65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, junho 17, 2008
Mais uma boa reflexão proposta pelo Nassif: será que o presidencialismo não se esgotou?
O texto “O modelo político e a estabilidade” publicado hoje, no O Dia Online, trata o tema da complexidade na política de uma forma interessante. A discussão vale para o plano federal, estadual e também municipal. Veja alguns trechos abaixo. Se desejar clique aqui leia o artigo na íntegra.
“O avanço das democracias jogou para segundo plano as quarteladas, os golpes militares. Mas permitiu uma nova forma de golpe: as denúncias, multiplicadas pela mídia, servindo como álibi para CPIs que deponham o presidente eleito. Aconteceu com Fernando Collor, quase aconteceu com Fernando Henrique Cardoso no segundo mandato, quase aconteceu com Lula no período do "mensalão". É um fantasma”.
“Dentro desse quadro, escândalos são utilizados da mesmíssima maneira que aqueles que estimulavam intervenções militares. Cria-se a catarse e a oposição, quando se torna maioria, abrevia o mandato presidencial sem a necessidade de esperar as próximas eleições. Nos últimos 18 anos, essa prática tornou-se perigosamente banal. Principalmente porque o modelo político, com financiamento de campanha e muitos cargos de confiança, favorece os abusos. E as denúncias passam a ser seletivas. Escolhe-se primeiro o alvo, depois a denúncia adequada”.
“A dúvida vem daí. Um sistema mais flexível — o parlamentarismo, por exemplo — ajudaria a amortecer as pressões ou a ampliá-las? Em países politicamente maduros, uma crise institucional provoca a queda do gabinete parlamentarista — não a da presidência —, obrigando a um novo rearranjo entre presidente e Congresso”.
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Um comentário:
Nassif, como sempre, um piadista. Modelo parlamentarista? Daqui a uns 20 anos, talvez...
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