O Dia do Abandono e a política no âmbito local

Tenho divergências mais operacionais que ideológicas com o deputado federal Chico Alencar. A radicalização de algumas de suas posições são compreensíveis mais pelo lado da irritação com o varejo da política, do que com os objetivos do seu novo partido, o PSOL. Porém, as suas reflexões a respeito do universo da política e a estratégia que ele traça, num artigo publicado hoje, em O Globo guardo uma identidade quase total. Com o título “A morte da política”, Chico defende uma “atuação política no município onde há potencial para radicalização democrática, com o chamamento à auto-organização da população para a melhoria da qualidade de vida e acumulação de forças para a construção de uma nova cultura política. Os eixos gerais de uma nova forma de fazer política são a mobilização social permanente, a descentralização efetiva, a transparência total dos gastos públicos, a inversão de prioridades, com a opção preferencial pelos sem-direito, no viés da sustentabilidade ambiental, e a interlocução independente com as demais instâncias da administração”. Este blog compreende que o nosso Dia do Abandono em Campos vai nessa linha. Leia aqui o artigo na íntegra.