65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
terça-feira, novembro 25, 2008
Captação de água do rio Paraíba do Sul será suspensa à meia noite
A concessionária dos serviços público de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto, no município de Campos, Águas do Paraíba, informou que a partir de meia noite a captação da água será suspensa e a distribuição será feita a partir de um rodízio por regiões da cidade, usando outras captações e estações de tratamento existente na área urbana do município.
A suspensão da captação é conseqüência do vazamento do pesticida Endosulfan que ocorreu na madrugada de terça-feira (18), por causa da falha no descarregamento do produto na indústria química Servatis, no município de Resende, no sul fluminense. Cerca de 1,5 mil litros do pesticida escoaram para o Rio Pirapetinga e, posteriormente, para o Paraíba do Sul, maior rio fluminense.
PS.: Atualizado às 20:16:
Ceca/Feema multa empresa em R$ 33 milhões por vazamento no Paraíba do Sul
A Feema afirma ainda que empresa subestimou dano ambiental provocado por derramamento de pesticida. A Ceca (Comissão Estadual de Controle Ambiental), da Secretaria Estadual do Ambiente, definiu agora a poucos minutos atrás, o valor da multa em R$ 33 milhões de reais para a empresa Servatis, responsável pelo vazamento do inseticida Endosulfan, no Rio Pirapetinga, afluente do Paraíba do Sul.
A pluma tóxica tem provocado mortandade de peixes nas cidades por onde passa. Orientados pelos técnicos, estes municípios atingidos têm suspendido temporariamente a captação de água, por medida de precaução até que a contaminação se reduza a um nível aceitável.
A suspeita de que o vazamento do inseticida Endosulfan, teria sido maior que os 1,5 mil litros informados pela Servatis, e está sendo apurado pela Feema. Os técnicos do órgão ambiental estão alertando para que não sejam consumidos os peixes mortos.
PS.: Atualizado às 22:26: Corrigido a digitação do título da nota.
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3 comentários:
Como no desastre de 29 de março de 2003 ( A Indústria Cataguases de Papel liberou 1,2 bilhões de litros de resíduos tóxidos no córrego Cágados, que atingiu o Rio Pomba em Minas, que por sua vez contaminou o Rio Paraíba do Sul, chegando até a nossa cidade no dia 01 de abril), a concessionária Águas do Paraíba juntamente com as autoridades municipais (defesa civil e sec de meio ambiente), nada informaramm à população campista sobre as ações que poderiam ser tomadas em função deste desastre.
Agora, mais uma vez, eles ficaram “avaliando” a situação pelos jornais.
Não sei se todos se lembram, em 2003, só foram informar que teriam que suspender a captação quando a carga poluidora estava chegando em Santa Cruz. Será que agora eles acharam que esta nova carga poluidora iria dobrar à esquerda e “subir” o Muriaé?
Se os técnicos da concessionária Águas do Paraíba não conseguem avaliar, com uma antecedência segura , a periculosidade de uma carga poluidora desta monta, imaginem se eles conseguem quantificar os 20 microgramas (0,00002 gramas) por litro, que é o Valor Máximo Permitido (VMP) pela Portaria 518 do Ministério da Saúde (que estabelece os padrões de potabilidade da água para consumo humano), para concentração deste agrotóxico (Endosulfan) e de mais 52 substâncias químicas que representam riscos à saúde (art. 14; tabela 3), na nossa água de cada dia.
Das duas uma: ou é incompetência técnica ou falta de transparência (honestidade) nas informações que as autoridades deveriam levar à população.
J.C. Salomão
P.S. E tem gente que acha que Rosana não é aqui.
Roberto,
É pouco, irrisório mesmo o valor da multa face aos prejuízos incalculáveis.
Hoje, pelo início da tarde, recebo telefonema alarmante de Ernesto Machado, local onde temos pequena propriedade rural ribeirinha. Os peixos mortos: todos!
O desastre ecológico não é de se desprezar. Eu, otimista que sou ainda penso: é, poderia ser ainda pior se o nosso Rio Grande estive bufando, e, cuspindo água pra fora de seu leito, aí, então, toda nossa terra estaria diretamente contaminada.
Até quando!?
Luciana Portinho
Obaaaaaaaaa!!!
Quem sabe que suspendendo essa "CAPETAÇÃO" aí nas águas, tudo volta ao normal.
Bem, declaro que a "capetação" tá longe das nossas águas da nossa Campos, em Nome de Jesus!
Tem alguém para dizer amém?
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