segunda-feira, abril 14, 2008

Ozônio no ar

Na apresentação feita na última quarta-feira do EIA/RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) da Termelétrica a carvão do Porto do Açu da empresa MPX, pelo engenheiro Roberto Brito da MPX e Cecília Alarsa da empresa de consultoria CRA, na prefeitura de Campos, no Cefet e no Rotary Club foi passada a informação, que nesta fase ainda de projeto, foram realizadas coletas e análises da qualidade do ar, num raio de 60 quilômetros, ao redor do local onde será instalada a UTE, na fazenda Carrara. Nestas medições foram encontrados altos índices de ozônio no ar. Embora inferiores ao limite máximo deste indicador, os técnicos estão buscando informações sobre o que poderia estar elevando este índice. Os índices encontrados foram próximos a 100 microgramas por metro cúbico, enquanto o PQAR (Padrão Nacional de Qualidade do Ar) é de 160 microgramas por metro cúbico de ar. Uma das hipóteses para os altos valores seriam as queimadas de canaviais, embora em novembro restasse pouca cana ainda sendo queimada para corte. Outra hipótese pouco provável seriam os gases oriundos das plataformas, instaladas a mais de 150 quilômetros do litoral. Regiões ao redor das refinarias de petróleo costumam ter altos índices de mercúrio ultrapassando em algumas ocasiões o padrão PQAR. Locais também com grandes fluxos de veículos como ocorre nas metrópoles também sofre deste problema. As medições e o monitoramento foram realizados durante três meses, entre novembro do ano passado, a fevereiro deste ano na primeira estação de monitoramento da qualidade do ar. Há previsão de implantação de mais duas estações de monitoramento. Provavelmente uma ficará na região do Imbé e a terceira ainda não tem local definido. Elas servirão para monitorar e controlar a qualidade do ar a partir da emissão dos gases oriundos da queima do carvão quando do funcionamento da usina termelétrica a carvão. Este monitoramento e os seus dados por lei têm que ser remetidos, ao órgão responsável pelo meio ambiente, que no estado do Rio de Janeiro é a Feema. A Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente é quem recebe e fiscaliza estes indicadores. As duas termelétricas a gás, instaladas próximas a Macaé, têm estes indicadores monitorados e repassados on-line para a Feema. O mesmo está projetado para ser feito na UTE do Porto do Açu.

Um comentário:

xacal disse...

nessa medição o nível de metano também não subiu...? afinal com tanta matéria "orgânica" nesse pântano que se transformou a planície....