65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, junho 21, 2008
Rede Blog: “Rabo preso: clientelismo e voto em Campos”- II
Por favor, não venham com os chavões que tentam ver nos programas de renda mínima, com qualquer nome que tenham, nos estados e nos municípios, como os principais responsáveis pelo quadro que se pode chamar de clientelismo.
No caso de Campos é crucial enxergar a dependência que a elite econômica passou a ter da nova elite política. Com raras exceções industriais, construtores e comerciantes bajulam os gestores nas suas demandas por subsídios e apoios de diversas naturezas e formas.
A classe média também. Até os chamados profissionais liberais, que nas cidades de porte médio como a nossa vivem e trabalham independente dos gestores, por aqui foram se pendurando nos convênios e ainda mais recentemente, na busca de oportunidades de trabalho para seus filhos, constituindo num novo e representativo grupo de rabos presos que sustentam o clientelismo para baixo da pirâmide social.
Para, além disso, os já famosos contratados. Alguns, nesta situação de dependência, desde o início do Muda Campos há vinte anos. Outros acabaram chegando nesta enxurrada que se seguiu à maravilha dos royalties. Até as igrejas, não todas, talvez em sua maioria, passou a ter dependência de convênios para fazer filantropia e assim se manterem também presas ao chefe-patrão-eleitoral que, ano sim, ano não vai cobrar a conta. Mais que dar nomes aos bois, melhor explicar o caminho da manada, ou não?
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