65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, maio 20, 2008
A internet e as eleições deste ano
O Globo On-line publicou hoje, uma boa matéria sobre a influência que a rede terá nas eleições deste ano, mesmo comas restrições que o TSE estabeleceu com a resolução 22.718 que determina que a partir de 6 de julho, os candidatos só podem manter apenas páginas oficiais, com domínio ".com.br" e ".can.br".
Abaixo o blog destacou alguns trechos da matéria que pode ser lida na íntegra aqui:
“A internet está sendo apontada como vedete, como um meio de comunicação poderoso. Isso se deve à força da ferramenta nas eleições americanas. A diferença é que lá a acessibilidade é de cerca de 58% da população, aqui, não chega a 10%. Mesmo assim, a tendência é que os nossos políticos apostem na internet, é o seu uso cada vez maior para fins eleitorais. Quem não entrar na rede, no futuro, vai sair perdendo”.
“O baixo custo da propaganda na internet, segundo o cientista político, ajuda a democratizar a propaganda eleitoral. Nesse ponto, os pequenos partidos, que não têm grande espaço na televisão e no rádio, podem se beneficiar. O vasto leque de possibilidades também desperta a atenção dos candidatos. Para o especialista, a possibilidade de interatividade com o eleitor na rede é um grande diferencial, pois minimiza a necessidade de grandes pesquisas para saber a opinião das pessoas”.
“O público da internet é mais seletivo, em geral, mais instruído. A internet tem um conteúdo infinito. Vale criatividade e conteúdo. Na internet não há espaço para amadores, tem que ser competitivo. Não é tão simples, não é só fazer um blog e achar que assim terá visibilidade. O candidato tem que aprender a usar as fórmulas para se destacar. O problema não é fazer, é fazer bem feito”.
“Diferentemente dos Estados Unidos, a liberdade da propaganda leitoral na internet no Brasil esbarra nas restrições impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com a resolução 22.718, a partir de 6 de julho, os candidatos podem manter apenas páginas oficiais, com domínio ".com.br" e ".can.br". A medida é motivo de dúvidas entre os candidatos. No Rio de Janeiro, os partidos tentam, junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), assinar uma portaria para flexibilizar a lei . A discussão que os partidos estão trazendo é a seguinte: por que não haver uma liberdade maior na internet? Temos que criar regras que viabilizem o processo democrático. A internet é um instrumento mais barato, é impossível barrar esse processo”.
" É claro que tem que evitar propaganda invasiva, mas procurar limitar tudo será perda de tempo. A internet é, por excelência, um ambiente de liberdade de expressão. A intenção do TSE de fiscalizar é boa, mas duvido da sua capacidade de controlar o conteúdo que será postado na rede. É claro que tem que evitar propaganda invasiva, mas procurar limitar tudo será perda de tempo. Acho difícil controlar, a não ser que se monte uma estrutura chinesa para isso. Agora, nada impede que se crie um código de ética para indicar formas de bom uso da internet, mas algo que limite o eleitor é uma bobagem".
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