A eleição de BH merecerá análises e estudos

Esta eleição de segundo turno tende a seguir a tendência já demonstrada pelo voto do eleitor no dia 5 de outubro. Tirando alguns casos, de uma mais disputa mais acirrada, como a da eleição de nossa capital, o caso que merecerá estudo dos analistas políticos e marqueteiros é a da eleição de Belo Horizonte. O candidato apoiado pelo governador Aécio, Márcio Lacerda e pelo PT, que atualmente conduz aquela prefeitura, antes da campanha na TV esteve atrás de uma candidata do PC do B. Depois liderou com folga, até chegar empatado no dia 5 de outubro com candidato, para nós desconhecido, deputado do PMDB, Leonardo. A maior estranheza foi a vantagem de 15% que há uma semana o Leonardo (PMDB) chegou a colocar sobre o candidato da coligação PSB/PT apoiada por Aécio. Pois bem, na pesquisa de ontem, uma inversão de 30%, em relação à anterior, com este virando 15% na frente do candidato do PMDB. Alguns poderão dizer que se tratou de equívoco do instituto de pesquisa, mas, esta oscilação do eleitorado, foi percebida por mais de um instituto, o que faz acreditar que de fato ela aconteceu. Sendo assim, para explicar este fenômeno, deve ter havido algo diferente. O fato pode ser explicado pelas propagandas eleitorais que podem ter mostrado algo esclarecedor ou importante, para que uma parte tão expressiva do eleitorado mudasse assim, tão rapidamente, de intenção de voto. Independente do resultado de hoje, esta eleição de Belo Horizonte já pode ser considerada importante objeto de estudo de análises de campanha política e do comportamento do eleitorado.