65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quinta-feira, maio 08, 2008
Nota Oficial de Mocaiber
O blog recebeu, em comentário feito na nota postada abaixo, o texto da Nota Oficial do prefeito Alexandre Mocaiber colocando a sua versão sobre o episódio da presença dos policiais federais na sua residência. O comentário pode ter sido postado pelo próprio, por alguém a seu pedido, ou por pessoa próxima que julgou pertinente. Este blog julgou relevante que seus leitores possam conhecer o seu teor e dela tirar interpretações:
NOTA OFICIAL
Paz e serenidade
A população de Campos dos Goytacazes acompanha os desdobramentos jurídicos da ação iniciada contra a administração municipal, em 11 de março deste corrente ano. Contrariando todo o princípio constitucional da presunção da inocência, fiquei afastado por 43 dias do cargo para o qual fui legitimamente eleito pelo voto popular.
Aguardei serenamente que a Justiça me reconduzisse ao cargo, tendo em vista minha convicção absoluta de que sempre procurei andar no caminho da legalidade no decurso do meu mandato, pois pauto minha vida pública na busca pelo bem comum.
Naquele dia 11 de março fui surpreendido por uma operação da Polícia Federal em minha residência, diante da minha família, fato que nos traumatizou a todos e, naturalmente, deixou seqüelas emocionais. Vaguei em busca de justiça, com muita fé em Deus e Nossa Senhora. Uma decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Gomes de Barros, derrubou a medida imposta pela 1ª Vara Federal de Campos e determinou meu retorno ao cargo.
Nesta quinta-feira, dia 8 de maio, a Polícia Federal, de posse de uma determinação judicial, realizou nova diligência em minha residência. Cumpriu o seu papel. Mais uma vez nada encontrou. Apenas levou R$ 5.700,00, erário proveniente do meu salário de servidor. Esta ação, vale destacar, é um desdobramento da mesma investigação iniciada em março.
Desta feita, as diligências incluíram meus dois filhos universitários e meus pais, ambos já falecidos. Nem eles, no seu respectivo descanso eterno, foram poupados. Contudo, esta diligência teve um papel positivo. Ficou mais uma vez explicitado que nada devo e, por conseguinte, nada tenho a temer. Em toda a busca, a única coisa que encontraram foram os R$ 5.700,00 supracitados.
Sou favorável a toda apuração que busque esclarecer denúncias que pairam contra a administração municipal. Nenhum obstáculo deve ser imposto às investigações. Estarei pronto a prestar qualquer esclarecimento à Justiça, à Câmara de Vereadores e/ou ao Ministério Público. Desejo toda transparência e isenção, porque ao final de tudo — que demore um ano, dois anos ou um século —, a verdade triunfará.
Contudo, nada me afastará da determinação de trabalhar pela minha cidade: concluir o meu mandato, entregando todo o cronograma de obras já iniciado e priorizando a continuidade dos programas sociais. O governo segue, buscando a normalidade, porque entendo que Campos é maior do que essas intempéries que alimentam o noticiário e satisfazem o apetite de opositores.
Mantenho a mesma determinação de abrir o governo a toda investigação que se fizer necessária. Todas as dúvidas suscitadas serão dirimidas. Só não abrirei mão de exercer o meu sagrado direito de defesa.
Volto a afirmar que não tenho apego ao cargo. Não sou político profissional e muito menos faço desta experiência meu objetivo de vida. Sou médico por vocação e formação. Nada de errado pratiquei para justificar esta via crucis ao calvário. Nunca imaginei que tanto ódio se cultivaria nesta minha jornada. Tampouco antevi o sofrimento que imporia a minha família.
Por mais dura que seja esta minha caminhada, por maior que seja o sofrimento a enfrentar, manterei a serenidade e confiarei sempre em Deus, Nossa Senhora e na Justiça. Não desanimarei um só minuto, empenhado em trabalhar todo o tempo.
Os que ora se encarregam de construir barricadas de ódio ainda serão tragados pela própria obsessão.
Minha meta sempre foi, é, e será a busca pela paz.
Alexandre Mocaiber
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