65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quarta-feira, abril 30, 2008
Não só é inacreditável. A re-aliança do PT de Campos com Mocaiber é inaceitável e imoral!
Esta direção do PT de Campos não tem coragem para esta possível pretensão. Podem querer, até desejar pelos mais diferentes motivos, mas não terão coragem de fazê-los. Ouso arriscar que duvido da insanidade de quererem voltar a comandar o partido nesta direção. Mesmo tendo maioria com certa folga, no ano passado aprovaram com apenas dois votos de diferença, esta tresloucada aliança.
Depois de tudo que foi levantado, divulgado e etc. tal seria demais... a insistência. O papo de que o transitado não é julgado, serve para quem quer se defender, não para quem quer casar, aliançar, ou coisa que o valha.
Mais do que romper publicamente, o que ainda não foi feito com este governo que retornou, os dirigentes da maioria do PT campista precisam fazer uma autocrítica séria, profunda, sob pena de permitirem a desconfiança, que mesmo não sendo pegos podem ter telhado de vidro nas suas ações à frente de suas pastas.
As instâncias superiores e até a justiça poderão ser argüidas pela minoria oposicionista que, de dentro do partido, contestou e continua contestando, o equívoco desta aliança desastrada com o governo Mocaiber que foi acompanhado do “escancaramento” do partido às filiações sob a guarida deste mesmo alcaide.
A simples desconfiança de que os atuais dirigentes continuam a costear o alambrado, aberto às negociações e reavaliações sobre o possível retorno ao governo Mocaiber, serão motivos mais que suficientes, para encaminhamentos drásticos desta minoria que resiste em defesa do município e da ética no partido.
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3 comentários:
Valoroso companheiro Roberto, talvez o ideal seria que aqueles dirigentes fossem a público e fizessem a sua mea culpa, uma vez que nos bastidores já há esse reconhecimento. Não seriam necesárias 20 ou 30 vergastadas, num açoite público até que o vermelho da estrela estivesse à mostra. Não, seria uma nota na Imprensa (e ela já foi redigida) de preferência em toda ela (rádio, televisão e jornais). No entanto, nós sabemos que isso é financeiramente inviável (Qualquer filiado poderá comparecer a uma reunião do Diretório e perguntar pelo saldo bancário da sigla). Para alguns outros partidos, talvez não. E para os detentores desses meios de comunicação ou para os políticos seus íntimos, nada custaria. Todavia só uma nota em um determinado jornal da cidade não ficaria por menos do que 6 mil reais. Em outro, um pouco mais barato, ou até de graça, porque interessaria ao jornal e ao grupo que o comanda o teor da retratação. Quando se parte para a televisão, o preço é 5 vezes mais.
Enquanto membro da Direção Executiva do Partido, achamos que o momento é de um pouco de paciência. Hoje, haverá um encontro do grupo que participou do governo, com o Prefeito. A expectativa é que os mesmos, ao fazerem esse encontro, comuniquem ao Prefeito a decisão do Diretório Municipal (foram 35 votos favoráveis e l abstenção) da intenção da não participação mais nesse governo, pelos motivos que todos sabemos. Primeiro não implantação das políticas que o PT indicou, apesar de ao participar dele ter produzido alguma coisa de positiva, a exemplo do fim da inadimplência do Governo Municipal com o Governo Federal, retornando a possibilidade do envio das verbas federais. Aí alguém poderia indagar. Para que, para serem desviadas de novo. Cabe a nós protestar e muito mais à Câmara de Vereadores fiscalizar, o que não fazem. Segundo, pela suspeição desse governo produzir desvio de verbas (vide PF e MP). Se esse retorno se desse, seria à revelia do Diretório, o que caberia medidas severas e urgentes, que passam pela Comissão de Ética do Partido. Quanto ao mais, é aguardar e não se precipitar. O PT está acima de alguns companheiros equivocados e, como já disse, poderá aglutinar novamente vários companheiros históricos do Partido(conversas adiantadas nesse sentido já são produzidas) e outros militantes que por motivo outros estavam afastados, podendo produzir junto a esse movimento e aos outros partidos que pensam na mesma direção os resultados e intervenções que desejamos. Para finalizar, gostaria de ressaltar que toda esse movimento no sentido contrário à participação, depois pela saída do governo e agora pelo não retorno, deve-se à contribuição séria que a minoria coerente, que o companheiro ajudou a construir, tem produzido.
Prezado Professor
Sou daqueles que acredita que o PT apodreceu.
Como todos os impulsos revolucionários que levaram o PT ao governo nacional, também assim o PT local se contaminou da mesma maçã podre.
Resta confirmar se a indole do ser humano é ser mau e o caminho da justiça e da igualdade é um bem inatingivel.
Não me estanta se o PT local se reagrupar com o Governo Municipal e tomar seu lugarzinho nessa imensa pizzaria goitacá.
Cada vez mais é preciso, numa polarização eleitoral, identificar o pior dos 2 candidatos e votar no outro.
O municipio então nunca será o que sonhamos ou aquele pelo que batalhamos.
O PT local só presta um desserviço ao cidadão não filiado como eu que passa a ver nele não mais uma estrela de 5 pontas mas um animal de 5 tentáculos com ventosas que grudam facilmente ao poder.
Nojo de tudo isso.
Termino essa manhã de quarta com um poema de Augusto dos Anjos:
"O homem, que nessa terra miserável vive entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera".
O amigo
Luis Tavares.
Caro Luiz, pela sua avaliação sente-se que, embora decepcionado, tens ou tinha uma grande admiração pela sigla. Gostaria que o companheiro, se transformasse, também em fera, e viesse para o ambiente físico do debate, aquele que permite interferir, redirecionar e fazer acontecer. Eu, na minha modesta avaliação, já faço isso. De longe, a gente não consegue mudar nada.
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