sábado, abril 12, 2008

Uns & outros - heróis & bandidos

Enquanto uns morrem trabalhando para extrair o petróleo das profundezas do nosso litoral, outros se afundam na roubalheira dos royalties obtidos com o suor alheio! Campos e os campistas merecem a construção de um destino melhor!

7 comentários:

Anônimo disse...

Boa observação. Aproveito para mandar mais um recado raterno para o Bruno, que anda nervoso. Assitir ao filme inglês "Irina Palm" e praticar o exercício da protagonista. Ou se isto não o acalmar, ouvir o blues Havest Moon tocado no belíssimo filme "Beijo Roubado" estrelado pela cantora Nora Jones.No mais saudações rubro negras.

felixmanhaes disse...

Meu caro Roberto, esta questão do uso dos recursos provenientes do petróleo deveria ser melhor debatida e conhecida pelos campistas. Veja, por exemplo, o FUNDECAM. Até onde é salutar o custo benefício dos empréstimos feitos para as empresas que para cá vem. Realmente geram postos de trabalho? E o retorno desses recursos, ele realmente acontece dentro das regras do mercado financeiro? Tem uma coisa estranha em Campos. Se você se posicionar em frente a uma dessas Indústrias instaladas, você verifica que contrariamente ao que acontece nos arredores de São Paulo a gente não vê aquela multidão de funcionários nas trocas de turnos e se realmente aqui acontece essa troca de turno ou é uma realidade mais virtual. Você, meu companheiro, tem formação e informação com bastante conteúdo para debater sobre esse assunto.

8:18 AM

Bruno Lindolfo disse...

Não estou nervoso, só um pouco enojado, já lhe disse...

Até porque, se você se concentrasse menos nos exercícios manuais exercidos pela protagonista do referido filme, perceberia que o esboço de algum tipo de reação, sentimento ou atitude ante as mazelas que surgem em nossas vidas é o caminho normal para os que não se encontram anestesiados, seja por cifras ou desilusões, ainda que haja confrontos de pudores e valores morais. É esta capacidade de reação que torna o ser humano vivo e capaz, até mesmo para praticar o referido exercício o qual me recomendastes como terapia...

Anônimo disse...

O quadro para a próxima eleição começa a se delinear. De um lado teremos o representante da elite liberal conservadora e clientelista liderada pelo deputado Arnaldo Vianna, com apoio do governador Sérgio Cabral. De outro uma candidatura populista, seja lá quem for o candidato da família Garotinho. O candidato do PT Mackoul não paga placê. O segmento intelectual e mais esclarecido da cidade ficará sem uma opção políticamente competitiva. Portanto é hora de acumular forças e criar uma rede lastreada na sociedade civil organizada para cobrar a retomada do desenvolvimento pleno da cidade. Uma candidatura meramente moralista ( como foi o caso do PSOL nacionalmente, em 2006.)não vai sensibilizar o povão que hoje é profundamente pragmático e vota pela melhor proposta para o seu bem estar, tanto a curto quanto a longo prazo.

Anônimo disse...

A última análise feita está muito boa, porém gostaria fazer uma observação. Apesar do equívoco cometido pelo PT em fazer uma aliança programática com esse governo, cuja casa caiu, por ter um telhado de vidro, o Partido deixou sua marca. O fim da inadimplência com o Governo Federal foi resolvido com a intervenção do Partido é um exemplo disso. A Prefeitura após muitos anos, desde o tempo de Arnaldo, tem condições de receber novamente os recursos federais através dos bancos oficiais. Isso não era possível.
O Mackoul apesar de ter sido quem possibilitou essa pré-aliança, porque era quem tinha voto (nas eleições de 2006 tinha se constituido na terceira força eleitoral de Campos), ao longo do período em que o seu Partido esteve junto a Mocaiber, ele manifestou publicamente a sua insatisfação com o não cumprimento do acordo. A mesma atitude defendida pela oposição dentro do PT, representada pelo grupo do Félix Manhães, que disputou eleições internas no Partido e era contra a aliança. Assim, meu caro analista eu não pagaria para ver. Mackoul ainda é um nome com força e com chance de crescimento até outubro. Abre o pano - Djahojinho;

Anônimo disse...

Vejam amigos estamos diante de um dilema.O autor marxista Gramsci nos ensina, através do conceito de hegemonia de uma sociedade, um ponto importante. Assim vejamos, um blog atinge diariamente, em torno de 100 cabeças pensantes, um jornal local de circulação regional atinge 1000 pessoas, uma rádio local 10.000 pessoas e as televisões locais 100.000 telespectadores. Portanto, nossa caminhada é longa e os canais para a formação de uma nova hegemonia que nos permita a ter acesso ao fundo público( royalties)de forma honesta, transparente e desenvolvimentista requer estratégia de longo prazo e tática de curto prazo, para que possamos ter voz nas cobranças por melhores dia para nossa terrinha.Caminhemos.

xacal disse...

Bom esse dilema gramsciano...
porém ee parte de uma premissa, não diria equivocada, mas distorcida...
é preciso não só quantificar, mas dar um viés qualitativo ao alcance da informação nos interlocutores atingidos...

é certo que a mídia tradicional tem muito mais alcance, porém a qualidade e repercussão dos debates na rede são muito mais ameaçadores do que possamos imaginar...

e as reações recentes dos detentores dos meios tradicionais frente aos blogs ratificam tal assertiva...

basta ver "a cópia" descarada que alguns jornais têm feito dos temas aqui postados...

há uma lógica de inversão interessante...

antes os jornais pautavam com mais freqüência nossos espaços, como aliás deveria ser...

agora, se tiver o cuidado de realizar uma leitura comparativa, verá que os jornalões só repercutem as discussões daqui, na maioria das vezes....

posso estar iludido, mas no fim, essa é uma das poucas alternativas que nos restaram para fazer política...

sei que chegará a hora de transpor essa dinâmica para o mundo formal das instituições, mas creio que estamos no caminho, pois ao menos conseguimos estabelecer uma forma orgânica e articulada de atuação...