65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
quinta-feira, agosto 21, 2008
Governadores do ES, RJ e SE manifestam posição contra mudança na distribuição de royalties
A informação é do Globo On Line:
"Os governadores dos três estados mais interessados na produtores de petróleo defenderam hoje no Rio após uma discussão mais profunda o modelo que vai viabilizar a exploração do petróleo na camada pré-sal no país sobre a questão".
"Sérgio Cabral, Paulo Hartung e Marcelo Deda, de Sergipe defenderam a manutenção das atuais regras sobre a distribuição e pagamento dos royalties no país, mas sugeriram uma elevação na Participação Especial (PE) para aumentar a arrecadação em um momento de alta no barril de petróleo no mercado mundial. Eles demonstraram disposição de discutir futuras normas para o pré-sal, mas se mostraram preocupados com os rumos desse debate no Brasil".
"Enquanto continuar essa esquizofrenia, o Brasil não ganha... veja o que aconteceu com as ações da Petrobras. È preciso prudência. Casuísmo não vai bem. Aqueles que estão provocando um debate precipitado não estão no bom caminho. São irresponsáveis", disse o governador do Rio, Sérgio Cabral, sem citar nomes".
"O governador de Sergipe, Marcelo Deda, vê no debate sobre o pré-sal muita desorganização e movimentos oportunistas. "O país precisa ter tranquilidade para enfrentar a boa notícia (pré-sal). Não dá para compreender a intraquilidade com uma boa notícia. Pedimos prudência a todos que interagem no debate com o Congresso, Câmara e Senado", disse Deda".
"Não vamos deflagrar uma batalha de Itararé antes de saber quais são os territórios que precisam ser conquistados...é preciso primeiro que a galinha cumpra o seu papel antes que o ovo chegue a mesa", acrescentou o governador de Sergipe, ao lembrar que para extrair o petróleo do pré-sal serão necessários ainda muitos estudos e investimentos".
"Os governadores disseram que estão abertos à discussão sobre o modelo ideal para a monetização da nova fronteira petrolífera brasileira, mas defendem algumas mudanças na legislação atual. Eles sugerem um aumento da participação especial paga por campos com alta produção".
"Caminhamos na mudança da PE para repor a participação governamental. Com o petróleo em alta há uma defasagem e essa alteração já foi feita no mundo todo. Até o mercado de petróleo concorda", afirmou o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, que confirmou que no dia 2 de setembro o presidente Lula estará no seu Estado para inaugurar a primeira produção no pré-sal".
"O óleo será extraído de um dos quatro poços do campo do Parque das Baleias, Jubarte, e vai produzir cerca de 20 mil barris ao dia retirados de uma profundidade de cinco mil metros.
Alguns integrantes do governo, entre eles o senador petista Aloísio Mercadante, defendem que os royalties do petróleo sejam distribuídos para um maior número de municípios e não fiquem restritos às cidades afetadas pela produção de óleo".
"Não há porque discutir sobre esse ponto... defendemos respeito aos contratos. Há um certo oportunismo nisso", avaliou Cabral. A PE mais elevada daria mais receita à União, que pode redistribuir os recursos (para outros municípios)", acrescentou Cabral, ao lembrar que em 2007 o governo federal arrecadou 7 bilhões de reais com PE e royalties, e a perspectiva para esse ano é de uma receita de 10 bilhões de reais".
A chamada camada pré-sal se estende por 800 quilômetros do Espírito Santo a Santa Catarina e pode conter bilhões de barris de petróleo e colocar o Brasil entre os grandes produtores mundiais.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; Edição de Denise Luna)
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Um comentário:
Roberto,
Não entendo muito sobre os Royaties do petróleo.
Parece ser uma especie de indenização ambiental para com os municípios...
Tem uma matemática de demarcação dos limites mar/terra e tal...
Mas percebo que se esses recursos fossem bem aplicados, os municípios estariam com uma taxa alta de desenvolvimento(sustentável).
Entretanto, parece que "os royaties" virou uma arma de poder e disputa, onde políticos fazem a farra e o oba-oba !(vide Campos dos Goytacazes).
As novas descobertas do pre-sal, faz com que novas ideias de arrecadação e até novas empresas sejam colocadas em pauta.
Gostaria que alguem que entenda do assunto (royaties)colocasse um comentário, sobre " o que são os royaties".Esse tipo de conhecimento é necessário pois a nossa cidade é uma das mais beneficiadas e vivemos quase que exclusivamente dos RoYAtIeS.
Uma coisa sabemos.
Se o royaties acabarem ficamos sem nada, visto que não temos industrias nem fabricas,apenas umas olarias e alguns canaviais !
Afinal, o que é Royaties do petróleo ?
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