Ampliando o exemplo da Ampla

O blog tomou a liberdade de pegar no site do Monitor Campista o artigo do jornalsta Vitor Menezes publicado na edição de hoje. Um texto que merece ser lido e refletido como diretriz tanto no que diz respeito a políticas públicas que sejam independentes da prefeitura, quanto na proposta de pressão para atração de propostas semelhantes a serem bancadas por outras empresas. Vale sua leitura: "O exemplo da Ampla" "Termina hoje em Campos o Festival Educação e Cultura Ampla, evento que a concessionária de energia elétrica realiza em outros municípios e que acontece pela primeira vez aqui na terra plana. É um exemplo para muitas outras empresas que atuam na cidade, mas não investem na cultura local. O Itaú, que por anos se beneficiou de convênio com a Prefeitura de Campos e possui vasta rede no município, não parece cogitar trazer para a cidade o excelente projeto Itaú Cultural, que entre outras iniciativas mantém o Rumos, de incentivo a novas produções. O banco Real também investe em patrocínios culturais e restaura prédios históricos. O Unibanco mantém o Instituto Moreira Salles, com ênfase no patrocínio de produções para o cinema. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil mantêm centros culturais. Nada disso, no entanto, em Campos. A maior devedora nesta área, para o município, é a Petrobras. A companhia é a maior patrocinadora de cultura do país e não desenvolve projetos próprios e permanentes em Campos, de onde extrai mais de 80% do petróleo que a sustenta. Limita-se a patrocinar ou ser parceira em alguns eventos, mas não investe aqui em uma ação duradoura, como faz, por exemplo, no Centro Cultural Petrobras-Mangueira. E é preciso lembrar que estas iniciativas não são ações de caridade das empresas. Além de serem beneficiadas com descontos fiscais quando investem em cultura, elas têm um retorno de mídia espontânea para seus eventos (olha aí a Ampla sendo citada gratuitamente no título) e agregam valor à sua marca. O retorno é muito maior do que o investimento. Quanta simpatia devotamos à Petrobras quando vamos assistir a um filme nacional e lá está: “Petrobras apresenta”? Este retorno de imagem é até mesmo difícil de ser medido, tamanha é a sua vastidão. Ele se materializa, por exemplo, em momentos críticos para a empresa, como o do afundamento da plataforma P-36, quando a sociedade torcia pela companhia, ao contrário de condená-la pela tragédia. Campos precisa encerrar o seu ciclo de dependência da Prefeitura para cada evento que é feito, cada posto de trabalho que é gerado, cada peça de roupa que é vendida no comércio. Isso começa por mostrar que existe sociedade com iniciativa para desenvolver os seus projetos. E as empresas têm parte considerável de responsabilidade nisso".