A dor dos órfãos da BR-101

Este blogueiro participa, desde 2000, de manifestações públicas, seminários e reuniões em prol da melhoria, ampliação e duplicação da BR-101. Porém, nunca teve a ilusão de que bastaria melhorar a estrada, para que os acidentes na rodovia pudessem diminuir. É preciso mais, muito mais. O controle sobre as infrações e um permanente programa de educação no trânsito, tanto nas estradas quanto nas áreas urbanas é indispensável. As vítimas vão se multiplicando e juntando vítimas e culpados a um mesmo destino. Assim assisti ao surgimento, da Associação dos Parentes das Vítimas da BR-101. A dor da perda uniu parentes dispostos a cobrar mudanças. As ações dos governos avançam muito lentamente. Independente de cobrança ou não de pedágios, que poderiam ser evitados se houvesse sensibilidade, antes o leilão de concessão, para que nosso estado e os municípios cortados pela BR-101 em nosso estado, tivessem a determinação de assumir as melhorias, antes da concessão à iniciativa privada. Infelizmente tudo muito lento, ao contrário da velocidade de irresponsáveis que, com ou sem decreto de proibição de venda de bebidas ao longo das vias continuam levando vidas... Assim, quatro seres humanos tiveram suas vidas ceifadas no último dia de carnaval. O blog lamentou o acidente, quando ampliou a informação já veiculada pelos jornais on-line. Lamenta ainda mais ler num comentário da nota postada no blog, o lamento e a denúncia de Rosivani Rangel, neta e sobrinha dos ocupantes de um carro atingido na altura de Casimiro de Abreu. Solidariedade à família e aos amigos das vítimas, junto com o desejo de que as soluções andem mais rápido que muitos loucos ao volante de carros que se transformam em armas. Abaixo a transcrição do comentário da Rosivani: "Esse foi o pior dia de carnaval de toda minha vida, perdi a minha vó, o meu tio Leônidas que eu mais amava e meu outro tio José Ferreira que dirigia o carro com todo cuidado do mundo, eu nunca vi pessoa mais calma que aquela pra tudo, só quem perde pessoas amadas como eu perdi sabe o que eu estou sentindo agora, meu tio Leônidas era uma pessoa maravilhosa, todos gostavam dele principalmente a filha dele e eu que tbm o amava como um pai que não tive presente, e mesmo com seus 43 anos ele era o xodó da minha vó, que foi junto com ele. Sentiremos mtas daudades. Uma coisa que me deixou mto revoltada foi que no ato do acidente não sei como tem pessoas tão medíocres ao ponto de furtar objetos pessoais mediante a tanta dor e tristeza.

EU AMO A MINHA FAMÍLIA!!!

Rosivani Rangel

Neta e sobrinha"