65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, junho 27, 2008
Câmara de Campos: menos candidatos e pior previsão
Para quem reclama (e com razão) da qualidade da representação da atual Câmara de Vereadores de Campos, não pode imaginar, o que deverá ser a nova legislatura a ser eleita em outubro. Este blog já fez aqui uma previsão de que, apesar dos pesares, deveremos ter uma das mais baixas taxas de renovação.
Numa rápida análise em algumas nominatas dos partidos e/ou coligações permitem supor que os “novos” nomes poderão ser ainda mais “complicados” que alguns atuais.
Em 2004 tivemos 363 candidatos a vereador. Apesar da Lei 9.504/97 prever o mínimo de 30% de candidaturas de cada sexo, na eleição de 2004, Campos teve 275 candidatos homens (76%) e 88 (24%) mulheres. A expectativa é que as convenções que serão realizadas, até a próxima segunda-feira, 30 de junho, aprovem uma relação com 20% a menos de postulantes, ou seja, algo em torno de 300 candidatos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Caro Roberto,
Não disponho de números, mas creio que essa pequena taxa de renovação não deve ser fenômeno exclusivo de Campos ou apenas de câmaras municipais...
Foi criada uma barreira:
o aumento do coeficiente eleitoral diminuiu a "oxigenação" da Câmara que mantém em suas legislaturas os mesmos que desfrutam dos milhões de motivos de convencimento do eleitor...
Eleição tornou-se cara e afastou a possibilidade de participação de candidatos das classes menos favorecidas (aqueles sem recursos para "torrar" em campanhas)...
Esse sistema de restrições já demonstrou, ao menos para os campistas, que não fortalece a democracia...
um abraço.
e até depois das férias...''
antecipando;
uma chapa será arnaldo+rock
com apoio do pt e psdb
Prezados Roberto e Xacal,
O número de candidatos nas eleições proporcionais está em declínio constante em todos os municípios - e há, pelo menos, 3 eleições. Xacal apontou uma das possíveis explicações, o custo da campanha.
Não obstante, observa-se uma diminuição nas candidaturas "amadoras", aquelas que candidatos obtiveram de 0 até 20 votos. Esses "azarões" estão desistindo da competição. Mas não somente pelo custo das campanhas, pois eles nunca gastaram muito, as esperanças de ganhar sempre foram muito baixas. Em realidade, na sua grande maioria, são candidatos "induzidos" pelos partidos para fortalecerem a nominata - trazer o foto da família para a legenda. Poderia-se dizer que são os "marinheiros de primeira eleição".
Em parte, isso pode ser explicado pelo aumento da competição eleitoral em praticamente em todos os municípios brasileiros (fruto da nacionalização dos partidos). Obviamente, uma forte profissionalização das campanhas. Cada vez há menos espaço para os amadores.
Isso não é, necessariamente, um aspecto negativo. A tendencia é de decantação do sistema e de uma maior previsibilidade com a diminuição da volatilidade eleitoral.
Grande abraço,
Vitor Peixoto
Postar um comentário