a possibilidade de manifestação e opinião dos petroleiros que trabalham na Bacia de Campos sobre a segurança de vôos até e entre as plataformas. Veja o que até às 16:20 apontava a contabilidade dos participantes da pesquisa.
Em números absolutos, o percential de participantes, em número de 171 votos era pequeno diante dos cerca de 50 mil trabalhadores que embarcam segundo a Petrobras. De qualquer forma é uma amostra que pode ser levada em conta sobre a opinião dos petroleiros da Bacia. Veja abaixo a apuração desta enquête em números absolutos e percentuais sobre esta importante opinião, considerando o acidente ocorrido ontem com o helicóptero da BHS:
A opção por muito seguros 8% (13 votos) e seguros 43% (74 votos) estabelece uma maioria apertada de 51%, que vêem mais segurança dos que os demais. Outros 36% (62 votos) consideram pouco seguros, 11% (19 votos) e 2% (3 votos) são daqueles que não tinham opinião a respeito do assunto.
PS.: Veja atualização das informações mais recente na nota abaixo "Sobre as mortes no acidente de helicóptero".
Editorial do informativo do Sindipetro NF em 31/01/08: “Pelo direito de voar com segurança"
Num editorial de 31 de janeiro deste ano, o informativo do Sindipetro NF trazia a seguinte opinião sobre a segurança de vôo: “o petroleiro deve usar roupas com cores que contrastem com o mar. Com este simples procedimento, o trabalhador aumenta, e muito, a chance de ser resgatado em caso de acidente com a aeronave”.
Mais: “ O sindicato, que participou das mais recentes comissões de investigações de acidentes na Bacia de Campos, cobra em diversas frentes a correção de fatores que aumentam os riscos nos vôos. Outro problema crônico é a subnotificação. São comuns os relatos dos petroleiros sobre problemas em vôos que não são devidamente registrados. São panes, retornos ao local de decolagem, entre outras situações que são “abafadas”.
O ônus da extração do petróleo em nossa Bacia
Toda uma região entra em polvorosa diante do anúncio de qualquer acidente, seja ele aéreo ou explosão numa plataforma. Mais de dez mil famílias correm para saber notícias sobre o embarque e o estado dos parentes e dos amigos que atuam off-shore.
Já há uma consciência e uma assimilação prévia dos riscos que se corre neste tipo de trabalho, mesmo com todos os planejamentos de segurança e saúde no trabalho que melhoraram muito, depois do grave acidente que afundou a plataforma P- 36 em 2001.
Ainda assim, o fato de ser um trabalho em alto-mar, em ambiente confinado, distante do continente e numa atividade de extração de combustível torna sempre o trabalho off-shore, digamos um perigo controlado, embora se saiba, que o controle absoluto sobre todas as operações, por mais planejamento que se tenha, seja sempre, uma busca permanente.
Estas questões técnicas e de administração que envolve o que depois de 2001 passou a ser chamado de gestão de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde), não são de conhecimento das famílias.
Independente disso, as famílias sofrem. Angustiam-se com o embarque, temem pelos quatorze dias. Torcem para que passe rápido e preferem saber que já estão de volta à casa, a serem informadas que ainda aguardam o temido vôo de volta.
São raras as famílias que conhecem concretamente o trabalho off-shore dos seus parentes ou amigos. A maioria sabe por ouvir falar. Elas só vêem seus parentes nas folgas e outros nas festas.
O que fazem na plataforma seus familiares tem uma vaga idéia, o que tornando qualquer alarido sobre acidente, sempre um martírio que só passa, na medida em que as informações chegam para suspender o susto ou aprofundar a tensão.
Este é um dos ônus das cidades de nossa região produtora de petróleo. Somos conhecidos mundialmente como a região rica que a tudo enfrenta, junto com a maior empresa brasileira, para dar a auto-suficiência em petróleo ao país. A perda de algumas vidas e a tensão permanente das famílias acaba sendo uma imposição, quase que de guerra, digamos que um ônus consentido.
Este acaba sendo mais um dos motivos, de se lamentar o mau uso que se faz do dinheiro arrecadado com os royalties gerados, pela extração do petróleo, em nossos municípios.
Que na solidariedade às famílias e aos trabalhadores petroleiros que agora sofrem, pela perda e pelo desaparecimento de seus companheiros, as empresas pensem em reforçar seus planos de segurança do trabalho com mais investimentos e que nossos prefeitos, os gestores locais dos recursos dos royalties lembrem sempre, em cada centavo gasto com este dinheiro, o valor daqueles que lutam e trabalham por este resultado. É o mínimo que devem fazer, não apenas pela responsabilidade administrativa e legal dos seus cargos, mas também, em respeito à memória destes nossos heróis petroleiros.
Já há uma consciência e uma assimilação prévia dos riscos que se corre neste tipo de trabalho, mesmo com todos os planejamentos de segurança e saúde no trabalho que melhoraram muito, depois do grave acidente que afundou a plataforma P- 36 em 2001.
Ainda assim, o fato de ser um trabalho em alto-mar, em ambiente confinado, distante do continente e numa atividade de extração de combustível torna sempre o trabalho off-shore, digamos um perigo controlado, embora se saiba, que o controle absoluto sobre todas as operações, por mais planejamento que se tenha, seja sempre, uma busca permanente.
Estas questões técnicas e de administração que envolve o que depois de 2001 passou a ser chamado de gestão de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde), não são de conhecimento das famílias.
Independente disso, as famílias sofrem. Angustiam-se com o embarque, temem pelos quatorze dias. Torcem para que passe rápido e preferem saber que já estão de volta à casa, a serem informadas que ainda aguardam o temido vôo de volta.
São raras as famílias que conhecem concretamente o trabalho off-shore dos seus parentes ou amigos. A maioria sabe por ouvir falar. Elas só vêem seus parentes nas folgas e outros nas festas.
O que fazem na plataforma seus familiares tem uma vaga idéia, o que tornando qualquer alarido sobre acidente, sempre um martírio que só passa, na medida em que as informações chegam para suspender o susto ou aprofundar a tensão.
Este é um dos ônus das cidades de nossa região produtora de petróleo. Somos conhecidos mundialmente como a região rica que a tudo enfrenta, junto com a maior empresa brasileira, para dar a auto-suficiência em petróleo ao país. A perda de algumas vidas e a tensão permanente das famílias acaba sendo uma imposição, quase que de guerra, digamos que um ônus consentido.
Este acaba sendo mais um dos motivos, de se lamentar o mau uso que se faz do dinheiro arrecadado com os royalties gerados, pela extração do petróleo, em nossos municípios.
Que na solidariedade às famílias e aos trabalhadores petroleiros que agora sofrem, pela perda e pelo desaparecimento de seus companheiros, as empresas pensem em reforçar seus planos de segurança do trabalho com mais investimentos e que nossos prefeitos, os gestores locais dos recursos dos royalties lembrem sempre, em cada centavo gasto com este dinheiro, o valor daqueles que lutam e trabalham por este resultado. É o mínimo que devem fazer, não apenas pela responsabilidade administrativa e legal dos seus cargos, mas também, em respeito à memória destes nossos heróis petroleiros.
