65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
domingo, julho 20, 2008
Produtores de água
É assim que o novo ministro do Meio Ambiente, Carlo Minc se refere aos produtores rurais que estão aderindo a projetos de apoio e financiamento, só que ao invés de plantarem alimentos, eles plantam árvores para reativar córregos e nascentes para que estas voltem a produzir água aumentando nosso potencial de recursos hídricos.
Ainda como secretário estadual Minc, mobilizou empresas para apoio e financiamento a estes projetos. Há um deles em andamento na região de Bom Jesus. Bom que estas idéias saiam do papel para a realidade. Além dos resultados práticos, ela mais que muitas palavras, trazem consciência ambiental à população do interior de nosso país.
Está aí também uma boa oportunidade para pequenos produtores locais. A prefeitura poderia organizar, via Secretaria Municipal de Meio Ambiente, um projeto nesta linha com uso de uma pequena parcela dos recursos dos royalties, mais apoio do governo do estado e federal na criação de corredores ecológicos.
O blog já comentou aqui sobre a necessidade de se aliar o apoio do Fundecana, usado para viabilizar o aumento do plantio de cana, a obrigatoriedade da destinação, de pelo menos 5% das propriedades contempladas, para o plantio ou re-plantio de mata nativa. A união de uma idéia à outra poderia ser interessante. O problema é encontrar gente interessada em boas políticas públicas.
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Um comentário:
Roberto,
Acompanhei de perto um projeto de reflorestamento, com recursos do BID e da Prefeitura de Italva, numa nascente quase morta daquele município. Os produtores (agricultura familiar)arrancaram as árvores e perderam a água. Um produtor aceitou o projeto e, em menos de dois anos, a água voltou. Ele deu pulos de alegria. Conseguiu irrigar sua pequenina lavoura e ainda abriu um tanque onde criava peixes, tudo sob orientção técnica. Em três anos tinha carro, parabólica, luz n propriedade, geladeira e outros bens duráveis.
O prefeito Glycério Alvaro da Rocha e os técnicos do BID tentaram convencer os demais produtores, mas eles queriam dinheiro. Não aceitaram o projeto de reabilitação do rio Santo Antônio, que virou um simples córrego. Não acompanhei mais o projeto, que era de um milhão de dólares. Mas o governante deveria ter peito para "plantar água" e o Judiciário deveria agir, pois quem matou as nascentes foram os proprietários. Então, que eles reflorestem as nascentes por força de lei e as Prefeituras têm a obrigação de cuidar delas, caso os proprietários se neguem. E, se cortarem as árvores, que sejam processados e punidos.
O projeto do BID previa a reabilitação dos cursos dágua da bacia do Muriaé e o reflorestamento de nascentes e margens do rio em alguns pontos.
Avelino Ferreira
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