65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sexta-feira, junho 20, 2008
A surpreendente 38ª colocação de Campos na geração de empregos em 2008
Notícia boa se comemora. Até porque, ultimamente, ela tem sido coisa rara na nossa terrinha. É o único município do interior do estado na lista na lista do ranking dos 50 municípios brasileiros que tiveram maiores saldo de empregos.
Sem querer jogar água no chopp e muito menos ser aquele chato que está sempre vendo o lado ruim das coisas, mas, ao mesmo tempo, tentando entender este bom desempenho até, para se for o caso, investir nos acertos e corrigir os erros, algumas questões ficam em aberto neste início de análise.
Sequer tive tempo de observar detalhadamente o ranking. Muito menos observar na Caged, quais foram os setores da economia que propiciaram este magnífico saldo, comparado com os cinco primeiros meses do ano passado, mas de antemão, apenas por acompanhar, com alguma constância e interesse estes dados do emprego, não só em Campos como em toda a região, é que me vejo instigado por dúvidas, tais como:
1) Por que Macaé que sempre apareceu em todos os rankings de emprego formal no estado, não está nesta lista?
2) Entre 2007 e 2008 não tivemos o incremento de nenhum projeto de porte para contribuir mais fortemente com este resultado. Nem mesmo o Fundecam poderia explicar. Se juntarmos todos os projetos financiados pelo fundo, desde 2002, tem uma estimativa total, próxima deste saldo de 4.784 empregos, indicado, só nos cinco primeiros meses de 2008;
3) Como explicar este resultado, exatamente agora em 2008, quando na metade dos cinco primeiros meses existiu, o 11 de março, que gerou uma crise significativa, que até hoje se mostra forte, com a interrupção de diversos empreendimentos?
4) A explicação não se sustenta na atividade agropecuária porque nada de novo foi gerado, a não ser o crescimento paulatino que se verifica há, pelo menos cinco anos, da formalização do emprego rural, após intenso processo de fiscalização do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho;
5) É possível que as contratações para a construção do Complexo Portuário do Açu estejam reforçando este número com registro de empregos em Campos;
6) Outra possível explicação seria a contabilização destes empregos públicos via terceirização, terem aparecido só agora, por conta do imbróglio que tem sido este vai-e-vem de contratos do PSF e demais setores ligados à prefeitura.
O blog torce para que estes números sejam reais e explicáveis, porque só assim podemos identificar os acertos para buscar sua ampliação. O blog promete arrumar tempo para analisar melhor a questão. Enquanto isso é bom comemorar, comedidamente, até pela quantidade de gente, que ainda busca empregos e também pelas outras que terão que sair, por ordem judicial, dos cargos públicos da prefeitura.
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