Análise das informações sobre o resgate
Com a informação de que o helicóptero da BHS afundou logo depois do pouso forçado, provavelmente, pelas condições adversas do tempo e do mar é quase certo, que os demais passageiros mortos, não tiveram tempo de deixar o helicóptero, quando ele ainda flutuava depois do pouso e antes do seu afundamento.
Os treinamentos de salvatagem exigidos de todos os que embarcam para trabalhar nas plataformas da Bacia de Campos e os chamados brieffings, feitos antes de todo o vôo orientam sobre os procedimentos a serem tomados, quando do pouso na água.
É verdade afirmar que uma coisa é o treinamento e a outra o pânico da realidade, mas, com as novas notícias é bem provável começar a supor que os últimos a sair foram os sacrificados. Isto explica de certa forma, a disputa que chega a ocorrer, entre os passageiros dos helicópteros na Bacia, para ficarem próximos das portas de saída da aeronave.
Por outro lado, se o helicóptero logo afundou pela força das ondas, também passa a ser viável interpretar, que as condições do tempo não eram realmente boas e mesmo que o problema do pouso forçado tenha sido por alguma pane, o fato das condições do tempo serem ruins pode ter contribuído para os tripulantes fazerem a opção para o pouso forçado no mar e a conseqüente ampliação das conseqüências do acidente.
Sobre as mortes no acidente de helicóptero
Ao contrário do que foi informado durante a noite, inclusive pelo Jornal da Globo, a Petrobras acaba de informar em seu site que o corpo encontrado não foi do co-piloto da aeronave. A informação diz: “O co-piloto que conduzia o helicóptero, Sérgio Ricardo Muller, está internado no Hospital Municipal de Macaé, em condições estáveis”
A nota diz ainda que “foi confirmado o óbito de Marcelo Manhães dos Santos, da empresa Sparrows BSM Engenharia. Outros dois corpos foram localizados no interior da aeronave, no fundo do mar, ainda sem identificação, em processo de resgate”.
A Petrobras não diz, mas petroleiros que atuam na Bacia já identificaram, o petroleiro morto, Marcelo Manhães dos Santos da BSM, como sendo um técnico de segurança do trabalho.
Atualizado às 11:36: A Petrobras está também anunciando que o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, e gerentes da área de E&P da Companhia concederão às 14 horas, uma coletiva de imprensa para prestar esclarecimentos sobre o acidente no auditório da UN-BC Carlos Walter Marinho em Imbetiba, Macaé - RJ.
Atualização às 12:3o: Estranho que vinte horas depois da ocorrência da queda da aeronave a Petrobas não tenha divulgado ainda a relação de passageiros e tripulantes do helicóptero acidentado.
Atualizado às 12:36: Só agora a lista de passageiros foi liberada pela Petrobras: foram resgatados com vida Sérgio Ricardo Muller, da BHS Helicópteros; Daniele Madureira Neto, da BHS Helicópteros; Sandro Venâncio, da Accenture do Brasil; Adriano de Souza Rodrigues, da De Nadai Serv. de Alimentação; Alessandro Moraes Tavares, da De Nadai Serv. de Alimentação; José Carlos Bezerra do Nascimento, da De Nadai Serv. de Alimentação; Jefferson Lemos Macedo, da Falcão Bauer; Marcos Antonio Rodrigues, da Sulzer Brasil S.A.; Jailson Moraes Bastos, da Techint S.A.; Julio Ribeiro da Silva, da Techint S.A. e Valéria Cristina Taveiros, da Elfe Solução em Serviços Ltda. Quatro funcionários da Petrobras também foram resgatados com vida do helicóptero: Alessandro Gomes das Chagas, Sérgio Borges Cordeiro, Wilson Ferreira da Silva e Marcelo Pereira Maceira.
Estão desaparecidas, ou não identificados os passageiros: Paulo Roberto Veloso Calmon, piloto do helicóptero; Durval Barros da Silva, da De Nadai Serv. de Alimentação; Guaraci Novaes Soares, da De Nadai Serv. de Alimentação; e o funcionário da Petrobras Adinoelson Simas Gomes. Até agora, o único corpo identificado foi o do técnico Marcelo Manhães dos Santos, de 28 anos, da empresa Sparrows BSM Engenharia. Marcelo era técnico de segurança da empresa que presta serviço à estatal e morava em Rio das Ostras.
Atualizado às 12: 44: Do jornalista campista Aloysio Balbi correpondente de O Globo Online: "Sete pessoas que estavam a bordo do helicóptero da BHS que caiu terça-feira na Bacia de Campos deram entrada, na tarde desta quarta-feira, no hospital da Unimed de Macaé, onde estão internadas. São elas: a co-piloto da aeronave Daniele Madureira Neto; Sandro Venâncio, da empresa Accenture do Brasil; José Carlos Barreto do Nascimento, da Nadei Serviços de Alimentação; Jefferson Lemos Macedo, da Falcão Bauer; Marcos Antônio Rodrigues, da Sulcer Brasil S/A; Jaílson Moraes Bastos, da Techint S/A; e Wilson Ferreira da Silva, da Petrobras. Segundo o hospital nenhum deles corre risco de morte".
Atualizado às 13:06: Manifestação no aeroporto de Macaé suspendem 26 vôos na manhã desta quarta-feira - A Petrobras ainda não confirma, mas é provável que os vôos para transporte de funcionários da Petrobras, para as plataformas da Bacia de Campos continuem suspensos, também durante esta tarde, só sendo retomado, na manhã da quinta-feira. Hoje pela manhã 26 vôos foram cancelados em função de uma manifestação organizada pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (sindipetro) que exige mais segurança nos vôos da Bacia de Campos. Leia mais detalhes aqui no site do Sindipetro.
Atualizado às 13:12: O Sindipetro-NF protocolou hoje na Petrobrás documento indicando o diretor Valter Oliveira para participar da comissão de apuração do acidente com o hlicóptero da BHS. Em nota no site do sindicato é informado que "a participação do sindicato em comissões de acidentes foi uma conquista dos trabalhadores, garantida pela cláusula 95 do Acordo Coletivo. O NF sugeriu, no documento, a participação dos sindicatos dos Aeronautas e dos Aeroviários na comissão".
Atualizado às 16:30: Do site Click Macaé: "Após o pouso forçado do helicóptero na água, os flutuadores foram acionados. A aeronave permaneceu por mais algumas horas na posição emborcada antes de afundar. Na ocasião, o mar encontrava-se agitado e os ventos moderados".
"No momento do acidente, as informações da Rede de Meteorologia do Comando Aeronáutico eram de que as condições de vôo estavam normais e o espaço aéreo, aberto para vôos na área".
"A Petrobras também suspendeu as operações com 2 helicópteros do mesmo modelo, de propriedade da empresa BHS, até que sejam feitas as avaliações das aeronaves, junto ao fabricante. A Petrobras instaurou uma comissão interna de acompanhamento da investigação do acidente, que será feita pelos órgãos competentes (Marinha, Aeronáutica e Policia Civil)".
Atualizado às 17:24: "Diretor do E&P dá entrevista na Bacia de Campos"
"Com o intuito de esclarecer o acidente com o helicóptero Super Puma L2, ocorrido na tarde de ontem, 26, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, concedeu entrevista coletiva nesta quarta, às 15h, no Auditório Carlos Walter Marinho Campos em Imbetiba.
