65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Quissamã: cai a única exceção
Embora, haja quem ainda veja possibilidades de reatamento político entre os Carneiros em Quissamã, o rompimento dos primos, o ex-prefeito Otávio e o atual Armando, joga na mesma vala, o que há muito tempo, já deixou de ser casos pontuais.
Não é necessário uma análise muito apurada para saber os motivos e as causas que se repetem nos rompimentos entre ex-aliados e companheiros políticos nos comandos das prefeituras da região. Campos, Macaé, Cabo Frio, Rio das Ostras e, de certa forma, também São João da Barra, embora por lá, embora o grupo político de Betinho e Carla na origem, sejam os mesmos, o rompimento da atual prefeita Carla Machado com o ex Betinho Dauaire, se deu antes da eleição da primeira, quando ela era a presidente da Câmara do município vizinho.
Em comum, o fato de serem municípios considerados produtores de petróleo para efeito de recebimento das significativas parcelas de royalties. Os motivos alegados podem ser os mais variados, mas, na verdade é difícil acreditar que não seja, o olho gordo sobre o poder maior de administrar as extraordinárias receitas deste orçamento. Muito provavelmente, o quadro talvez fosse diferente se os municípios estivessem endividados. Quem viver até lá, quando estas gordas receitas tiverem escasseadas, provavelmente terá oportunidade de ver disputas menos aguerridas, ao contrário de hoje, onde, até gente da mesma família se engalfinha sobre o poder.
O caso de Quissamã há algum tempo vinha se desenhando, mas poucos acreditavam e ainda acreditam que a divisão seja levada adiante. Alguns que temem perder o “prestígio”, pela escolha do membro da família Carneiro que comandará o município tentam aparar as arestas. Outros que tiveram interesses contrariados, de um ou outro lado, aproveita a ocasião para estimular o rompimento fazendo o mesmo papel que interessa à oposição. O caso já parece até com aqueles roteiros de novelas que mostram disputas políticas em pequenas cidades onde a disputa pol´tica vira um problema familiar.
De uma forma ou de outra, torce-se para que, independente da disputa política que é um direito democrático, o município, que apesar de alguns senões, pode ser considerado nos mandatos que se seguiram, o melhor, ou o menos pior, quando comparados a todas as demais gestões municipais, das cidades chamadas de produtores de petróleo no norte fluminense.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário