“Há um ano, Ubirajara foi aprovado no concurso do Banco do Brasil. Ficou na 136ª colocação no Recife. Eram mais de 19 mil candidatos. Na última semana, finalmente, foi convocado para assumir o cargo. Porém, Ubirajara sequer tinha um documento. Nem a certidão de nascimento. Este homem praticamente não existia para a sociedade. Ele mesmo se sentia “invisível”, talvez até “irreal”. Isso explica porque durante a entrevista para esta reportagem, Ubiarajara perguntou várias vezes que impressão estava causando. “O que será que as pessoas vão pensar de mim?”, questionava, com a insegurança de quem está se sentindo real pela primeira vez na vida. Há 12 anos, Ubirajara da Silva mora pelas ruas do Recife...” Este caso mostra como o jornalismo, bem feito, ajuda a sociedade repensar até os seus valores. Uma boa história bem contada é tão saborosa quanto o seu conteúdo que mostra uma oportunidade de inclusão social.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, junho 28, 2008
Da praça para o Banco
“Mendigo passa no concurso do Banco do Brasil”
A história de Ubirajara Gomes da Silva morador do Recife vem sendo amplamente divulgada na internet. A matéria do link abaixo foi feita pelo jornalista Fred Figueroa para o Diário de Pernambuco. Veja um pequeno trecho abaixo e matéria na íntegra aqui.
“Ele nunca fez lição de casa acredite. Dormindo há 12 anos na rua, um homem passava os dias estudando sozinho e acabou passando no concurso do Banco do Brasil”.
“Hoje, Ubirajara Gomes da Silva deve começar a fazer os testes exigidos para ser contratado como escriturário pelo Banco do Brasil. São testes de saúde e uma entrevista que funciona como teste psicológico. Nele, Ubirajara terá que contar a sua vida. Até a madrugada de ontem, ele não sabia que história contaria. Tinha medo de contar a verdade. Uma verdade que ele mesmo considera inacreditável”.
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2 comentários:
"A mesma praça, o mesmo banco,
As mesmas flores, o mesmo jardim..." Lembrando o velho Ronnie Von da jovem guarda.
Penso que o sistema de ensino brasileiro poderia aproveitar essas e outras situações evidentes para uma grande e grave reformulação de seus cnonceitos e projetos.
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