Estrella destacou que a preocupação maior da companhia neste momento é resgatar a integridade emocional dos acidentados e assistir da melhor forma possível os familiares. O diretor citou o Peo-Tram – Programa de Excelência Operacional no Transporte Aéreo e Marítimo – criado com o objetivo de buscar excelência em segurança de vôo e transporte marítimo.
O diretor Estrella, o gerente executivo do Sul-Sudeste, José Antônio Figueiredo, o gerente executivo do E&P-SERV, Erardo Barbosa, o gerente executivo do E&P-CORP/SMS, Ricardo Azevedo, o gerente geral da UN-BC, Carlos Eugenio Melro Silva da Resurreição, o gerente geral da US-TA, Ricardo Albuquerque Araújo e o gerente geral da US-SUB, Maurício Antônio Costa Diniz estão, desde o acidente, acompanhando em Macaé o desenrolar das investigações. A equipe da US-SUB continua a realizar buscas por pessoas, com robôs submarinos".
Contradição?
Petróleo bate recorde no mercado internacional a US$ 102 o barril, os royalties se multiplicam nos cofres governamentais e em nossa Bacia de Campos: 1 morto e quatro desaparecidos.
Sobre o acidente com o helicóptero na Bacia de Campos
O Jornal da Globo acaba de informar que o único morto identificado até agora no com o helicóptero é o co-piloto da aeronave. Mais quatro pessoas estariam desaparecidas. Quatro rebocadores e três helicópteros estariam sobrevoando a região onde o helicóptero flutuava quando fez o pouso forçado no mar.
É correta a informação de que os helicópteros usados na Bacia de Campos são dotados de flutuadores que permitem o pouso em situações de emergência. Nesta condição, eles só não flutuariam por muito tempo se as condições do mar forem muito adversas, o que poderiam levar a aeronave para o fundo do mar. A hipótese de haver sobrevivência é praticamente nula, a não ser que eles estivessem sobre algum material ou equipamento. Caso contrário, a baixa temperatura das águas leva á hipotermia com problemas de circulação sanguínea e logo depois à morte.
É correta a informação de que os helicópteros usados na Bacia de Campos são dotados de flutuadores que permitem o pouso em situações de emergência. Nesta condição, eles só não flutuariam por muito tempo se as condições do mar forem muito adversas, o que poderiam levar a aeronave para o fundo do mar. A hipótese de haver sobrevivência é praticamente nula, a não ser que eles estivessem sobre algum material ou equipamento. Caso contrário, a baixa temperatura das águas leva á hipotermia com problemas de circulação sanguínea e logo depois à morte.
Atualizado às 01:34: Imagem do helicóptero acidentado feita a partir de filmagem da TV Globo quando de uma visita à P-50 e divulgada no Jornal da Globo e no site G1. Um modelo Super Puma AS332L2, prefixo PP - MUM.
Atualizado às 01:38: Local do acidente. Arte do site G1:
terça-feira, fevereiro 26, 2008
A BHS estaria envolvida em todos os últimos acidentes com helicópteros na Bacia de Campos
É muito cedo para se emitir opiniões sobre o acidente com o helicóptero da BHS num vôo na Bacia de Campos. Mesmo assim, não é preciso ser especialista para dizer que o tempo ruim, com ventos fortes é sempre um grande adversário de pilotos e co-pilotos no controle de uma aeronave, especialmente, no litoral, onde só existem condições de pouso nas plataformas que sob intempéries viram armas.
Uma das primeiras coisas a serem respondidas sobre as causas é: mau tempo ou pane? Como parece que um dos desaparecidos é o piloto, só o co-piloto poderá dizer algo mais concreto. Nem sempre, ou na maioria das vezes, os passageiros não têm condições de afirmar com convicção, o que efetivamente ocorreu.
No médio prazo as caixas-pretas darão as informações mais concretas. Estima-se que hoje cerca de 50.000 pessoas sejam transportadas em 7 mil vôos mensais. A empresa que opera a maior parte dos vôos na Bacia de Campos contratada pela Petrobras é a Líder Táxi Aéreo. Consta que além da Líder e da BHS (BHS Brazilian Helicopter Services), a proprietária da aeronave acidentada, mais duas empresas operam este tipo de serviços entre as na Bacia. Uma pergunta que já circula entre os petroleiros embarcados é por quê, nos últimos acidentes com vôos de helicópteros na Bacia de Campos, a BHS está envolvida?
Atualizado às 00:01:
Os últimos acidentes com helicópteros da BHS com vítimas na Bacia de Campos
Os dois últimos acidentes com vítimas fatais na Bacia de Campos ocorreram em 5 de julho de 2003, com cinco mortes e depois, no dia 22 de julho de 2004, quando seis pessoas faleceram num vôo que havia decolado do Heliporto do Farol de São Tomé. Ambos da BHS.
Câmara e cartórios eleitorais no mesmo espaço? Nitroglicerina pura!
Em Campos: cartórios eleitorais e Câmara Municipal no mesmo espaço? Sem querer duvidar de ninguém, é um risco exagerado num município, onde a última escolha do prefeito foi feita em dois momentos através de duas conturbadas eleições.
A Câmara de Vereadores de Campos começa a funcionar oficialmente hoje, no espaço do antigo Fórum que foi permutado com o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. A troca foi feita com o prédio da Câmara, também chamado de Palácio de Mármore, na beira-valão que foi destinado aos trabalhos dos cartórios eleitorais que hoje, ainda funcionam, no térreo e no seu sub-solo, do antigo Fórum, atual espaço da Câmara.
Mesmo sabendo, que é apenas por mais um ou dois meses, enquanto terminam as obras de adaptação da antiga Câmara Municipal, a ocupação do mesmo espaço, pode ser motivo de ainda mais polêmicas para o pleito que se avizinha.
Entreouvindo
Sou fã de um quadro inovador criado pela revista O Globo, nas edições de domingo. Ele tem o espírito dos blogs. “Entreouvido por aí” divulga frases curtas e curiosas encaminhadas pelos leitores que informam ainda, o seu nome, local e o contexto em que teriam ouvido a frase inusitada. Neste último final de semana o quadro trouxe algumas frases sensacionais. Este blog escolheu duas:
“O único problema que eu tenho com você é seu”.
Esta frase foi enviada por Elvira Vargas e teria sido ouvida numa reunião familiar, aqui na vizinha Itaperuna, RJ.
“Ela é superdiferente, ela lê livros!”
Segundo a revista, ela foi enviada por Toni Costa e ouvida de “uma patricinha versando sobre a nova amiga numa loja de luxo em São Paulo”.
Campos no Guinness
As duas menores calçadas do mundo
Para fazer troça com o blog do Ricardo André que trouxe na última semana a nota "A menor calçada do mundo", os colaboradores do blog caíram em campo, na nossa Campos e descobriram na rua Carlos de Lacerda, outro ponto de estrangulamento dos pedestres locais. Confira abaixo:
Garotinho sai do hospital
A notícia de que Garotinho foi internado ontem no hospital Quinta Dor no Rio com sinais de confusão mental e amnésia alvoroçou a cidade.
A Folha Online, o site do jornal Folha de São Paulo, através do escritório do Rio acaba de informar:
“Anthony Garotinho recebe alta após internação no Rio”
da Folha Online
"O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PMDB) recebeu alta médica na manhã desta terça-feira do hospital Quinta D'Or, na zona norte do Rio.
