65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
sábado, novembro 22, 2008
O mercado e os poetas
O nosso articulista e também blogueiro manda mais um artigo:
O mercado e os poetas
Luiz Felipe Muniz de Souza, Campos, 22/11/2008
Advogado e Ecologista - lfmunizz@gmail.com - http://luizfelipemunizdesouza.zip.net/
Vamos por parte. Primeiro porque os poetas nada têm a ver com os mercados – ou tem? – e segundo, porque para tentar entender pacificamente as lógicas embutidas nos mercados financeiros globais, somente através de um poderoso olhar poético conseguiremos nos guiar na avalanche de lucros, de falências e de notícias.
A morte de um poeta sempre deixa um rastro enigmático de pobreza e de nobreza que destilam incertezas por toda parte... tal qual a ruptura atual dos mercados tem feito com o mundo dos abonados e dos que queriam e querem ser!
A Campos dos Goytacazes que perde Antônio Fernandes, no meio da caótica catinga que exala dos porões da administração direta, ficou muito mais pobre porque estamos num ecossistema já de raros exemplares da espécie “homo-éticus”...e pensar que um futuro promissor só por meio de um significativo aumento da população destes exemplares raros!
Enquanto isso, a América dos “sonhos” dá prosseguimento ao plano engendrado para reduzir drasticamente o avanço dos mundos no seu. Até sangra “galinhas dos ovos de ouro” e sem pena e piedade arremessa milhares nas frias avenidas de NY e Cia. – povo danado! –... tudo em nome de um capitalismo de especulação dos gringos e do freio radical às novas locomotivas globais – Brasil/China/Índia –... e pensar que o rombo nos cofres dos mundos já era administrado desde os tempos da 1ª Grande Guerra dos Mundos!
Somente poetas poderiam imaginar que agora os Estados voltariam a ser fundamentais, pois as dívidas dos danados, construídas à base de mentiras, guerras e muita especulação, agora precisam, urgentemente, ser compartilhadas pelos tolos e entorpecidos das platéias mundo afora...Eureka...agora, a moda não mais é privatizar, mas sim estatizar os rombos dos mundos em nome do prosseguimento das lógicas de convivência pacífica entre o capital e o trabalho...agora, dê a vez a um negro, magro e de complexa experiência genética, pra ver se ele consegue fazer no mundo real herdado, as magias de salvação esperadas pelos mundos aflitos e incertos!
Agora todos querem ajuda real dos Estados – usineiros, industria automobilística, bancos, etc – uma fórmula antiga e universal de apoderarem-se das coisas e dos bens coletivos. O mesmo Estado, levado ao mínimo em recentes tempos atrás, agora ressurge como um deus generoso e farto, de quem se cobra compaixão e perdão... só os poetas não seriam seduzidos pela violência da vingança contra os danados e espertalhões de outrora que enricaram gerações e mais gerações suas, e levaram milhões de humanos e não-humanos às minguas da miséria absoluta em colonizações e extinções abomináveis!
Os efeitos mais dramáticos desta dinâmica global ainda não foram devidamente percebidos pela humanidade, mas uma coisa é certa: nem mesmo os poetas serão poupados nesta transformação inevitável! O problema por aqui ainda é o mesmo: uma garotada entorpecida continua no poder e parece está a anos-luz das urgências de nosso tempo!!
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2 comentários:
Meu caro professor,
Creio que não entendi mal e há um equívo de quem redigiu: "A Campos dos Goytacazes que perde Antônio Fernandes,...". Onde se lê Antônio Fernando, competente jornalista, deveria estar Antônio Roberto, poeta, natural de São Fidélis. Retificar, por favor.
Abraços e tudo de bom.
Professor Juscelino Resende
Perdão, realmente o nome dele é Antônio Roberto Leite Fernandes, claro. Eu entendi mal e não ha engano. Desculpe-me, eu que li Fernando. Abraços e perdão.
Juscelino Resende.
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