65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quarta-feira, maio 21, 2008
Mais uma operação da PF em cidade com royalties
A bola da vez é Coari no Amazonas. Coari fica a 370 quilômetros de Manaus onde a Petrobras produz grande quantidade de petróleo e gás natural. Entre 2002 e 2007, o município recebeu cerca R$ 200 milhões em royalties.
Veja a matéria de agora no Jornal da Mídia:
“A Receita e a Polícia Federal iniciaram hoje a Operação Vorax, destinada a desarticular esquema de fraudes em licitações, desvio de verbas, crimes contra a administração pública e sonegação de impostos em Coari, no interior do Amazonas”.
"Segundo a Receita, a prefeitura local atuaria na elaboração de licitações viciadas, nas quais os ganhadores dos processos eram definidos previamente. As investigações concluíram que empresas foram criadas com esse fim especifico, tendo a prefeitura como único cliente. Os acusados podem ter sonegado cerca de R$ 30 milhões em impostos federais, em cinco anos”.
"O esquema tem o envolvimento de 150 pessoas, entre funcionários públicos e empresários, locais e de Manaus. A operação vai cumprir 48 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão, em Manaus e Coari. São 65 empresas ligas à construção civil, ao fornecimento de mercadorias, inclusive medicamentos e promoção de eventos”.
É verdade que na realidade são duas coisas diferentes. Uma coisa é a forma de rateio dos royalties e o direito dos governos, em seus três níveis, previstos na Constituição, de serem compensados pela extração de algum mineral em seus espaços geográficos. A outra é o bom uso destes recursos, que na verdade vale também, para quem, nos seus orçamentos públicos não tem a fonte de receita dos royalties.
Porém, é inegável, que vai ficando cada vez mais frágeis os argumentos e as justificativas de manutenção dos atuais critérios de repartição dos royalties e das participações especiais, com os casos de desvios destes recursos multiplicando-se país afora.
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