65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
segunda-feira, abril 28, 2008
Ta na hora de mudar o Muda Campos!
Esgotou-se. Não cumpriu o prometido e desvirtuou-se a serviço de um projeto político pessoal. A cidade neste período se enriqueceu e se empobreceu simultaneamente. Os royalties que inundaram a cidade, especialmente nos últimos dez anos, fizeram crescer o interesse pelo controle do poder por parte daqueles que tinham e ainda têm demandas privadas. Junto aumentou a pobreza e a dependência.
Os empregos não vieram, mas felizmente aumentou a capacidade daqueles que podem fazer e construir algo novo, além de ajudar na partilha do governo. A população não quer um déspota e nem um “banana” que vive a gritar pela Paz. Demandamos políticas públicas mais transparentes e eficientes com os generosos recursos que o município dispõe.
O Muda Campos já completou mais de 20 anos e seu tutor continua a querer tutoriar pedindo mais outros vinte, fingindo-se de alternativa.
Nem criador, nem criatura, o povo já tem agora uma outra cultura e não suporta mais miniatura. Tem-se hoje tantos cifrões quanto senões.
Novas pessoas, novos métodos para a busca de boas e eficientes políticas públicas que acabaram sendo deixadas de lado, enquanto aumentava apenas o disse-me-disse, em meio ao emaranhado de agressões pessoais e de desvios de recursos e de sonhos.
Há muitos municípios pelo país avançando nas suas gestões com muito menos recursos financeiros ou técnicos. Seriedade, rigor, trabalho árduo e abertura de espaços para novos gestores, numa máquina mais enxuta e profissional na prefeitura de Campos podem produzir melhorias inimagináveis.
A oportunidade faz a ocasião. O fato de não se ter criado forças políticas alternativas, para ocupar o espaço surgido em meio aos desmandos e, a esta falsa polarização, poderia ser um problema, se a conseqüência fosse uma paralisia, mas por diferentes caminhos, ela está sendo rompida, não sem a ajuda dos dois pólos que continuam a se digladiar falando mal um do outro, sem nada de novo apresentar ou oferecer a àqueles a quem pedem apoio para seus novos vôos.
Um novo caminho é irreversível, mas não há porque ter açodamento e nem se pode aguardar desenlaces naturais. O caminho há que ser construído no próprio caminhar. Campos merece algo melhor!
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8 comentários:
Bela postagem Roberto. é chegada a hora.
Carp Professor Roberto Morais, é com grande satisfação que leio suas palavras. Agora precisamos de uma estratégia capaz de viabilizar esse compromisso.
Um abraço e vamos a luta
Há de se considerar a importância da mídia alternativa via Internet (rede de Blogs) para se fazer frente às mídias "oficiais", de um lado e outro.
Essa semente só está sendo possível por causa disso e é por isso que já começa a incomodar.
Seu texto está muito bem colocado.
Belo texto, mas faço minhas as palavras do anônimo. Precisamos de uma estratégia e de mais mobilização para chegar a todos os rincões de nosso município, onde as pessoas não sabem o que é blog e como funciona essa tal de internet.
Vamos a luta, porque a vitória é certa.
Eu quero um simbolo
Uma logomarca facil e que identifique o movimento
A divulgação pertence ao tempo e ao nosso empenho
Estou com os blogueiros e não abro
:)
Tem um jeito para mudar este estado de coisa. E a saída é trazer para a sala de visitas o povão excluído de tudo, que últimamente só conseguiu chegar na cozinha entrando pela porta dos fundos. Saiamos dos nossos castelos ( universidades, casas bem equipadas, condomínios ultra-vigiados) e vamos nos solidarizar com quem mais precisa de políticas públicas universais, emprego dígno, cultura engrandecedora e fuga da violência de um cotidiano marcado por desigualdade. Sem base popular não se chega à lugar algum. Podemos, no máximo ser coadjuvantes de luxo, ou a cereja que, apenas enfeita o bolo dos donos do poder. Comecemos saindo do Boulevard e indo na direção de Guarus, para manifestar junto do povão a insatisfação que também é dele ao morar em muma cidade rica, mas com uma elite oligárquica e escravagista. Comecemos dentro de casa, pagando um ticket para ida ao teatro, ou ao cinema, para nossas próprias empregadas dométicas, ou viabilizando um curso de alfabetização para a sua família. Veja, alfabetização política. A vida da classe méia campista é vazia, tediosa e baseada na novala das oito e nas colunas sociais. Esta caminho, com certeza vai estimular novos caminhos para este segmento que ganha importância relativa em nossa cidade. Toda longa caminhada tem sempre uma primeira passada. Walk on.
