65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, março 17, 2008
Com o Poema Sujo e Mar de Lama, o nosso poeta Luis Tavares mostra sua indignação
Não é o Poema Sujo do Ferreira Gullar. É do fundo d´alma do nosso médico e poeta do blog Quase Poesia que brota também "O mar de lama". Luis postou-os nos comentários abaixo, mas o blog considerou que eles merecem espaço maior e mais visível.
Poema sujo
Gritaram: pega ladrão...
Não sobrou um no lugar...
Anos a fio metendo a mão, JÃ não sabiam parar...
Cidade imunda de corrupção...
Larápios a conjugar
O verbo da moda que faz o ladrão
O verbo da moda: roubar...
Cidade completamente corrompida...
Enlamearam a porta de saída,
Sujaram tudo, não sobrou ninguém...
Meu Deus, tem pena da minha cidade,
Antro imoral de toda iniqüidade...
Quem vive aqui sabe bem...
O mar de lama (versão 2008)
Seja bem vindo ao mar de lama obscura
Que fez morada na minha cidade
Transformando-a em estranha criatura
Mancomunada com a imoralidade...
Seja bem vindo ao mar de lama impura
Que encheu de sombra escura a claridade
Como se fosse uma doença sem cura,
Um câncer descoberto muito tarde...
Seja bem vindo à imensa lamaceira
Que fez da minha cidade uma lixeira
E hoje até parte da sua própria vida...
Seja bem vindo ao mar de lama, irmão...
É como se não houvesse outra opção...
É como se não houvesse outra saída...
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