Respondendo ao amigo-leitor e colaborador, Dr. Luis Tavares, este blog reafirma, que os resultados das escolas públicas de Campos melhoraram um pouco, especialmente na 4ª série, pouco na 8ª série, mas ainda são muito ruins. Repito: muito ruins!
Ao contrário do que diz, a matéria da página 7 e também a coluna da Ponto Final, na edição de hoje do jornal Folha da Manhã, em outro jornal, O Globo, a secretária de Educação confirma que ainda são muito ruins os resultados, culpa o governo estadual e o sistema de aprovação automática agora suprimido na rede municipal, como os motivos destes novos maus resultados.
Melhores do que os anteriores, mas ainda muito ruins, sem motivos de comemoração, até porque repito: municípios com pouquíssimos orçamentos têm resultados que podem ser chamados de animadores. Veja abaixo a matéria e tire você a sua própria conclusão sem deixar de ver aqui a nota anterior deste blog sobre o assunto.
Até por isso, é bom, este espaço de debates aberto pelos blogs. Assim você não precisa mais comprar gato por lebre. Mais: pode debater o assunto, ouvir diferentes opiniões, colocar a sua e tirar conclusões, refazer opinião, etc.
PS.: Para ver a imagem acima em tamanho maior clique sobre ela.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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5 comentários:
Perfeito, Roberto.
A matéria veiculada pela Folha faz supor que haja uma discordancia entre o que diz e o que o blog afirma.
Os dois afirmam então justo a mesma coisa.
O blog assume entretanto uma postura critica necessária.
A Folha faz a apologia da "melhora" da posição evitando comentar a catastrofe que parece ter contaminado a educação quando já era visivelmente perceptivel nos outros setores da vida publica de nossa cidade.
Obrigado por estar atento sempre.
Nós, seus leitores, trataremos sempre de estar atentos para evitar que a duvida cubra a clareza das ideias, sumo do pensamento a que nos acostumamos a beber por aqui.
Saudações tricolores.
:)
Esse episódio demarca definitivamente, para quem tem dúvidas, as possibilidades que os blogs e a internet oferecem como veículo alternativo de informação...
Eu queria entender algumas coisas...
Que moral tem pra dizer alguma coisa uma secretária de educação pública que é, AO MESMO TEMPO, gestora de uma instituição privada que recebe um "caminhão" de dinheiro dos cofres públicos municipais em programas até hoje não esclarecidos ?
Quem é a "gestão anterior" senão o mesmo grupo que ocupa a prefeitura por mais de 12 anos seguidos ?
Caro prof. Roberto
De antemão quero deixar claro que não tenho intenção muito menos interesse de defender a atual gestão municipal.
Sei que não podemos ignorar que:
1) Obviamente os investimentos em educação no nosso município estão muito longe do ideal (e do perfeitamente possível é preciso acrescentar).
2)A nomeação de gestores ainda praticada por aqui é absolutamente retrógrada e contra producente, servindo apenas aos interesses político-eleitoreiros da nossa inescrupolosa classe política no poder.
3) Além do investimento ser pequeno para o tamanho dos cofres municipais, o que se investe é, na maioria das vezes, mal investido, com medidas pouco efetivas que visam apenas publicidade e "maquiagem".
4) Na prática falta de tudo nas escolas e nossos sofridos professores muitas vezes precisam "pôr a mão no bolso" (lançando mão
de parte de seus "altos" vencimentos) se realmente quiserem viabilizar a realização de um boa prática docente.
Porém, também não acho justo que estes modelos de avaliação, como o SAEB, atualmente realizadas pelo MEC, sejam tomadas como subsídio suficiente para determinar a qualidade das escolas, redes e sistemas de ensino.
Na verdade, medir a qualidade da educação constitui tarefa de grande complexidade, pois, muitas são as variáveis intervenientes.
Ou seja, não é justo, adequado e até ético julgar boas e más instituições de ensino tomando por base resultados quantitativos (taxas de evasão, repetência, aprovação), pois, muitas vezes, os números podem ocultar e distorcer aspectos muito relevantes e significativos.
Em suma, não acho correto tomarmos os resultados do SAEB como referência absoluta para afirmar que escola, rede ou sistema de ensino está bem ou está mal.
Se observarmos melhor veremos que a educação básica no Brasil como um todo está "na UTI", e por um conjunto de fatores. Portanto, se realmente desejamos um futuro melhor para nossa Educação, precisamos levar mais a sério este tema e evitar análises simplistas, que normalmente apontam para soluções imediatistas e superficiais.
Um abraço
Caro Manoel Caetano,
Boas e pertinentes observações. Tanto pela confirmação das falhas e dos problemas cotidianos de infra-estrurura, da maquiagem e da falta de um apoio de fato ao trabalho docente como das limitações destes instrumentos gerais de avaliação do sistema e das escolas.
Temos condições, até pelo tamanho dos recursos de ter instrumento próprio de avaliação que ajudasse os gestores das escolas e de todo o sistema municipal a priorizar ações de correção dos problemas quanto de implementação de inovações tanto no curto, quanto no médio e longo prazos.
Sem dúvida seu comentário traz contribuições relevantes ao debate do tema. Agradeço e sugiro que possa ampliar sua opinião para um artigo sobre o assunto a ser aqui publicado.
Abs,
Roberto Moraes
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