Roberto, boas colocações e apropriada ênfase à mudança que o município requer...
Fico a pensar no tempo que urge...algumas boas observações foram postadas no blog urgente e penso que de fato precisamos de alguma estratégia para objetivar as energias que a rede de blog's já conseguiu aglutinar...
Creio que o mais difícil e mais importante neste momento é a manutenção transparente dos propósitos comuns de mudança, sem a euforia do sucesso momentâneo...é preciso que um colegiado representativo deste movimento seja criado o quanto antes - sem personalistas e egocêntricos, sem os erros de outrora -...
A partir do colegiado, comissões devem surgir para o cumprimento de demandas e metas objetivas, que retornarão ao colegiado para consolidação e aprovação transparente...
Penso que o objetivo primeiro desta comissão seja a montagem de uma estratégia de ampliação do movimento no seio da sociedade campista urbana e rural...somente a partir dos resultados das diversas mobilizações, que deverão surgir nas próximas semanas, é que deveríamos tentar iniciar e inserir um debate sobre um envolvimento partidário ou não...não devemos permitir, neste momento histórico, a queima de etapas importantes para o re-surgimento dos movimentos sociais livres e plenos...não será fácil...
...mas, ainda assim, eu acredito que mudanças como esta, no Brasil de hoje, são muito mais fáceis do que a maioria de nós pode imaginar...estejamos atentos aos detalhes...
Professor Roberto Moraes
Acho que estamos no caminho certo, só devemos ser mais objetivos, para não nos perdemos em devaneios e sonhos, que podem ser muito bonitos e democráticos, mas infelizmente se perdem ou se mostram inviáveis na hora de serem colocados em prática.
A titulo de contribuição com o debate de alternativas para o movimento, postei ontem no blog Urgente o comentário abaixo, espero que contribua para organização e crescimento do movimento.
Um abraço e acho que estamos no caminho certo.
Acreditar na teoria da geração espontânea, principalmente em movimentos políticos, é pura ingenuidade.
Temos que ter um mínimo de organização, prazos e objetivos a alcançar.
Não podemos ficar dependentes do voluntarismo de alguns idealistas e da empolgação de outros, precisamos ter uma coordenação formal ou informal, mas precisamos ter, para que o movimento avance e alcance seus objetivos.
Proponho que essa coordenação seja colegiada é composta por pessoas que tenham tempo e capacidade de mobilização.
Essa coordenação deverá ser escolhida no primeiro encontro, pelos presentes, e deverá ter um comportamento apartidário. A sua missão será garantir que o movimento continue democrático e supra partidário. Além de coordenar o fórum de debate, implementar o que foi decidido nas reuniões, e articular o movimento.
Devemos formar um grupo para divulgar o movimento, fora dos blogs, junto ao movimento estudantil, movimentos de igreja, associações de bairro e de classe e principalmente, criando formas de chegar à maioria da população, que não pertence a nenhum tipo de movimento e não tem acesso a internet. Porque, certamente, não contaremos com a boa vontade dos veículos de comunicação de nossa cidade.
Acho também, bastante importante, a criação de uma logomarca para dar visibilidade ao movimento.
Devemos criar, ainda, um fórum permanente de debate, onde sejam elaboradas as propostas e discutido os rumos do movimento.
E ai sim, no momento oportuno, discutir nomes e como viabiliza-los eleitoralmente.
É nesse momento que entraram os partidos. Essa etapa será a mais difícil e delicada, porque vai mexer com os interesses, o ego e a vaidade de muitos militantes e dirigentes partidários, que estão dentro dos partidos preocupados, somente, com o seu umbigo e em levar vantagem, com qualquer negociata ou aliança espúria. Porém, acredito que se o movimento estiver bem inserido na sociedade e com bastante poder de pressão, essas resistências serão contornadas facilmente.
Vamos nos organizar e partir para a luta.
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