Ele foi internado na manhã de ontem com tontura, amnésia e pressão alta, segundo a assessoria do hospital.
O Quinta D'Or informou ainda que o peemedebista realizou vários exames, que não indicaram nenhum problema.
A assessoria do hospital informou que Garotinho permanecerá em repouso em sua casa".
Quissamã: cai a única exceção
Embora, haja quem ainda veja possibilidades de reatamento político entre os Carneiros em Quissamã, o rompimento dos primos, o ex-prefeito Otávio e o atual Armando, joga na mesma vala, o que há muito tempo, já deixou de ser casos pontuais.
Não é necessário uma análise muito apurada para saber os motivos e as causas que se repetem nos rompimentos entre ex-aliados e companheiros políticos nos comandos das prefeituras da região. Campos, Macaé, Cabo Frio, Rio das Ostras e, de certa forma, também São João da Barra, embora por lá, embora o grupo político de Betinho e Carla na origem, sejam os mesmos, o rompimento da atual prefeita Carla Machado com o ex Betinho Dauaire, se deu antes da eleição da primeira, quando ela era a presidente da Câmara do município vizinho.
Em comum, o fato de serem municípios considerados produtores de petróleo para efeito de recebimento das significativas parcelas de royalties. Os motivos alegados podem ser os mais variados, mas, na verdade é difícil acreditar que não seja, o olho gordo sobre o poder maior de administrar as extraordinárias receitas deste orçamento. Muito provavelmente, o quadro talvez fosse diferente se os municípios estivessem endividados. Quem viver até lá, quando estas gordas receitas tiverem escasseadas, provavelmente terá oportunidade de ver disputas menos aguerridas, ao contrário de hoje, onde, até gente da mesma família se engalfinha sobre o poder.
O caso de Quissamã há algum tempo vinha se desenhando, mas poucos acreditavam e ainda acreditam que a divisão seja levada adiante. Alguns que temem perder o “prestígio”, pela escolha do membro da família Carneiro que comandará o município tentam aparar as arestas. Outros que tiveram interesses contrariados, de um ou outro lado, aproveita a ocasião para estimular o rompimento fazendo o mesmo papel que interessa à oposição. O caso já parece até com aqueles roteiros de novelas que mostram disputas políticas em pequenas cidades onde a disputa pol´tica vira um problema familiar.
De uma forma ou de outra, torce-se para que, independente da disputa política que é um direito democrático, o município, que apesar de alguns senões, pode ser considerado nos mandatos que se seguiram, o melhor, ou o menos pior, quando comparados a todas as demais gestões municipais, das cidades chamadas de produtores de petróleo no norte fluminense.
Duas da academia
A professora Adelia Miglievich, editora-chefe da revista “Agenda Social” produzida no laboratório de Estudos do Espaço Antrópico (LEAA) do Centro de Ciências do Homem (CCH) da Uenf manda avisar que foi disponibilizada a edição de número 3 que pode ser baixada e lida aqui, na internet. Ela manda ainda avisar que “na busca da atualização de nossa "periodicidade", comunicamos que está "saindo do forno" o n. 4 da "Agenda", a reservar novas e boas surpresas a todos/as, na busca de um interlocução conseqüente a partir de nosso Programa de Pós, que compõe. o Comitê Multidisciplinar da CAPES”.
A segunda comunicação: hoje, às 16 horas, o aluno, William Souza Passos, do curso de Licenciatura em Geografia do Cefet Campos estará defendendo a sua monografia de conclusão de curso com o interessante tema: “Hegemonia, dominação e consenso na Planície: Uma análise sobre a direção do Fundecam nos primeiros anos de sua existência”. William tem se destacado junto com outros alunos deste curso no desenvolvimento de pesquisas e publicação de seus resultados, ainda antes da conclusão do seu curso criando assim grandes chances de prosseguir os estudos em nível de mestrado.
William já teve trabalho aprovado e apresentado no último encontro da Anpur (Associação Nacional de Pós Graduação em Planejamento Urbano) em maio do ano passado, em Belém, promete apresentar dados apurados em análises quantitativas e qualitativas interessantes, a respeito deste instrumento de fomento à implantação de empresas em Campos.
O orientador da monografia é o professor Dr. em Eng. de Produção, Romeu e Silva Neto do Cefet e a banca examinadora será ainda composta pelos professores, Ailton Mota de Carvalho, Dr. em Políticas Públicas da Uenf e Cláudio Cesar de Paiva, Dr. em Economia pela Unicamp e professor da Ucam.
O evento acontecerá hoje, no miniauditório Reginaldo Rangel da Silva, no Cefet Campos. Uma boa pedida não só para estudiosos, mas também para a imprensa e também para empresários, autoridades e gestores públicos.
Atualizado às 14:28:
Resumo da monografia do William Souza Passos sobre o Fundecam:
Este trabalho procura fazer uma análise crítica das relações de poder que envolvem a estrutura administrativa do Fundo de Desenvolvimento de Campos dos Goytacazes (FUNDECAM). Criado em 2001 para financiar projetos de investimentos com parte dos recursos dos royalties do petróleo, o Fundo vem anunciando a aprovação de 58 projetos, que pertenceriam a um universo de 13 diferentes ramos econômicos e acumulariam investimentos totais de R$ 302.623.000,00, o que estaria resultando na geração de 4.740 empregos diretos.
Como referencial teórico, adota-se aqui de maneira predominante as formulações de Gramsci a respeito da Teoria “ampliada” do Estado e de Cruz sobre a dinâmica das relações sociais, políticas, econômicas, territoriais e simbólicas no Norte Fluminense.
Buscando responder a indagações acerca da natureza administrativa do FUNDECAM, procedeu-se a adoção de uma metodologia que consistiu, além de uma pesquisa bibliográfica em livros, periódicos locais a partir de maio de 2006 e sítios eletrônicos disponíveis na internet, na realização de entrevistas qualitativas com técnicos do Fundo, representantes do setor acadêmico localizado em Campos dos Goytacazes, representantes de organizações da sociedade civil local que acompanham as ações do poder público do município, com membros de representações empresariais localizadas na região e com representantes de algumas empresas beneficiadas com financiamento do FUNDECAM.
O primeiro estudo acerca do FUNDECAM efetivamente apresentado à comunidade acadêmica do Norte Fluminense concluiu que as relações anti-democráticas que envolvem o FUNDECAM tem suas raízes no legado sócio-político-cultural deixado pelas elites açucareiras e no sentimento do bloco atualmente no poder no município de ameaça da manutenção de sua hegemonia.
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
BBB, paredão & eliminação
O caderno Prosa & Verso no sábado, no jornal O Globo trouxe uma interessante entrevista com o sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, autor dos livros “Medo líquido”, “Amor líquido”, “Vida líquida” e “Tempos líquidos”. Numa entrevista de duas páginas, o chamado pensador da sociedade engajada fala sobre o programa Big Brother:
“Ao votar pela eliminação/despejo deste ou daquele participante, os telespectadores podem ser guiados por diferentes preferências e ideais – mas tendo registrado seus votos, todos se tornam cúmplices das práticas de exclusão, e isso é o que realmente importa. A idéia de que um certo número de pessoas devem ser jogadas fora simplesmente porque devem (pelas regras da realidade) ser banidas num momento, é assim reconfirmado e alçado ao nível de verdade auto-evidente. Eliminações semanais confirmam a onipotência da exclusão da mesma maneira como as missas dominicais confirmam a existência de Deus... E o fato de que milhões estão tomando parte nessa cerimônia torna esse fenômeno uma ´norma social”...
