domingo, junho 01, 2008

Descartando?

O colunista Merval Pereira faz ontem e hoje, em sua coluna no jornal O Globo, uma análise da situação política do estado, insinuando, inclusive em título, que é hora da virada. O título da coluna de ontem é “Rio, hora da virada”. A de hoje “Clientelismo”. Ele resume dizendo que o marco do clientelismo é o Chagas Freitas e também insinua até com a opinião do economista e pesquisador Mauro Osório, que o fim dele se esgota em Garotinho. Todos sabem que o jornalista tem suas quedas com os tucanos. Daí que não seria agressão e muito menos "forçação" de barra, a interpretação, de que teria ido para o espaço, a idéia de alguns peessedebistas, de uma possível aliança com o ex-governador, para 2010. Tirando possíveis interpretações das entrelinhas dos textos do Merval, é possível por lá, também identificar, uma informação que não seria do domínio de muita gente como: “Pouco antes de ser acusado pela Polícia Federal, Garotinho preparava-se para se licenciar do PMDB para apoiar a candidatura do bispo Marcelo Crivella, coisa que na prática já faz com a juventude do PMDB comandada por sua filha, a candidata a vereadora Clarissa Garotinho”. A informação acima se contradiz com a da outra coluna Informe JB, também de ontem, de outro jornal, citada abaixo “Dedo político” que dá cacife a Garotinho para derrubar, dentro do PMDB, a aliança de Molon candidato do PT na capital com o governador Cabral. Relembre: “O curioso da história: a acusação do MP e a operação da Polícia Federal saem a poucas semanas da decisão sobre a chapa PT-PMDB para a prefeitura no Rio, hoje mais para cair do que para ser lançada. Garotinho, presidente estadual do PMDB, tem força e delegados para derrubar a aliança, na caneta ou numa convenção”. O que a coluna do Merval parece evidenciar, tirando uma informação ou interpretação, aqui ou acolá, é que é hora do Rio, de todo o estado e não apenas a região metropolitana, passar a ter uma prática política que saia das delegacias e dos tribunais, para o debate dos programas e projetos de políticas públicas, que avancem sobre as demandas da população, e não sobre o jogo eterno da disputa de poder. Aliás, o desejo é que o mesmo ocorra em nossa querida Campos dos Goytacazes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Faltou ao arguto blogueiro registrar também, o comentário do insuspeito jornalista Janio de Freitas do jornal Folha de São Paulo quanto à truculência do MPF com relação ao possível envolvimento do ex-governador no caso rumoroso do final de semana. Por outro lado, um comentarista de Brasília do JB estranhou a coincidência entre a resolução da chapa PT-PMDB na cidade do Rio e todo aparato de mídia colocado em torno do mesmo caso. Aliás a nota é intitulada -"pegou pesado". Com relação à Campos a desmoralização das elites políticas é total, não restando nenhum partido que neste momento possa empunhar a bandeira da " moralidade".

Anônimo disse...

Sr. caro e "anônimo" Garotinho,

Dizer que não há ninguém em Campos para ser alternativa ao seu grupo político e ao sub-grupo que criou e ensinou a "trabalhar" é desespero de quem vai ver que, depois de 20 anos, a banda passou.

Garotinho é como você gostava de dizer "quem prometeu e não fez perdeu a vez".

Vem coisa gente e disposição nova por aí!