A matéria está em O Globo de hoje:
“Nos últimos oito meses, o Ibama autuou a MMX cinco vezes por uso de madeira com documentos falsos ou sem comprovação de origem. As multas, que ainda não foram pagas, somam R$ 29,4 milhões. No fim de 2007, a mineradora chegou a ser punida por usar madeira extraída clandestinamente da terra indígena Kadweu, próxima a Corumbá. — Hoje, a MMX é a usina que mais aquece a indústria do desmatamento no Pantanal — disse o chefe do Ibama na cidade, Ricardo Pinheiro Lima”.
“A direção da MMX negou, por intermédio de nota, irregularidades nas suas atividades e informou que recorreu contra as autuações do Ibama por considerar que “nenhuma das multas aplicadas procede”. A empresa disse ainda respeitar as leis ambientais e prometeu conquistar a autosuficiência na produção de carvão de reflorestamento até 2017. “A MMX pauta todas as suas ações em harmonia com a estrita legalidade e em absoluta obediência às normas vigentes”, diz a nota. A empresa não quis comentar as investigações da PF”.
“Enquanto tenta se defender das acusações, a empresa mobiliza advogados para enfrentar ações que impedem a ampliação de seus negócios no estado. Nos últimos dias, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região rejeitou dois recursos que pediam a retomada da construção de uma usina de laminados em Corumbá. A licença foi suspensa pela Justiça Federal, que considerou insuficientes os estudos de impacto ambiental. Outro braço da holding, a MPX, enfrenta oposição do Ministério Público ao projeto de erguer uma termelétrica no pólo”.
“Ações por suspeita de irregularidades no licenciamento ambiental também atrasam a construção de termelétricas do grupo em Pecém, no Ceará, e São Luís, no Maranhão. Em Minas Gerais, a Justiça ordenou a paralisação das perfurações da MMX em Conceição do Mato Dentro por desmatamento ilegal. Em São Paulo, o Ministério Público Federal acusa a LLX, a empresa de logística de Eike, de oferecer vantagens indevidas a índios para construir um porto e uma ilha artificial numa reserva em Peruíbe”.
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