domingo, maio 04, 2008

O caso do diretor da Medicina da Bahia

A velha mania de culpar o outro O episódio do diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia de culpar a leniência e a preguiça dos baianos, como causa dos maus resultados na prova do Enade/MEC, mais do que o execrável e já rechaçado preconceito contra baianos e negros, embute no raciocínio do professor, uma velha máxima de quando se quer discutir qualidade do ensino e avaliação nas escolas: a de colocar a culpa no outro. Os professores reclamam da estrutura e dos baixos salários da classe, a escola dos professores que pouco se dedicam, os alunos reclama dos dois e desestimulado estudam menos, por conta de métodos e conteúdos cada vez menos atraentes. Enfim, é preciso romper o preconceito como o do diretor, ter a capacidade de reconhecer os erros próprios e assim estimular as outras partes a fazerem o mesmo. Sem isso, o absurdo da afirmação ficará única e exclusivamente na merecida crítica à baboseira dita, mas com pouco avanço prático. Que os gestores reflitam sobre isso.

Nenhum comentário: