65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quinta-feira, junho 26, 2008
O jornal frente às novas mídias, inclusive, os blogs
A discussão sobre o assunto rolou em duas entrevistas no caderno Prosa & Verso no jornal O Globo, deste último sábado. A primeira com o pesquisador inglês Charlie Beckett autor do livro recém-lançado no seu país “SuperMedia: saving journalism so it can save the world” (SuperMidia: salvando o jornalismo para que se possa salvar o mundo) que disse entre outras coisas:
“Todo mundo hoje é digital de uma certa maneira. Mesmo que você esteja escrevendo algo tão “antiquado” quanto um livro, você pesquisa on-line e conversas com as pessoas via e-mail. Não é mais uma questão de escolha também em relação ao tal jornalismo do cidadão, embora o conceito para mim seja muito mais amplo do que gente escrevendo blogs ou enviando fotos para websites. Trata-se do cidadão buscando informação com mais autonomia. Antes havia o monopólio da notícia, e os jornalistas eram praticamente as únicas pessoas que podiam produzir e distribuir notícias”.
A segunda entrevista foi com o jornalista Lourival Sant`Anna autor do livro “O destino do jornal”. Ao responder uma pergunta sobre a opinião de editores que entrevistou sobre os caminhos que os jornais poderiam trilhar, a partir do crescimento da internet, “como reportagens especiais e um viés mais “interpretativo” das edições” o escritor foi incisivo:
“As redações estão estruturadas para a notícia no seu estado, digamos, bruto. São muito grandes, com muitos jornalistas, condicionados a apenas noticiar os fatos, reproduzir dados e transcrever declarações. Não é assim que o jornal vai se diferenciar dos outros meios e assegurar o seu espaço no mercado. O jornal tem de investir naquilo que ele faz melhor que outros: contar a história, com começo, meio e fim, com uma narrativa que dê prazer e sentido à notícia; contextualizar e interpretar”.
Um bom debate.
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