Uma boa dica aos educadores para uma reflexão junto à garotada que adora o programa e mesmo para as pessoas maduras que, ou se postam simplesmente como adeptos ou adversários do programa. Na verdade o programa incute racionalmente ou não, outras concepções com conseqüências mais amplas, na vida de nossa sociedade em que uns são ungidos à liderança e outros simplesmente detonados no paredão.
Uma análise fria e aparentemente isenta
Eu não ia tocar no assunto. Nem mesmo quando fui tentado por esta charge-montagem do Kibe Loco. Mas o nosso blog esportivo local, o Mumunha mandou bem. Que eu saiba, o parceiro Álvaro Marcos é botafoguense, ou estou enganado? Ele fez aqui uma sucinta e interessante análise que merece espaço maior de divulgação. Este blog escolheu o seu final para postar aqui:
“De todo o chororô do Botafogo desde o ano passado, a única reclamação com razão de ser foi a atuação da Ana Paula Oliveira diante do Figueirense. Ela foi afastada dos gramados e tirou a roupa para a Playboy. E o Botafogo se vestiu de uma imensa mania de perseguição”. Parabéns Álvaro!
Garotinho copia o Lula
O blog não tem nenhum interesse em ficar aqui, toda semana servindo de caixa de ressonância do programa de rádio do ex-governador Garotinho. Porém, como recebe de um colaborador, através de -mail, já separado, o áudio em formato digital, de alguns trechos mais interessantes, o blog entende que não tem porque deixar de eventualmente trazer para este espaço, as falas do programa para informação e estímulo ao debate com o leitor do blog.
No trecho escolhido do programa "Fala Garotinho" do último sábado, o ex-governador usou o expediente das comparações futebolísticas, já consagradas pela utilização do seu desafeto, o presidente Lula. No último programa ele insistiu na tese de que o PMDB de Campos não deve lançar candidatos enquanto, na sua opinião, a justiça continuar sem tomar nenhuma decisão diante da farra que se pratica com o dinheiro público no município. Para explicar melhor o ex-governador lançou a sua metáfora:
"Eu não vou fazer papel de palhaço e disputar uma eleição que já está comprada. Não dá. O exemplo que eu dei para esta eleição é o seguinte: quem acha que é fácil lembra do futebol. Eu convoco um jogo Flamengo X Vasco, o local escolhido é São Januário, a regra é só pode entrar torcedor do Vasco e o juiz do jogo é Eurico Miranda. É o que está acontecendo em Campos. Como pode ter um jogo destes? É um jogo de cartas marcadas. Não há condição. Pode dizer o que quiser, mas eu não vou fazer papel de palhaço”.
Resta saber quem Garotinho está chamando de Eurico Miranda.
Abandono: móvel ou imóvel?
O blog já disse que não tem nada contra e nem quer perseguir os ambulantes e a economia informal, até porque sabe que ela é uma alternativa de geração de renda e muitas vezes, a porta de entrada, na economia formal. Porém, entende que é preciso estipular regras e principalmente, acabar com o fisiologismo que troca "vista grossa" com apoio eleitoral. Este pode não ser o caso, mas, a desconfiança existe.
O caso foi citado nos dois dias do Abandono por este blog. Trata-se do carro, tipo corcel estacionado parcialmente, sobre a faixa de pedestres, na esquina na rua Voluntários da Pátria com avenida Pelinca, de frente para a Santa Casa, vizinho à casa do prefeito Mocaiber. O blog foi mais fundo para descobrir a legalidade do veículo que como camelô de venda de óculos permite que se indague: Ele é "móvel ou imóvel"? Se não paga IPVA será que paga IPTU?
PS.: Se desejar ver a imagem em tamanho maior clique sobre ela.
O Abandono é todo dia...
Alguém já disse nos comentários abaixo que a Rede de blogs está ajudando a prefeitura pautando o que deve e precisa ser feito. Bom mesmo que seja feito e rápido, mesmo que em ano de eleições. Depois do teor da entrevista de Murilo Dieguez ontem na Folha da Manhã, se ele desistir e pegar "seus paninhos" muita gente vai ter que puxar também as seus lençóis.
Então vamos lá pessol da prefeitura, impressora à mão e tome mais registros. A colaboração é do professor, José Carlos Salomão e aproveite que este serviço é de graça, porque aqui ninguém quer saber de contrato como o do "Telhado de Vidro" não:
Estacionamento sobre a calçada na beira-valão, ao lado da Delegacia da Rceita Estatual;
Sábado em pleno Calçadão a operação tapa-buracos virou tapa-grelhas com areia;
Mais Cara Nova no Calçadão: Tapume na calçada e "estacionamento de bicicletas";
Novo ponto das Vans embaixo da Rosinha.
Buraco, bunda suja e obras biodegradáveis
O Abandono não é um lamento individual, mas tem que ter seus causos contados
Eu não reclamaria se fosse um acontecimento casual, e se eu não tivesse lido neste final de semana, nos jornais locais que o projeto Cara Nova já estava dando os primeiros resultados, sendo uma das primeiras iniciativas, o recapeamento asfáltico das vias mais usadas da cidade, entre elas a avenida 28 de março.
Pois bem, neste domingo por volta das 21 horas, este blogueiro com seu carro seguia na avenida 28 de março, no sentido do centro ao Jóquei, quando, um pouco antes da TV Record, seu carro bateu num buraco coberto de água. A pancada seca diferia da chuva que caía. Andei menos de 200 metros e tive que usar a praça exatamente em frente à TV para trocar o pneu perdido junto com a roda amassada.
Nada demais. Apenas um prejuízo material, qualquer coisa parecida com o valor do IPTU, a ser pago em breve. Sob a chuva escaldante e uma iluminação precária, este blogueiro recebeu a oferta de dois motoristas que se dispuseram a ajudar. A solidariedade do nosso povo parece que ainda insiste, em não fugir de medo, dos esquemas dos bandidos mais ousados que por aqui já aportaram.
Apesar do pouco jeito, a troca foi efetuada num tempo razoável, mas suficiente para este blogueiro ouvir o comentário de uma criança que passava na calçada junto do seu pai dizendo que, só hoje, ela já havia visto muitos carros com os pneus furados, por conta deste mesmo buraco, perto da padaria na avenida 28 de março.
O Murilo Dieguez coordenador do programa Cara Nova tem razão quando diz que é preciso atacar a questão da qualidade das obras feitas em nosso município. Não há necessidade de ser técnico e especialista, para saber que operação tapa buracos é paliativa, mas, cá para nós é muito pouco tempo entre conserto e estrago, numa cidade em que tudo enquanto é serviço contratado pela prefeitura custa tanto dinheiro. Continuo torcendo para que as coisas mudem e que Murilo não precise “juntar os paninhos de bunda e sair”. Por enquanto, quem está com os paninhos de bunda sujos é o contribuinte, que além trocar pneus, anda cansado de esperar.
domingo, fevereiro 24, 2008
Site Bom
Os informantes do blog responderam à indagação da nota abaixo dizendo que o empreendimento do SiteBom é da jornalista campista, hoje radicada em São Paulo, onde atua como apresentadora na Rede TV, Liliane Ventura.
O projeto seria em parceria com seu irmão que teria idealizado e organizado a idéia do portal de notícias dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo estruturado numa agência de notícias própria, com correpondentes nas capitais e em algumas cidades do interior, inclusive Campos.
O Portal de notícias pretende se sustentar não com acesso restritos de assinantes, mas sim através de propagandas em banners nas páginas de notícias. O grupo estaria montando uma cartela de clientes interessados na divulgação de suas marcas e produtos neste tipo de mídia.
As informações dão conta de que em Campos, o empreendimento já teria contratado os jornalistas Taís Gaspar, Jualmir Delfino, Maurício Xexéo, Fernanda Moraes e Elis Regina que teriam sido atraídos por salários superiores, em torno de R$ 1,3 mil, pouco comum, para os jornalistas que não exercem outras funções na mídia tradicional local.
O início do funcionamento do site está previsto para a próxima terça-feira, 26 de fevereiro. Acompanhemos as notícias e as opiniões de mais nova mídia regional. O questionamento maior é sobre o controle e o espaço que serão destinados aos governos locais.
Acidente na BR-101 que matou quatro tem outras informações
Na segunda feira de caranaval este blog reproduziu aqui e lamentou pelo acidente na BR-101, na altura de Casimiro de Abreu que vitimou quatro pessoas. Por conta dela, o blog recebeu no dia 10 de fevreiro um comentário sobre esta nota, da Rosivani Rangel, neta e sobrinha das vítimas de um dos carros, que transformou na nota "A dor dos órfão da BR-101" que você pode ler na íntegra aqui.
Ontem o blog recebeu da Vívian de Oliveira Pedreira, sobrinha do motorista do Fiesta acusado por toda a imprensa como o responsável pelo acidente com o seguinte teor:
"Sou sobrinha do motorista do fiesta. Quero aproveitar essa oportunidade de expressar meus sentimento as duas famílias. Gostaria de esclarecer q as garrafas de cervejas foram de um churrasco feito no sábado na cachoeira e com a batida se espalharam pelo carro. Não quero justificar nada, até mesmo pq o passado não volta pra acertamos nada. Desejo de coração q as famílias sejam confortadas e q fiquem com a paz d Deus".
Vívian de Oliveira Pedreira
O blog continua a lamentar sobre este e outros acidentes na BR-101, tanto aqueles de responsabilidade maior das condições da estrada, quanto os outros, de exclusiva conta da falta de responsabilidade dos motoristas. Que o caso em questão sirva de reflexão, até porque, como falou a Vívian "o passado não volta para acertarmos nada".
O blog fica impressionado pela sua capacidade, de mesmo sendo um simples instrumento de comunicação, permitir e intermediar um diálogo ainda que traumático, recente e cheios de outras questões, como o do caso em questão. Nos seus quase quatro anos de exposição, este blog já vivenciou situações semelhantes.
Uma delas foi sobre o sumiço de um petroleiro sem deixar rastros em plena plataforma da nossa Bacia de Campos. Seus pais de Curitiba fizeram contato inicialmente questionando a nota e depois pedindo mais detalhes, que o blog não teve como fornecer, sobre o sumiço que até hoje não teria sido esclarecido pela empresa. Enfim, não dá para desconsiderar o poder desta nova ferramenta de comunicação, tanto para o bem, quanto para o mal, como tudo na vida.
Agradecimento e lamento
Sobre a nota de utilidade pública de desaparecimento publicada aqui neste blog, no dia 19 de fevereiro, a geógrafa do Núcleo de Pesquisas em Geografia do Cefet, Daniele Tavares Ribeiro, está agradecendo a todos que buscaram ajudar na localização do seu avô desaparecido. O texto:
"Em primeiro lugar gostaria de agradecer o empenho de todos nas buscas e na divulgação do desaparecimento do meu avô. Em nome da família, em meu nome e de Marquinhos da ótica Fluminense (genro) muito obrigado a todos!
O meu avó foi encontrado, mas infelizmente já falecido, as margens do Rio Paraíba do Sul. Mas o mais importante é que finalmente tivemos notícias dele pena que não tão boas.
Obrigada por tudo mesmo! Gostaria de pedir mais um favor a todos que me ajudaram repassando os e-mails que fizessem o mesmo novamente. Por favor repassem esse e-mail para as mesmas pessoas que vocês enviaram anteriormente para agradecer e dar as novas informações sobre o meu avô". Daniele Tavares Ribeiro.
O blog lamenta o ocorrido.
"Em primeiro lugar gostaria de agradecer o empenho de todos nas buscas e na divulgação do desaparecimento do meu avô. Em nome da família, em meu nome e de Marquinhos da ótica Fluminense (genro) muito obrigado a todos!
O meu avó foi encontrado, mas infelizmente já falecido, as margens do Rio Paraíba do Sul. Mas o mais importante é que finalmente tivemos notícias dele pena que não tão boas.
Obrigada por tudo mesmo! Gostaria de pedir mais um favor a todos que me ajudaram repassando os e-mails que fizessem o mesmo novamente. Por favor repassem esse e-mail para as mesmas pessoas que vocês enviaram anteriormente para agradecer e dar as novas informações sobre o meu avô". Daniele Tavares Ribeiro.
O blog lamenta o ocorrido.
Quem seriam os nossos viscondes?
Ainda aproveitando o tema da vinda da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, ontem mesmo, numa página sobre o assunto, o jornal O Globo trouxe a manchete: “O corrupto-mor da Corte”. Lá, ao citar Joaquim José de Azevedo, o visconde do Rio Seco, o “faz-tudo da família real portuguesa”, o jornalista lembrou alguns versinhos que se tornaram populares à época no Rio de Janeiro:
“Quem furta pouco é ladrão
Quem furta muito é barão
Quem mais furta e esconde
passa de barão a visconde”.
“Furta Azevedo no Paço.
Targini rouba no erário
E o povo aflito carrega
Pesada cruz ao Calvário”
Pois bem, troque os personagens, a capital pela planície e depois recite você também, os versos.
sábado, fevereiro 23, 2008
Nem tudo está perdido!
Ontem saí para comprar um filtro no comércio. Não acredito mais nestas águas vendidas em garrafão, como sendo mineral. Nem as propriedades mais simples da água, como a de ser inodora e incolor são mais respeitadas. As autoridades devem voltar a fazer análises em diferentes pontos de venda deste tipo de água. Suspeito de que encontrarão aberrações. Vou mais longe, desconfio que haja gente vendendo “torneiral” sem sequer limpar os galões, como sendo água mineral, apenas colocando rótulo e tampas novos.
Voltando ao assunto. Comprei um destes filtros que se adapta à torneira. No comércio que entrei quando pedi o filtro, todos os que estavam junto ao balcão concordaram com a desconfiança sobre a qualidade da água mineral vendida em nossa terrinha.
Agora realmente voltando ao tema. Ao encostar-se ao grande balcão do comércio vi um sujeito lendo um livro, daqueles grossos, possivelmente de mais de quatrocentas páginas. Disfarcei e enquanto fazia o pedido a um outro balconista vi se não era de religião.
