Na última terça, este blogueiro foi entrevistado pelo jornalista Alberto Komatsu do jornal O Estado de São Paulo, a respeito da opinião, sobre os impactos ambientais e sociais dos empreendimentos do grupo EBX na região do Açu.
Ao fazer suas perguntas na matéria que deverá ser publicada no próximo domingo, o jornalista falou das informações obtidas com o Eike Batista em que este dava como certo a instalação de pelo menos uma siderúrgica e que está perto de um acordo com o grupo indiano Tata que em troca de sociedade com a MMX em uma mina no norte do país no Amapá instalaria no distrito industrial do Porto do Açu uma montadora de automóveis.
A informação dava conta de que a primeira siderúrgica do empreendimento estaria fechada com o consórcio ítalo-argentino da Techint e uma segunda poderia ser possível. Porém, o entrevistado era o blogueiro que se posicionou com preocupações sobre o tamanho dos impactos sobre toda a região e na apenas sobre o município de São João da Barra, sede do empreendimento.
Mesmo reconhecendo alguns esforços de mitigação e compensação dos impactos que as empresas do grupo EBX estão prevendo nos estudos e projetos contratados junto à prestigiadas consultorias especializadas na área, o porte dos investimentos e o fato de que o desenho, o tamanho e os tipos deles ainda estão sendo fechados em grandes negociações comerciais aumentam e tornam exponenciais seus resultados para o ambiente natural e social nesta área próxima ao litoral da região norte fluminense.
Estes impactos não representam a soma do impacto de um mineroduto, uma unidade de beneficiamento e exportação pelo porto do Açu de minério de ferro, mas junto já está aprovado, uma termelétrica à carvão, uma siderúrgica, etc. Todo o contato com a comunidade e a discussão dos impactos têm-se dado de forma separada, onde acaba se perdendo a noção da interligação dos impactos, seja da implantação quanto do funcionamento e da operação de cada um e de todos os empreendimentos.
As formas de mitigação e de compensação precisam ser mais bem discutidas junto à comunidade. Uma boa medida implantada reduziu alguns impactos que foi, a não construção de alojamentos únicos e centralizados para os trabalhadores como queria a empresa. Os problemas gerados por eles são bastante grandes e já conhecidos em análises de situações similares. As ocupações de imóveis diversos em pontos diferentes ao redor das obas mitigam os problemas e as demandas sociais. A outra é a tentativa de contratação do menor número possível de gente de fora da região.
Por outro lado, outros problemas já surgem como, o estrago nas estradas e vias de acesso ao Porto do Açu, onde caminhões de transportes de pedras, desde Ibitioca estão provocando danos à pavimentação destas estradas que são grandemente utilizadas pelos campistas e pelos são-joanenses.
Os resíduos gasosos oriundos das queimas do carvão, o aquecimento da água do mar que será utilizada na refrigeração de equipamentos da termelétrica, o uso em abundância de água dos aqüíferos locais, o adensamento populacional em torno dos empreendimentos, tudo isso preocupam aqueles que desejam o desenvolvimento, mas temem as conseqüências geradas pelo porte e pela quantidade de empreendimentos que vão sendo paulatinamente sendo viabilizados em acordos comerciais feitos mundo afora.
Nestas negociações, o grupo EBX apresenta suas vantagens comparativas montadas e disponibilizadas aos futuros sócios e parceiros, como a cessão da área já adquirida, junto de uma infra-estrutura que está montada, com proximidades e facilidade acesso a insumos e ao escoamento pelo porto das mercadorias produzidas potencializam o interesse em novos negócios que vai tornando o empreendimento em algo gigantesco.
O porto do Açu tem previsão de início de operação para o começo de 2010. Na retroárea do Porto do Açu, será construída uma zona industrial para abrigo de um complexo siderúrgico, uma usina termoelétrica, até quatro usinas de pelotização de minério e áreas para tancagem de granéis líquidos e para processamento de petróleo.
O Complexo Portuário do Açu terá berços para movimentar minério de ferro, granéis sólidos e líquidos, contêineres, carga geral e produtos siderúrgicos, além de área de serviços complementares prestados por empresas especializadas, como expedição, integração intermodal, armazenagem e desembaraço aduaneiro.
Só a retroárea destinada para o depósito de minério de ferro é de três milhões de metros quadrados. Ao lado foi reservado uma área de 75 milhões de metros quadrados para futura instalação de um parque industrial ou consórcio de empresas. O porto terá um calado de 18,5 metros e capacidade para receber navios com capacidade de até 220 mil toneladas por viagem.
Ao fazer suas perguntas na matéria que deverá ser publicada no próximo domingo, o jornalista falou das informações obtidas com o Eike Batista em que este dava como certo a instalação de pelo menos uma siderúrgica e que está perto de um acordo com o grupo indiano Tata que em troca de sociedade com a MMX em uma mina no norte do país no Amapá instalaria no distrito industrial do Porto do Açu uma montadora de automóveis.
A informação dava conta de que a primeira siderúrgica do empreendimento estaria fechada com o consórcio ítalo-argentino da Techint e uma segunda poderia ser possível. Porém, o entrevistado era o blogueiro que se posicionou com preocupações sobre o tamanho dos impactos sobre toda a região e na apenas sobre o município de São João da Barra, sede do empreendimento.
Mesmo reconhecendo alguns esforços de mitigação e compensação dos impactos que as empresas do grupo EBX estão prevendo nos estudos e projetos contratados junto à prestigiadas consultorias especializadas na área, o porte dos investimentos e o fato de que o desenho, o tamanho e os tipos deles ainda estão sendo fechados em grandes negociações comerciais aumentam e tornam exponenciais seus resultados para o ambiente natural e social nesta área próxima ao litoral da região norte fluminense.
Estes impactos não representam a soma do impacto de um mineroduto, uma unidade de beneficiamento e exportação pelo porto do Açu de minério de ferro, mas junto já está aprovado, uma termelétrica à carvão, uma siderúrgica, etc. Todo o contato com a comunidade e a discussão dos impactos têm-se dado de forma separada, onde acaba se perdendo a noção da interligação dos impactos, seja da implantação quanto do funcionamento e da operação de cada um e de todos os empreendimentos.
As formas de mitigação e de compensação precisam ser mais bem discutidas junto à comunidade. Uma boa medida implantada reduziu alguns impactos que foi, a não construção de alojamentos únicos e centralizados para os trabalhadores como queria a empresa. Os problemas gerados por eles são bastante grandes e já conhecidos em análises de situações similares. As ocupações de imóveis diversos em pontos diferentes ao redor das obas mitigam os problemas e as demandas sociais. A outra é a tentativa de contratação do menor número possível de gente de fora da região.
Por outro lado, outros problemas já surgem como, o estrago nas estradas e vias de acesso ao Porto do Açu, onde caminhões de transportes de pedras, desde Ibitioca estão provocando danos à pavimentação destas estradas que são grandemente utilizadas pelos campistas e pelos são-joanenses.
Os resíduos gasosos oriundos das queimas do carvão, o aquecimento da água do mar que será utilizada na refrigeração de equipamentos da termelétrica, o uso em abundância de água dos aqüíferos locais, o adensamento populacional em torno dos empreendimentos, tudo isso preocupam aqueles que desejam o desenvolvimento, mas temem as conseqüências geradas pelo porte e pela quantidade de empreendimentos que vão sendo paulatinamente sendo viabilizados em acordos comerciais feitos mundo afora.
Nestas negociações, o grupo EBX apresenta suas vantagens comparativas montadas e disponibilizadas aos futuros sócios e parceiros, como a cessão da área já adquirida, junto de uma infra-estrutura que está montada, com proximidades e facilidade acesso a insumos e ao escoamento pelo porto das mercadorias produzidas potencializam o interesse em novos negócios que vai tornando o empreendimento em algo gigantesco.
O porto do Açu tem previsão de início de operação para o começo de 2010. Na retroárea do Porto do Açu, será construída uma zona industrial para abrigo de um complexo siderúrgico, uma usina termoelétrica, até quatro usinas de pelotização de minério e áreas para tancagem de granéis líquidos e para processamento de petróleo.
O Complexo Portuário do Açu terá berços para movimentar minério de ferro, granéis sólidos e líquidos, contêineres, carga geral e produtos siderúrgicos, além de área de serviços complementares prestados por empresas especializadas, como expedição, integração intermodal, armazenagem e desembaraço aduaneiro.
Só a retroárea destinada para o depósito de minério de ferro é de três milhões de metros quadrados. Ao lado foi reservado uma área de 75 milhões de metros quadrados para futura instalação de um parque industrial ou consórcio de empresas. O porto terá um calado de 18,5 metros e capacidade para receber navios com capacidade de até 220 mil toneladas por viagem.
2 comentários:
O momento de planejar e de conter o avanço desmedido e irresponsável - social e ambientalmente - é agora ou nunca mais!
Infelizmente nem os órgãos públicos (federal, estaduais e municipais) estão devidamente aparelhados para um enfrentamento profissional e os alertas comunitários adequados e devidos - se limitam passivamente, quando muito, a um esperneio legalista e desfocado da abrangência política (nacional e internacional)e das complexidades urbanas e rurais envolvidas...pobre de nós!!
Por outro lado, também as organizações civis e de classes perderam os seus reais propósitos em meio a tantos anos de corrupção, farturas e interesses pessoais de lideranças com o erário público...se tornaram tão passivas e omissas que só um novo MAIO DE 68 em nossa região para fazer frente a barbárie que se instalou por aqui - daí a enorme importância do "CHEGA DE PALHAÇADA"!
Colegiados Municipais e ou Estaduais paritários, constitucionalmente previstos, não temos nenhum em pleno e livre funcionamento..., incrível, Roberto, parece que teremos que assistir de camarote à mais esta invasão anunciada aos 4 cantos do Mundo pelo Sr. Eike Batista, o mega-especulador-empresário, que foi expulso da Bolívia exatamente porque planejava fazer lá o que agora está fazendo no Açú!!
No Brasil primeiro se visa o lucro, ou quanto vão arrecadar em impostos, depois é que vão ver o meio ambiente
Humberto-Cabo frio/RJ
Postar um comentário