As pesquisas estão virando caso de polícia

Quem conhece minimamente as metodologias de pesquisas sabe que é impossível para um mesmo período tamanha discrepância. O blog está se referindo às pesquisas do Ibope e do Sensus sobre as eleições de Campos divulgada ambas ontem. Relembrando: Ibope: Rosinha 43% x 36% Arnaldo; 2° turno: Rosinha 48% x 38% Arnaldo; Sensus: Arnaldo 46% x Rosinha 37%; 2° turno: Arnaldo 55% x 35% Rosinha; A diferença entre uma e outra no 1° turno fica entre 7% e 10%. No 2° turno entre 13% e 17%. É um absurdo. Faz lembrar as pesquisas na última eleição para governador na Bahia. Lá mais de uma pesquisa dava a vitória de Paulo Souto no 1° turno e o seu concorrente, Jaques Wagner foi quem ganhou, sem necessidade de 2° turno. É também sempre muito comentada a história de venda ou compra do resultado de pesquisa com negociações de percentuais, dentro das margens de erro. Porém, também se diz que os institutos que usam deste expediente, nunca faziam isto, na última semana da eleição, para não perderem credibilidade junto à opinião pública. O blog não pode saber qual dos dois institutos está certo. O certo é que a matemática ou a estatística não explicam esta diferença. Certo é que um está errado. Difícil será provar se houve ou não contratação de algo, para além da amostragem nestas pesquisas. Porém, é querer dar diploma de otário aos campistas com a apresentação destes distintos e inusitados resultados como natural. Pode ser que um e-mail recebido pelo blog explique esta inusitada situação. Ele dá detalhes sobre uma mesa comemorativa, à meia-noite da sexta-feira da semana passada, no restaurante Porção, na avenida Infante Dom Henrique no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Lá assessores de um candidato campista, junto com gente da imprensa e diretores de um destes institutos de pesquisas saudavam com vinho a comemoração da “contratação” de uma destas pesquisas. O blog não tem motivos para acreditar ou desacreditar do teor deste e-mail, mas pode afirmar: “Estas pesquisas são caso de polícia”.