65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
Fertilizantes biológicos substituem uréia e sulfato de amônio
Utilizações úteis para atividades econômicas de Campos
A fixação biológica do nitrogênio como fertilizante, na cultura da cana-de-açúcar e da soja pode, dentro de dois anos, redundar na eliminação da necessidade de fertilizantes nitrogenados, com economia superior a US$ 3,5 bilhões por ano em nosso país.
A pesquisa é desenvolvida e coordenada pelo doutor em Solos e Nutrição de Plantas da Empresa Brasileira de Agropecuária, Segundo Urquiagua, que também professor da UFRRJ. A uréia e o sulfato de amônia gastam segundo Urquiagua muita energia fóssil na sua síntese o que torna a descoberta positiva pra o meio ambiente.
Para a nossa região, a descoberta, além dos resultados para a cultura da cana-de-açúcar, “pode também ser utilizada para a fixação biológica do nitrogênio na cultura do capim-elefante que é uma espécie de gramínea que tem alto poder calorífero e pode ser queimado nas olarias”.
“O capim-elefante substitui a lenha e, ao utilizar o processo natural de fixação de nitrogênio, o índice positivo do balanço energético aumenta, ajudando o meio ambiente com a redução do desmatamento. Para cada unidade de energia fóssil gasta na produção de biomassa de capim-elefante, são produzidas 22 unidades de energia limpa”.
O pesquisador só faz um alerta de que antes do uso da fixação biológica do nitrogênio é necessário diagnosticar o tipo de solo de cada região com a identificação das suas necessidades de nutrientes.
Por conta de seus estudos, o engenheiro agrônomo Urquiagua foi agraciado com o prêmio Johanna Dobereiner, pelo Crea-RJ dentro das comemorações do Dia Nacional do Engenheiro Agrônomo, ocorrido em 12 de outubro.
Fonte: Publicação CreaRJ em Revista – Outubro 2007.
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