Enquanto aguardava o balconista localizar o meu pedido percebi a atenção fixa do balconista-leitor. Assim resolvi puxar assunto: uma leiturinha boa, heim? Foi o suficiente para o sujeito abrir um sorriso e dizer: “é sobre a vinda de D. João VI para o Brasil, muito interessante”. Pergunto se era o romance sobre o assunto do Ruy Castro. Ele diz que não. Mostrando a capa disse que era o livro 1808, de Laurentino Gomes. Empolgado como todo o sujeito que é pego em meio a uma boa leitura, disse também que estava impressionado com os esquemas de corrupção, já daquela época. A seguir fez questão de mostrar um passagem que informava que o padre cobrava da rainha, o equivalente hoje a R$ 1.450 só para ouvir suas confissões.
Um papo rápido, porém animado se seguiu. Com o filtro na sacola saí com a sensação que há saídas. Nem tudo está perdido quando um balconista, ou mesmo, um gerente de um ponto comercial lê e discute sobre um livro e suas relações. Com um ânimo e sentimentos revigorados acabo por concluir, que há muito mais que água a ser filtrada caminho a fora.
Bom domingo!
Disputa e redução drástica da assistência em TV de Campos
Desde a mudança do retransmissor da InterTV Planície, do centro da cidade para o morro do Itaóca, na vésperas do carnaval, estima-se que quase metade da cidade de Campos e parte da região, deixou de receber o sinal da TV Globo. Só não foi atingido pela situação, os cerca de 6 mil assinantes de TV à cabo do município.
Mesmo com vários informes na imprensa local, as reclamações são muitas, inclusive dos anunciantes que estão insatisfeitos com as conseqüências do problema, sobre o investimentos que fizeram em propaganda na emissora. As agências de propaganda locais que vendem estes espaços e a veiculação dos anúncios dos seus clientes estão pressionando por compensações.
Grande parte da população que recebia o sinal por antenas UHV estão tendo que mudar o tipo de antena e o direcionamento antigo voltado para o edifício Ninho das Águias no centro, para o morro do Itaóca, onde já estava localizada a retransmissão da TV Bandeirantes.
A Rede Record em Campos está deitando e rolando sobre isso. Até aproveitou para tirar um sarro da concorrente publicando ontem um anúncio em jornal local diferente do grupo que também administra a InterTV com os dizeres: “Na sua casa, no seu bairro, na sua região, PEGA BEM assistir a Record”.
Quem seria o beneficiado com o roubo na Petrobras?
A história além de pouco provável é fantasiosa. Parece que da mesma forma que me ocorreu, depois de ouvir um jornalista respeitado na área econômica e no setor de petróleo, como o Cesar Facciolli, ontem no programa Espaço Público da TV Brasil, o blog já soube que também anda circulando na internet, embora ainda, em espaços fechados como em listas de-mails.
A interpretação e análise tupiniquim é sobre as investigações a respeito do sumiço dos quatro notebooks e memórias do contêiner da Petrobras. Nas investigações policiais, normalmente, uma das primeiras perguntas é: a quem interessa o crime? É evidente que a resposta a esta pergunta é simplória demais para esclarecer todos os casos, mas nunca pode ser deixada de lado.
Pois bem, ninguém é louco de imaginar que nacionalistas podem ter infiltrado alguém para roubar estes computadores e com isso espalhar a idéia de sabotagem com o conseqüente cancelamento dos leilões para exploração dos novos campos de petróleo.
Porém, é óbvio que este desdobramento já está a caminho e passa a ser defendido por todos, depois da ameaça do espalhamento das informações geológicas, até então de domínio exclusivo da Petrobras. Chegando aqui, não há como não voltar para o ponto de partida. Quem passa a ser o grande beneficiário destes desdobramentos?
Já passamos da fase e idade de vermos e acreditarmos em conspirações mil, mas fica evidente, que no mínimo, a Petrobras pode estar aproveitando na oportunidade para ampliar, sem se comprometer, com a tese da espionagem defendida pela Abin (Agência Brasileira de Informações) que assim vai ganhando corpo e mídia.
Enquanto isso, aqueles, especialmente de nossa região, que são responsáveis pela proteção de informações confidenciais, armazenadas digitalmente é bom que guardem com zelo ou escondam, os seus pen-drives. Hoje, este tipo de memória já é uma das principais formas da polícia ter acesso a informações de organizações criminosas. Repito: organizações criminosas. Há até o caso do sujeito que quando viu chegar a polícia engoliu à seco, o seu pen-drive.
Tirando as teses conspiratórias, melhor deixar os comentários sobre o caso, para os leitores deste blog mais especializados no assunto e por via das dúvidas não esqueça o outro conselho de andar sempre acompanhado, de uma garrafinha de água mineral daquele jeito que passa a idéia de um sujeito saudável, mesmo que sujo. Assim, o pen-drive pode descer mais facilmente.
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
A consonância dos males na política Goitacá
O articulista deste blog, Bruno Lindolfo, enviou hoje, o seu segundo artigo. Nele, Bruno analisa, na sua condição de jovem eleitor, o desencanto do quadro político que se avizinha para a disputa eleitoral de outubro próximo em nossa Campos dos Goytacazes. O artigo acaba de ser publicado na seção ao lado "Articulistas do blog", mas, devido ao interesse do tema e, ao ainda recente, Dia do Abandono, o blog julgou interessante trazê-lo na íntegra para este espaço:
A consonância dos males na política Goitacá
Tirei meu titulo de eleitor aos 15 anos. Como bom brasileiro que sou, deixei para o último dia. Fiquei seis horas na fila. Não reclamei: votar, para mim, era mais importante. Ainda hoje, e, quiçá, para sempre, estar frente à urna traz o mesmo êxtase da primeira vez - méritos do meu pai, que, desde muito cedo, incentivou o diálogo político e sempre me levou nas votações. Não compreendo por que esse dia é tratado com uma aura de eterna manha sacal de domingo; normalmente, nesse dia toda gente reclama que poderia estar na praia, até mesmo aqueles que vão apenas durante o verão, e nem molham os pés!
Minha estréia como eleitor foi repetida quatro vezes, em um espetáculo deprimente de como a politicagem pode degenerar um dos ofícios mais nobres que existe, o oficio do político.
Aliás, política em Campos, notadamente na disputa executiva, parece sofrer uma sina eterna: um fado de pilha alcalina, que é viver de pólo a pólo, negativos, por sinal - talvez por isso a repulsa mútua -, o que acaba legando ao eleitor possibilidades ínfimas.
Em uma fase, digamos, mais rock’n roll, imaginava equacionar esse problema anulando meu voto. Reflexões depois, percebi que votar nulo era uma atitude egoísta e inócua, por trazer uma falsa sensação de escusa do processo perverso que por vezes pode descortinar ante nossos olhos.
O meio encontrado para solucionar o problema foi a teoria do mal menor, que consiste em ponderar, dentre os males, qual teria efeito menos avassalador, sob todos os aspectos, dentro da cidade ou adjacências.
Com efeito, a teoria do mal menor funcionou durante algum tempo, mas, infelizmente, o mal menor preferiu galgar o mesmo caminho de seu criador: repetindo erros, inovando outros e até exportando males. Demovendo, assim, uma oportunidade de ouro: de trabalho sério, coeso, inovador e honesto. Seria um marco para a cidade, para a sociedade e um marco político pessoal, enterrando de vez o outro mal.
