quinta-feira, julho 31, 2008

Vitória do software livre

O MPF assim como o governo federal estão aumentando a pressão pelo uso dos software livre. O professor Jefferson Azevedo vice-diretor do Cefet remeteu para o blog um ofício recebido pelo MEC com orientações do Ministério Público Federal exigindo que nos próximos concursos públicos seja obrigatório, o conhecimento de software livre e, excepcionalmente, e só em casos justificados quando não houver similar em software livre, é que poderá solicitar conhecimentos em software proprietário, em atendimentoa política do Governo Federal no estímulo e adoção desta plataforma tecnológica, na perspectiva de melhor uso dos recursos públicos. Esta é uma grande vitória da política tecnológica nacional defende o professor Jefferson.

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Robertinho, vc conseguiu arrumar uma saída para defender sua cria. Mas já era. O erário já foi sugado e os alunos enganados.
Vamos arrumar outra via para a reeleição??

Anônimo disse...

Roberto Moraes

Enviei-te o postado abaixo, no dia 02 de junho, se não me falha a memória, quando se discutiu a importância da informática no setor público. E agora, acabei de me deparar com um postado seu sobre um oficio do Ministério Publico, orientando que nos concursos públicos seja testado o conhecimento dos candidatos em softwares livres, o que eu estou plenamente de acordo.

Por achar que o texto escrito, naquela época, permanece atual e está dentro do tema, e que não basta somente cobrar conhecimento dos candidatos nos concursos, se o serviço público não adotar como regra o softwares livres, estou reenviando o texto abaixo para auxiliar na discussão.


Concordo plenamente com você. A informática é hoje, uma importante ferramenta no setor público, pena que, ainda, é pouco explorada pela maioria das prefeituras e a de Campos não foge a regra.

No setor público de saúde, que é a minha área, sou médico, especialista em gestão de saúde pública, posso afirmar sem medo de errar, que a informática, está extremamente desenvolvida. Ela, hoje, cobre toda a gama de procedimentos, desde a simples marcação de consultas e exames, até o prontuário eletrônico, passando por prescrições eletrônicas e controle de estoques, em que permite ao médico e ao administrador, saber de antemão, qual o remédio que tem ou está em falta na farmácia pública, por exemplo. Além de muitas outras funções, como retirar pela internet, resultados de exames, sem que o paciente necessite voltar ao laboratório para pegar o resultado, ou ainda, ao retornar a consulta o seu exame já estar anexado ao prontuário. Enfim o uso da informática e da internet, na área da saúde pública é viável e relativamente barata e talvez seja a que traga o retorno mais imediato ao cidadão, principalmente se considerarmos o conforto, a confiabilidade e a economia de tempo e de recursos que proporciona ao paciente e ao sistema público de saúde.

Porém, percebo um problema que impede uma maior informatização do setor público, em geral, e da saúde pública, em particular. É o custo de implantação e manutenção do sistema. Por mais incrível que pareça, não estou me referindo ao custo da implantação da infra-estrutura necessária e da compra dos hardwares, por que o preço destes está diminuindo, aceleradamente, e se diluem durante a vida útil do equipamento. Estou me referindo aos custos de aquisição e manutenção mensal dos sistemas operacionais e dos programas, que são utilizados. Os programas específicos, por exemplo, na área da saúde, são comprados ou “alugados” e são extremamente caros. Além da maioria das empresas que criam esses softwares, ao venderem ou “alugarem” esses programas, exigem a assinatura de um contrato manutenção, que é pago mensalmente, que também é bastante caro. Esse contrato tem a finalidade de garantir a correção de possíveis erros e defeitos e garantir o fornecimento de atualizações periódicas do programa, o que deixa o setor público refém dessas empresas, enquanto utilizarem o programa. Só para ilustrar os programas utilizados para gerenciar, somente a área de assistência e apoio à mesma, em hospitais públicos, custa de manutenção, mais de 20 mil reais por mês.

Hoje temos excelentes softwares livres, que foram aperfeiçoados por instituições públicas, como por exemplo, a versão do Linux, que substitui o Windows, como sistema operacional e o Open Office que possui as mesmas funções do Office da Microsoft que foram aperfeiçoados e adaptados pelo CEFETCampos, para seu uso, e são de excelente qualidade, não ficando a dever, em nada, aos softwares pagos.

Na área da saúde o DATASUS, possui vários programas gratuitos, voltados para o gerenciamento das diversas atividades ligadas ao atendimento em saúde. Porém, esses programas são pouco utilizados, pelas instituições públicas de saúde, que preferem comprar programas caríssimos, a conhecerem e adaptarem os do DATASUS as suas necessidade.

Devido aos custos, a informatização plena do setor público, só será possível quando os órgãos públicos passarem a só utilizar softwares livres ou desenvolvidos por instituições publicas e adaptados as suas necessidades. Infelizmente, a verdade é que a utilização de softwares livres, raramente é bem aceita pelos dirigentes públicos, por ignorância ou talvez pelos interesses e os valores envolvidos, tornando-se um importante foco de corrupção.

Sou de opinião, que as instituições públicas só poderiam utilizar softwares livres, ou produzidos nas instituições públicas e adaptados as suas necessidades, com os códigos fontes abertos.

O CefetCampos, assim como outras instituições públicas de ensino, que possuem cursos ligados a área de desenvolvimento de softwares, deveriam criar condições e incentivarem a criação de núcleos de desenvolvimento de softwares livres, para aplicação nos diversos setores da administração publica. Além de utilizarem os seus micródromos, fora dos horários de aula, para promover a inclusão digital dos mais carentes, ensinando-os a utilizar os softwares livres.

Acredito que esse seja um dos caminhos para plena informatização do setor público e para a inclusão digital.

Um abraço

Guerreiro