O mal menor tripudiou de todos - e de si mesmo -, granjeou um novo status: é hoje tão nefasto quanto o outro.
A síntese do mal menor caducou, não faz mais sentido quando se tem uma tese e antítese que representam absolutamente a mesma política mofada e clientelista que marcou nossa história como país, e por aqui fez morada. Campos dos Goytacazes, minha aldeia, realmente virou uma trincheira, um foco de ranço que resiste em ruir, mesmo diante dos ventos mais fortes da modernidade e do vendaval da bonança capital que chega de nossos mares, e que insiste em nos assolar, num contraditório sem precedentes.
Diante de males iguais, atentemos, então, para o mal maior, que decorre da formação gradual, paulatina, ou não, de uma oligarquia que se estabelece pela continuidade no poder, engranzando para si todas as oportunidades de negócios na cidade, limitando concorrência, cerceando novos empreendimentos, que não terão vigor financeiro para concorrer com uma máquina alimentada por recursos infindáveis, nossos recursos. Digo isso pois é visível o crescimento de grandes negócios na cidade, notadamente na área imobiliária, e, se procurarmos saber quem são os capitães de tais empreendimentos, veremos que há uma intimidade fortíssima entre público e privado.
Um exemplo: se a coisa continuar nesse pé, daqui uns anos, um cidadão comum, honesto, cumpridor de todos os seus deveres e obrigações, que queira iniciar um negócio na cidade: inovar, gerar empregos, sob uma perspectiva nova, um diferencial, não conseguirá. Terá de se sujeitar ou a mudar de ramo ou ser empregado, e não empregador. E essa mudança é irreversível.
O ano eleitoral se inicia, à cidade, desejo sorte; aos eleitores, sobriedade e reflexão para melhor decidir.
De quem é o site bom?
Uma pergunta que não quer calar: de quem é o site de notícias (aqui) que recrutou jornalistas na região e iniciará suas atividades na próxima terça-feira, dia 26 de fevereiro? A curiosidade tem origem no costume já sedimentado, em se tratando de mídia, em relacionar o dono ao produto.
Telhado de vidro e etc.
A festa bombou de R$ 63 mil a R$ 199 mil. No Diário Oficial de hoje, página C3 (isto não é conta, não) que segundo comentam vai mudar para a rede efetivamente oficial.
PS.: Se desejar ver em tamanho maior, a imagem e não o valor já exorbitante, é só clicar sobre a imagem. Lá você vai ver uma interessante e "liberal" descrição do objeto do contrato: "contratação de profissional de qualquer setor artístico". E por favor, baixe o pano!
PS.: Se desejar ver em tamanho maior, a imagem e não o valor já exorbitante, é só clicar sobre a imagem. Lá você vai ver uma interessante e "liberal" descrição do objeto do contrato: "contratação de profissional de qualquer setor artístico". E por favor, baixe o pano!
E tome projetos...
Haja hotel e espaço para gerir os projetos do grupo EBX. Agora, além do porto e das já anunciadas siderúrgica e da termelétrica à carvão, o grupo anuncia parceria com a chinesa Yingli, para a construção de uma fábrica de placas, no distrito industrial que será instalado junto ao Complexo Portuário do Açu.
Os executivos da MPX dizem que a fabricação já teria início no ano que vem. E tome agrado e novidades para os acionistas que estão com dinheiro coçando no bolso. Quer saber o que os chineses fazem e como seria (á) a geração de energia solar falado no projeto? Veja então a imagem abaixo e outros detalhes aqui, no site da empresa chinesa.
“Eike Batista oferece R$ 80 milhões pelo Hotel Glória ”
O empresário Eike Batista teria confirmado, ontem, uma oferta feita de R$ 80 milhões para comprar o Hotel Glória, na Praia do Flamengo, zona sul do Rio. Segundo notas na internet, o empresário diz ser o hotel, um entre dez locais possíveis para instalar a sede do grupo EBX.
Na oportunidade Eike Batista teria descartado, a hipótese de usar um terreno comprado pelo seu grupo, na Barra da Tijuca, para ser a sede da EBX devido a distância deste bairro, até o centro. O dinheiro está sobrando na área X. Mineração, petróleo e especulações geram grana gorda.
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Mais abandono antes de acabar o dia
Antes de acabar o dia, lá vem mais registros. Agora a coloboração é do articulista deste blog, o universitário de direito, Bruno Lindolfo. Tanto as fotos quanto texto são do Bruno. Diz ele:
"O Parque São Caetano foi caracterizado recentemente pelo jornal Folha da Manhã como paradoxal: nobreza e pobreza convivem lado a lado. Próximo da Pelinca, tem coleta de lixo diária, imóveis e terrenos valorizados, ar bucólico, já experimenta o boom da verticalização na cidade e não foge do abandono. O abandono em Campos é democrático: tem para todo mundo, uns mais outros menos".
Alguns registros:
Alguns registros:
Falta de postura ante a postura de placas criminosas do posto São Caetano. Essa é a visão do motorista que sai do Parque São Caetano via Rua Barão de Miranda com intento de cruzar a Av. 28 de Março.
"As fotos feitas no Parque São Caetano pecam pela qualidade, por defeito técnico do fotógrafo e pela rapidez e discrição com que elas devem ser feitas. Explico: afora os abandonos mostrados acima, há, também, um outro, esse foge das lentes pois é de cunho interior, é sentido no medo e na coação constante sofrida pelos moradores e estudantes do bairro. O Parque São Caetano e outros bairros adjacentes foram abandonados pela segurança pública, assaltos são comuns, acontecem durante o dia sem pudores, a Universidade Cândido Mendes foi forçada a disponibilizar segurança particular nas ruas para zelar por seus alunos".
Alguns abandonos no centro:
Prédio abandonado na esquina do mercado: morada para pessoas abandonadas, depósito de lixo, além de expor o pedestre ao perigo por ter roubado parte da calçada.
Calçada da estreita rua do Sacramento no centro, ocupada por alegoria indefinida.
Dia do Abandono 2 - XXI
É lamentável, a situação do bairro Novo Jóquei. Às margens da BR-356, depois do Hipódromo e na estrada que liga à Estância da Penha, por lá você vê de tudo. Uma população sofrida, com problemas de abastecimento de água, falta de rede de esgotos, ausência também de iluminação pública e calçamento, etc.
O fato de se tratar, como diz o poder público, de um loteamento irregular, embora feito nas barbas dos gestores, os proprietários não têm legalização dos seus terrenos e como consequência disto, também ficam por fora das melhorias que até chegam, aos bairros vizinhos, mas nada de contemplar o Novo Jóquei.
Sempre em véspera de eleições muita gente anda por lá, onde um vereador praticamente viabilizou seu mandato, mas não, as melhorias desejadas pelos moradores. O blog viu em algumas ruas, água verde acumulada, apesar de estarmos há mais de dez dias sem chuvas. Bom lembrar que a foto foi feita na última segunda-feira, dia 18 de fevereiro. Este é o velho Novo Jóquei o campeão de reclamações até na mídia tradicional, porém sem resultado. Este pode ser o símbolo de um dos bairros mais abandonados do município.
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